terça-feira, 30 de junho de 2015

 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO MESTRE DOS MESTRES
Por que Jesus é chamado de Mestre dos mestres? Porque Ele tinha as características de um bom professor (foi melhor mestre que qualquer pessoa jamais será). Seus ensinos eram superiores àqueles de todos os outros professores. Ele usava os melhores métodos e obtinha os melhores resultados. Nesta lição, examinaremos algumas das formas pelas quais Ele demonstrou as qualidades básicas de um bom professor:
 
Dentre tantas características porque Jesus é o MESTRE DOS MESTRES, podemos destacar pelo menos 5 características para servir de exemplo para sermos um melhor professor da Escola Bíblica Dominical. Vejamos!
 
1- Cristo  amava  Seus  alunos

Qual a força motivadora mais poderosa no mundo? É o amor! Homens e mulheres guerreiam por amor à pátria; dão as vidas em prol de uma causa; vão aos confins da terra para obter o amor de alguém. Embora menos dramaticamente, acontece o mesmo em sala de aula: o amor de um professor por seus alunos e pela matéria ensinada, invariavelmente, conduz a uma dedicação mais profunda à tarefa de ensinar. O amor ajuda o professor a perceber a necessidade dos alunos e a ensinar para sanar essas necessidades. Os alunos reagem ao amor de seu professor estudando mais e melhor, e vencendo mais facilmente as barreiras do aprendizado. As mentes dos alunos tornam-se mais receptivas quando há amizade e amor.
A motivação do ministério terreno de Cristo claramente foi o amor: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito [...]” (Jo 3.16). Sua morte expiatória pelos pecadores foi motivada pelo amor (Rm 5.8). Assim, o momento inicial e o momento final de Sua existência terrena se distinguiram por esta grande força motivadora. Mas o que dizer de Sua vida? Jesus passou grande parte de Seu ministério ensinando. A razão que O levava a isto era o amor pelos homens. Ele via as necessidades de todos ao Seu redor e compreendia como os seus caminhos os levaram a uma vida de pecado e de tristeza. Ele sabia que aquelas almas necessitavam de instrução, para que pudessem mudar através da Palavra de Deus. Durante Suas muitas viagens, Jesus ensinava às multidões que reuniam-se para O ouvir. Durante uma dessas viagens, Jesus viu uma grande multidão e “compadeceu-se deles [...] E passou a ensinar-lhes muitas coisas” (Mc 6.34).
Figura 1.1

Há uma relação entre amor e compaixão. O amor moveu Jesus a fazer algo pelas multidões: ensiná-las – “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas” (Mt 9.3536). Ele se importava com as pessoas. Ele tinha algo novo para lhes ensinar, algo de que eles precisavam, e Ele se preocupava o suficiente para entrar em ação. O amor de fato era o que impulsionava o Mestre dos mestres ao ministério.
2- Cristo conhecia Seus alunos

Um bom professor precisa ser um estudioso da natureza humana. Compreender as necessidades dos alunos é decisivo para que o ensino atenda às expectativas dos alunos. A compreensão da natureza humana e das necessidades das pessoas nas diferentes etapas da vida ajuda a realizar esta tarefa (este assunto será estudado em profundidade na Lição 3). À medida que aguça seu discernimento da natureza humana, o professor compreenderá porque certos alunos se comportam de determinada maneira, e assim, poderá ajudá-los melhor.

Embora o conhecimento da natureza humana e dos conceitos relacionados seja valioso, é preciso ir além do nível impessoal de informação. O professor precisa familiarizar-se de modo individual e pessoal com cada aluno. Conta-se que um velho professor chinês se inclinava profundamente e reverentemente diante de seus alunos. Assim, diariamente aqueles alunos eram reverenciados pelo idoso mestre ao início de cada aula. Um dia, um aluno perguntou: “Senhor, porque se inclina em reverência diante de nós? Nós somos os seus alunos. Nós deveríamos nos inclinar diante do senhor!”. O velho homem respondeu: “Diante de mim estão os homens que mudarão o mundo, homens que edificarão o país e o governarão sabiamente. De forma que me inclino em respeito agora, pois não os poderei honrar no futuro, quando se tornarem estes homens.”. Esta seria uma maneira excelente de visualizar a tarefa educacional que temos diante de nós! Como professores, precisamos não somente nos preocupar com nossos alunos, mas também conhecê-los, reconhecendo o seu potencial.
Jesus, o Mestre dos mestres, compreendia a natureza humana melhor do que qualquer outro. Como criador, Ele compreendia o pleno potencial de cada pessoa e podia ver o que impedia cada um de alcançar esse potencial. Como o “homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53.3), Ele conhecia os problemas, as frustrações, as limitações, as tentações e a aflição da raça humana. Seu ensino trouxe a cada um as boas novas do amor de Deus, da redenção, da possibilidade de uma nova vida na terra, e de uma gloriosa eternidade com Ele.
Jesus despendia bastante tempo com as pessoas a quem ensinava. Um exemplo perfeito disto são os três anos e meio de comunhão íntima que manteve com Seus discípulos. Ele também caminhava diariamente entre as pessoas nos vilarejos e cidades da Palestina. Ele as encontrava no templo e festejava com elas nas festas de casamento. Ele caminhava nas mesmas ruas e usava os mesmos barcos que elas. Elas, por sua vez, O convidavam para seus lares, comiam e falavam com Ele. Esta intensa associação com as pessoas lhe mostrava as necessidades e problemas delas. Quando Jesus entrava em contato com elas, cresciam também em amor para com Ele.
Os Evangelhos contêm muitos exemplos de indivíduos cujas vidas foram transformadas devido a esta associação próxima com Jesus. A história de Zaqueu (Lc 19.1-10) é de especial interesse. Este era um rico coletor de impostos, cujo patrimônio pessoal provavelmente havia sido adquirido de maneira questionável e que portanto era odiado pelo povo comum. Porém quando Jesus falou pessoalmente a este homem, ocorreu com ele uma mudança notável. Zaqueu, ao saber que o Mestre iria visitá-lo e à sua família, de uma vez quis demonstrar que sua vida havia sido transformada, e assim anunciou: “Resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.” (Lc 19.8). A presença de Jesus tornou possível para Zaqueu começar uma nova vida.
Nicodemos era fariseu, e um respeitado líder religioso em Israel. Certa noite, ele teve um encontro com Jesus e aprendeu do Mestre dos mestres o que significa nascer de novo (Jo 3.1-21). Uma mulher samaritana, cujo nome não é mencionado e que vivia uma vida imoral, encontrou Jesus um dia junto ao poço e foi desafiada a seguir a Deus. Muitas outras pessoas em seu vilarejo se tornaram crentes como resultado daquele encontro (Jo 4.1-42). Outra mulher de nome desconhecido apanhada em adultério encontrou perdão e uma nova vida depois de encontrar Cristo e ouvir Seu ensino (Jo 8.1-11).
O cego a quem Jesus devolveu a visão converteu-se (Jo 9.1-41). A multidão que ouviu Seu ensino sobre o reino de Deus foi alimentada tanto espiritualmente como fisicamente (Lc 9.10-17). Dez homens leprosos foram curados e aprenderam o poder da fé (Lc 17.11-19). Os próprios discípulos foram transformados pela presença e ensino daquele que não somente amava as pessoas, mas conhecia as suas necessidades.
Aqueles que vieram até Jesus com seus problemas encontraram ajuda pessoal e instrução. Ele nunca estava ocupado demais para dedicar tempo a estas pessoas. Jesus conhecia suas necessidades e as transformava. Ele pode fazer o mesmo hoje operando através de você, professor. Nossa tarefa consiste em ensinar bem nossos alunos, conhecendo-os pessoalmente e semeando em seu coração o anelo por aprender e crescer. Algum dia eles, por sua vez, usarão o que lhes ensinamos. Se suprirmos suas necessidades agora, eles poderão no futuro satisfazer as necessidades de outros.

3- Cristo conhecia Seu assunto

Nesta lição estamos descrevendo algumas qualidades que podem tornar os professores mais efetivos. Até aqui, falamos do amor (motivação) e de conhecer os alunos (qualidade pessoal). Estas características são ressaltadas no exemplo de Jesus, e pode-se afirmar que sem elas não há como preparar-se para o ministério do ensino. A característica agora discutida, o conhecimento do assunto, é tão essencial que sem ela seriamos absolutamente incapazes de ensinar! É a característica intelectual necessária ao ensino.
Em Mt 5-7 (o Sermão da Montanha), Jesus frequentemente se referia à Lei Mosaica e às tradições e costumes dos líderes religiosos. Então, Ele explicava aquilo que Deus queria que as pessoas fizessem. Leia Mt 7:28-29 e compare com Jo 7.16-17; 8.28 e 14.10. Jesus declarava publicamente que Seu ensino provinha de Deus; Ele não o estava elaborando de si mesmo.
Jesus também conhecia as Escrituras (AT). Leia Mt 22:.29 e Lc 24:27,32. Note como é importante para o professor estar bem preparado no seu assunto? Como professores cristãos, é essencial que invistamos tempo em estudo bíblico para podermos instruir melhor a outros. Jesus constantemente surpreendia aqueles que O ouviam ensinar. Alguns destes, tais como os líderes religiosos, eram invejosos e não criam Nele. Outros colocavam Nele a sua fé. Leia agora Mateus 22.33; Lc 4.36; e Jo 7.32,45-46; 8.28-30. Você verá como o conhecimento que Jesus tinha de Seu assunto (as Escrituras, o céu, Deus, o passado, o futuro e assim por diante) conferia poder e autoridade ao Seu ensino! Não é de estranhar que as pessoas se surpreendessem e pasmassem: ninguém antes tinha ensinado assim!
O professor precisa conhecer seu assunto. Como pode a escuridão produzir luz? Só se pode ensinar o que se sabe, e não pode dar a ninguém algo que você mesmo não possui. Em outras palavras, você não pode ensinar sem ter conhecimento. O professor, ao mesmo tempo, é um estudante e precisa passar pelo mesmo processo de aprendizado requerido dos alunos. Isto demanda tempo e trabalho, mas é absolutamente essencial. Jesus era Filho de Deus, no entanto as Escrituras ensinam que Ele cresceu em conhecimento e sabedoria, e Ele foi ao templo em Jerusalém na sua juventude para ouvir e fazer perguntas.
Um professor que não aprende o material que planeja ensinar simplesmente vai falhar em sua missão. Algumas vezes quando os professores fracassam em seu trabalho, dão desculpas ou até mesmo culpam os alunos por deixarem de aprender. Na verdade é a própria ignorância do professor a causa do fracasso. Para responder a acusações e perguntas mal intencionadas, Jesus frequentemente citava escrituras do AT, ou revelava Seu conhecimento intimo de Deus Pai. Se Ele não estivesse preparado, não poderia nunca ter respondido a perguntas ou tirado vantagem das situações para ensinar verdades espirituais. É curioso, mas verdadeiro, que alguns professores, quando não podem convencer um aluno, procuram confundi-lo. Jesus, pelo contrário, era claro em Suas explicações e usava ilustrações precisas, adequadas à lição que estava ensinando. Havia simplicidade em Suas expressões e uma honestidade que era evidente em Suas palavras e gestos. Lembre-se de que os alunos facilmente reconhecem um professor despreparado e que tenta cobrir suas fraquezas. Desta forma, conheça o seu assunto!
 
4- Cristo conhecia a melhor maneira para ensinar

A próxima qualidade de um bom professor (da qual Jesus é o modelo) deveria ser óbvia, mas é muitas vezes negligenciada. Tem a ver com metodologia: o professor precisa saber como ensinar! Em lições posteriores discutiremos métodos de ensino (maneiras de realizar tarefas básicas de ensino), mas agora simplesmente identificaremos cinco responsabilidades gerais que Cristo demonstrou em seu ensino.
 
4.1- Um professor guia

Os melhores professores guiam seus alunos; isto é, eles dirigem as suas atividades de aprendizagem. Quando Jesus falava por parábolas, Ele esclarecia o que estava dizendo. Ele orientava os pensamentos de seus alunos do conhecido ao desconhecido, das ocorrências familiares de sua vida diária para verdades similares no plano espiritual. Ele fazia isto através do uso de ilustrações compreensíveis. Ele também fazia perguntas às pessoas, e então as guiava até que compreendessem o que Ele estava comunicando. Ele também guiava Seus discípulos no serviço cristão prático com o intuito de prepará-los para seu futuro ministério. Eles primeiro observavam e ouviam a Jesus, depois participavam da obra, e, finalmente eram enviados por sua própria conta. De modo similar, precisamos guiar nossos alunos, ajudando-os a descobrir a verdade e aplicá-la a suas próprias vidas.
 
4.2- Um professor compartilha

Há uma diferença entre compartilhar e repartir. Compartilhar implica em dar com liberdade e com amor, enquanto que repartir é um ato mecânico e frio. Tomando isto em conta, deveria ser evidente que Jesus compartilhava. Primeiro, compartilhava a Sua vida fazendo-se constantemente disponível às pessoas. Segundo, Ele compartilhava Seu conhecimento de Deus e das verdades espirituais mediante Suas palavras, Suas ações e Suas atitudes. Terceiro, Ele compartilhava Seu poder e autoridade com Seus seguidores enviando-os a pregar o Evangelho e a realizar milagres em Seu nome.
Como professores, devemos compartilhar o nosso conhecimento dos assuntos que ensinamos. Precisamos ter cuidado para não agir como peritos que sabem tudo e que mecanicamente dispensam sabedoria e fatos determinados, mas de modo a compartilhar nossa própria experiência e conhecimentos de maneira amorosa e pessoal.
 
4.3- Um professor controla

Jesus sempre manteve o controle da situação quando ensinava. Por exemplo, certa feita, quando as pessoas se aglomeravam ao Seu redor, o que impedia que todos os presentes O ouvissem, Jesus entrou em um barco para ensinar, enquanto a multidão permanecia na margem do lago (Mt 13.1-2; Lc 5.1-3). Quando estava se preparando para alimentar uma multidão de pessoas famintas, Ele a fez assentar, dividida em grupos menores (Mc 6.39-40). Quantas vezes os inimigos tentaram interromper Seu ensino com perguntas capciosas? A cada vez, Ele não somente respondeu suas perguntas difíceis mas também usou a interrupção para ensinar alguma lição espiritual (Mt 22.34-35).
Não creia que o controle seja simplesmente uma questão de disciplina e de comportamento em classe. Um professor também precisa controlar as atividades de aprendizagem dos alunos, de forma tal que produza neles mudança e crescimento. Em outras palavras, mantenha os alunos na direção correta. Não permita desviar-se por causa de distrações. A aprendizagem é realizada de melhor forma quando o professor está seguro de seus objetivos e pode orientar os alunos com plena confiança. Lembrese do seguinte: o professor é quem controla o comportamento em classe, as atividades de aprendizagem e a situação do ensino.
 
4.4- Um professor planeja

Desde o princípio de Seu ministério, Jesus seguia um plano formado no céu, muito antes de Ele ter vindo ao mundo. Seu ensino tinha um quando, um onde e um como. Ele foi a lugares designados e fez as coisas no momento apropriado. Leia Mt 12.1; 16.21; Mc 1.14-15; e Jo 7.8. Jesus operava de acordo com um plano claramente traçado e Seus ensinos eram as palavras que Seu Pai lhe dera para realizar esse plano (Jo 7.1617). O professor também precisa seguir um plano de ensino definido. Para poder controlar a situação, é preciso saber exatamente onde se está indo e ter os objetivos claramente enfocados. Isto ajuda a planejar as atividades de aprendizagem e a orientar os alunos. Ao preparar-se para ensinar, planeje o tempo de aula, as atividades de aprendizagem a serem apresentadas, os materiais utilizados e outros tantos detalhes.

4.5- Um professor se interessa

Já falamos sobre a maneira como Jesus amava as pessoas e se interessava por seus problemas. Um professor deve ter a capacidade de fazer todas estas coisas das quais falamos (guiar, compartilhar, controlar e planejar), mas se elas forem feitas de modo frio e impessoal, não haverá o verdadeiro ensino. Para que os alunos possam aprender, devem sentir o calor e o amor genuínos de seu professor. Em uma atmosfera de interesse, a aprendizagem é melhor produzida e os alunos se desenvolvem. Seus alunos, como plantas delicadas, precisam de um manejo cuidadoso. Alguns serão fáceis de manejar, porém outros não. O professor que se interessa sinceramente poderá trabalhar com todos os tipos de alunos e poderá produzir uma mudança neles. Este estudo revela que o Mestre dos Mestres usava em Seu ensino uma mistura destes princípios fundamentais. Ainda que era o divino Filho de Deus, o Salvador, Ele usava métodos e idéias que também podemos utilizar. À medida que você se esforça para melhorar seu ministério de ensino, pode depender de Jesus para guiá-lo e capacitá-lo a ser um professor de efeito.
 
5- Ele vive o que ensina

Você conhece expressões como: “Uma ação vale mais do que mil palavras!” , “Sua vida fala tão alto que não posso ouvir o que você diz!” e “Viva o que você prega!”. Todas estas frases ressaltam o fato de que nós professores não podemos somente explicar aos outros como viver. Precisamos, nós mesmos, viver a vida cristã a todo tempo e ser um exemplo vivo do cristianismo para nossos alunos.
 
Dizer uma coisa e fazer outra é hipocrisia, e uma violação do princípio básico do ensino eficaz. Há quem pense ser possível ensinar e ministrar sem considerar a própria vida pessoal, mas isso é impossível. Não podemos separar o ensino da vida. O que ensinamos é resultado direto do que somos. A vida e personalidade do professor influenciam diretamente o aluno e a aprendizagem. Sistemas e equipamentos podem auxiliar no emprego de muitos métodos e técnicas de ensino, no entanto, as influências imprescindíveis do amor, do interesse e do exemplo cristão só podem ser demonstradas por seres humanos. Durante toda a vida de Cristo as pessoas tinham que confessar, como fez Pilatos, “não acho base alguma para acusar este homem”. Embora seja verdade que nossas vidas são isentas de pecados como foi a vida de Cristo, podemos organizar nossas aulas com oração e pedir ao Senhor para nos ajudar a ser fiéis vivendo a verdade que compartilhamos com nossos alunos. Sempre seremos vasos indignos, mas isto não precisa se tornar em desculpa para abandonar o trabalho, porque a mensagem que levamos nos levanta. Ao vivermos a vida cristã, os alunos começarão a ver o mundo através de nossos olhos. Eles sentirão como nos sentimos e entenderão como entendemos. Foi dito que é pouco o que pode ser ensinado pelo que o professor diz, mais é ensinado pelo que o professor faz, porém se ensina muito mais através do que o professor é.
 
Conclusão
 
Que possamos amar aqueles que nós ensinamos, conhecer o assunto, ensinar da melhor forma e também viver o que ensinamos. Glórias ao Senhor!





 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

EM FRENTE DO TÚMULO DE JESUS

LIÇÃO 13 – A RESSURREIÇÃO DE JESUS / SLIDES DA LIÇÃO / REVISTA DA CLASSE ADULTOS


            Estudaremos neste próximo domingo sobre a RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO.  Gostaria de compartilhar algo mais sobre o assunto,  para subsidiar a aula da Escola Dominical.

            Este assunto faz parte de um dos Credos das Assembléia de Deus no Brasil:  Que diz  que cremos no "Nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus. (Is 7.14; Rm 8.34; At 1.9);

           A primeira coisa que devemos compreender é que a morte vicária e expiatória na cruz do Calvário não era possível se Jesus não tivesse um nascimento virginal, pelo motivo  que era necessário Jesus ter sido gerado por Deus e não pelo homem, e a sua ascensão vitoriosa
aos céus não era possível se não tivesse a sua ressurreição corporal dentre os mortos, desta forma cada etapa completa a outra para que a obra de Deus fosse perfeita.

            Para  entendermos ainda mais a relevância da Ressurreição de Jesus Cristo,  faço minha uma das perguntas do Pastor Jairo Gonzaga, um dos diretores da Igreja Assembleia de Deus em Abreu e Lima, realizada em uma de suas palestras sobre o Credo das Assembleia de Deus, a pergunta é a seguinte: "O QUE SERIA DO CRISTIANISMO,  DO EVANGELHO E DO CRENTE,  SE NÃO FOSSE A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO?".
            Desta pergunta temos três conclusões:

1- O SEU NASCIMENTO NÃO TERIA SENTIDO;
2- O SEU MINISTÉRIO NÃO TERIA SENTIDO;
3- O SEU SOFRIMENTO NÃO TERIA SENTIDO; e
4- SUA MORTE NÃO TERIA SENTIDO.

           Enfim! concluímos que a vida de Jesus e sua vinda não teria sentido.
2Tm 1.9,10 que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos, e que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual ABOLIU (destruiu) a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho, 

Para honra e glória do Senhor, o Evangelista Mateus registrou no Novo Testamento e até nos dias de hoje existe a seguinte afirmação no túmulo vazio de Cristo: "Ele não está aqui, porque já RESSUCITOU, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia; (Mt 28.6). 

O QUE É RESSURREIÇÃO?

    - Devemos diferenciar para uma melhor compreensão  RESSURREIÇÃO E RESSUSCITAÇÃO.

1- Ressurreição:  É A ENTRADA EM UM NOVO ESTADO DE EXISTÊNCIA.

Observe os seguinte versículos:

1Co 15.50 Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção.

1Co 15.53 Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.
1Co 15.54 Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória.
1Co 15.55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?

2- RESSUSCITAÇÃO:  É A RESTAURAÇÃO DA VIDA QUE SE DEIXOU.

Muitas pessoas já fizeram a seguinte pergunta: "O HOMEM DEPOIS DE MORTO
PODERÁ REVIVER?", O Patriarca Jó um dia falou:  14.14 - Morrendo o homem, acaso tornará 
viver?
 
EM TODA A BÍBLIA EXISTEM NOVE CASOS  DE RESSUSCITAÇÃO:
 
A)  NO ANTIGO TESTAMENTO TEMOS TRÊS CASOS:

1- O FILHO DA VIÚVA DE SAREPTA;

2- O FILHO DA MULHER SUNAMITA; e

3- O SOLDADO JOGADO NA SEPULTURA DO PROFETA ELIZEU.

 

B) NO NOVO TESTAMENTO TEMOS 6 CASOS:

1- A  FILHA DE JAIRO;
2- O FILHO DA VIÚVA DE NAIM;
3- LÁZARO, O AMIGO DE JESUS;
4- TABITA (DORCAS);
5- O JOVEM ÊUTICO; e
6- OS SANTOS QUE DORMIAM NO MOMENTO DA MORTE DE CRISTO.
PORQUE JESUS TERIA QUE RESSUSCITAR?
De acordo com Romanos 4.25, diz que a razão da morte de Cristo foi os nossos pecados, e a sua
ressurreição foi para a nossa justificação: "o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para nossa justificação".
 
O QUE OCORREU NOS TRÊS DIAS EM QUE ELE ESTEVE MORTO?
 
Então alguns dos escribas e dos fariseus, tomando a palavra, disseram: Mestre, queremos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o do profeta Jonas; pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra. Mt 12.38-40

1- PROCLAMAÇÃO AOS ESPÍRITOS EM PRISÕES

1Pe 3.19 no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão;

1Pe 4.6 Pois é por isto que foi pregado o evangelho até aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito.


2- PROCLAMAÇÃO DA VITÓRIA DE CRISTO SOBRE A MORTE

Ap 1.18 Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! e tenho as chaves da morte e do inferno.
 
 
3- JESUS FEZ MUDANÇAS NO MUNDO DOS MORTOS, TRANSLADANDO OS JUSTOS DO AT  PARA O PARAÍSO.
 Ef 4.8 Por isso foi dito: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.
VOCÊ JÁ PENSOU SE JESUS NÃO RESSUSCITASSE?
PENSO NOS QUE MORRERAM NA ESPERANÇA E NA FÉ DO MESSIAS.
“Pois eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida esta minha pele, ainda em minha carne verei a Deus; vê-lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos e não outro o verão...” Jó 19.25-27
Hb 11.13 Todos estes morreram na fé, sem terem alcançado as promessas; mas vendo-as de longe, e credo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.


O QUE SIGNIFICA A RESSURREIÇÃO DE JESUS PARA NÓS?
1- SIGNIFICA PARA O CRENTE, QUE O MESMO PODER QUE RESSUSCITOU A JESUS, SERÁ O MESMO QUE NOS RESSUSCITARÁ, OS NOSSOS CORPOS ABATIDOS.

Rm 6.5 Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição;

Fp 3.10,11 para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a comunicação de suas aflições, sendo feito conforme a sua morte,
para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição dentre os mortos.

2- SIGNIFICA QUE A SUA VITÓRIA SOBRE A MORTE, É A NOSSA VITÓRIA TAMBÉM.
Mt 16.18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
Rm 5.12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.
1Co 15.21 Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.
1Co 15.22 Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados.
1Co 15.23 Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.
 
3- A RESSURREIÇÃO DE JESUS TAMBÉM SIGNIFICA PARA O CRENTE, QUE ASSIM COMO O SEU CORPO, VISÍVEL E REAL SERÁ O NOSSO TAMBÉM.

1Co 15.20 Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.
At 26.23 isto é, como o Cristo devia padecer, e sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, devia anunciar a luz a este povo e também aos gentios.
Os discípulos poderam tocar nele. (Jo 20.27)
ELE NÃO ERA UM FANTASMA COMO ALGUNS DELES PENSAVAM
Lc 24.37 Mas eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito.
Lc 24.39 Olhai as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que eu tenho.
ELE COMEU APÓS TER RESSUSCITADO
Lc 24.41-43 Não acreditando eles ainda por causa da alegria, e estando admirados, perguntou-lhes Jesus: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então lhe deram um pedaço de peixe assado,
o qual ele tomou e comeu diante deles.
4- A RESSURREIÇÃO DE JESUS SIGNIFICA O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS A SEU RESPEITO
Depois lhe disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.
Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras;
e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; Lc 24.44-46
 

Conclusão:


Sem dúvida uma das maiores notícias, e que foi dada por um anjo, foi que Jesus havia ressuscitado (Lc 24.6). Nos dias de Jesus, a crença na ressurreição dos mortos não era consenso. Os fariseus acreditavam nela, mas os saduceus a rejeitavam, e os gregos a ridicularizavam.
Até mesmo os discípulos de Jesus se mostraram incrédulos e lentos em aceitá-la. Quando ressuscitou dos mortos, o Senhor Jesus se apresentou a seus discípulos com provas incontestáveis a fim de que nenhum deles ficasse com dúvida. A ressurreição de Jesus era uma realidade inconteste para a Igreja Apostólica a ponto de se tornar o principal tema de sua pregação.

Espero que seja útil para quem examinar estes tópicos.

Fiquem na Paz do Senhor!
Pb. RIVALDO NASCIMENTO

 

 
 
 

 

 

 

 

 

 
 
 

 




Você Não Pode Carregar Sua Própria Cruz







É bem verdade que Jesus disse aos discípulos, “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me”.
Mas Jesus não pôde carregar Sua cruz - e nem você!
Jesus caiu sob a carga da cruz, fadigado, exausto, e incapaz de carregá-la mais um passo.
João diz, “E ele, carregando a sua própria cruz, saiu para o lugar chamado... Gólgota” (João 19:17).
A Bíblia não diz o quão longe Jesus carregou Sua cruz. Sabemos que Simão, o cireneu, foi levado a carregá-la ao local da crucificação (Mateus 27:32).
Jesus de fato tomou a cruz e foi conduzido por Seus atormentadores como um cordeiro a ser morto.
Mas não pôde carregá-la por muito tempo.
A verdade é que Jesus estava muito fraco e debilitado para carregá-la.
Ela foi colocada sobre os ombros de outrem. Ele chegara ao fim das forças; Ele era um homem fisicamente exaurido e ferido.
Existe apenas um tanto que uma pessoa pode carregar; chega um ponto em que não se aguenta mais.
Por que fizeram Simão carregar aquela cruz?
Jesus estava caído naquela rua de pedra como morto, com a cruz largada sobre Si como um peso morto?
Eles O chutaram, tentando erguê-Lo, e tentaram forçá-Lo a dar mais um passo? E Ele ficou apenas caído lá, sem forças para mover um dedo? Sua cruz tornara-se pesada demais para suportar.
O que isso significa para nós?
Nosso Senhor iria querer que fizéssemos algo que Ele não conseguiu?
Ele não disse, “Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo”? (Lucas 14:27).
Uma cruz é uma cruz, seja de madeira ou espiritual. Não basta dizer, “A cruz dEle era diferente - a nossa é espiritual”.
Existe grande esperança saber que Jesus não conseguiu carregar a cruz.
Ficamos encorajados ao sabermos que não somos os únicos a cair no chão às vezes, incapaz de prosseguir com nossas próprias forças.
Se vamos nos identificar com a crucificação, devemos também nos identificar com os passos que levaram até a cruz. Devemos encarar, de uma vez por todas, a verdade de que nenhum ser humano consegue carregar a própria cruz.
Jesus sabia exatamente o que estava dizendo quando nos chamou para “tomarmos nossa cruz e segui-Lo”.
Ele se lembra de Sua própria cruz.
Ele se lembra de que outro teve de carregá-la para Ele;
então por que nos pediria para carregarmos uma cruz que Ele sabe que logo nos esmagará contra o chão?
Ele sabe que não podemos carregá-la até o fim com nossas próprias forças. Ele conhece toda a agonia, a desesperança, e o fardo que cruzes criam.
O que ela significa para nós hoje é que Jesus precisou experimentar por Si próprio como é estar fraco, desencorajado, incapaz de prosseguir sem ajuda.
Ele foi tentado em todos os pontos da mesma forma que nós somos.
A tentação não está em fracassar, não está em largar a cruz por estarmos fracos: a verdadeira tentação está em tentar tomar aquela cruz e carregá-la com nossa própria força.
Deus poderia ter levantado de modo sobrenatural aquela cruz e a levitado de forma mágica por todo o caminho até o calvário.
Deus colocou Simão ali, pronto para atuar no plano da redenção.
Deus não foi pego de surpresa quando Seu Filho não conseguiu mais carregar a cruz.
Deus sabia que Jesus iria tomar a cruz, seguir rumo ao Gólgota, e então deixá-la.
A sua cruz tem o objetivo de lhe abater
Deus também sabe que nenhum dos Seus filhos é capaz de carregar a cruz que tomam quando seguem a Cristo.
Queremos muito ser bons discípulos; queremos tanto negar a nós mesmos e tomar a cruz; parecemos esquecer que essa mesma cruz irá um dia nos levar ao fim da nossa força e da nossa resistência humana.
Jesus nos pediria propositalmente para tomarmos a cruz que Ele sabe irá consumir toda a nossa energia humana, e nos deixar caídos e indefesos.
Até mesmo ao ponto de desistirmos? Sem dúvida! Jesus nos avisou de antemão, “Sem mim nada podeis fazer” (João 15:5).
Por isso Ele nos pede para tomarmos a cruz, perseverar com ela até aprendermos essa lição.
Enquanto a cruz não nos joga no pó, não aprendemos que não é por força mas sim por Seu poder.
É isso o que a Bíblia quer dizer quando diz que Sua força se aperfeiçoa na nossa fraqueza.
Significa que a maneira de Deus é a única maneira; Sua força é a única esperança.
Jesus olha para este mundo, cheio de filhos confusos, tentando eles estabelecer sua própria justiça e tentando agradá-Lo com seus próprios modos, e Ele chama por cruzes.
A cruz tem o intuito de nos quebrar, sugar todo esforço humano.
Sabemos que Ele é mais fortes do que Simão, que virá quando não aguentarmos mais, e irá assumir o fardo, entretanto Ele não pode assumir enquanto não desistirmos, enquanto não chegamos ao ponto quando clamamos, “Deus, não consigo dar mais nenhum passo. Estou exausto! Estou acabado! Minha força se foi! Estou morto! Me ajude!”.
Jesus foi crucificado “em fraqueza” (2 Coríntios 13:4).
Quando nos tornamos totalmente fracos, e nós mesmos diminuídos é que testemunhamos que somos fortalecidos pela fé no Senhor.
Nosso espírito tem vontade de carregar a cruz, mas a carne é fraca.









Paulo podia se gloriar em sua cruz, tendo prazer em quão fraca ela o tornou. Ele diz:
Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte... E ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...” (2 Coríntios 12:10, 9).
Paulo se regozijava nesse processo de ser feito fraco, pois esse era o segredo para o seu poder com Cristo.
“Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo” (2 Coríntios 12:9).
O que é a sua cruz? É qualquer fardo ou pressão que ameace abatê-lo!
Como Jesus efetivamente não descreve os detalhes da cruz que devemos tomar, sugiro que seja qualquer coisa que irá acelerar uma crise para nossa vida espiritual.



Cruzes espirituais
Ás vezes o orgulho espiritual pode ser uma cruz.
Você assume uma carga bem pesada quando começa a testemunhar as grandes coisas que Deus está fazendo em sua vida.
Deus lhe dá um espírito quebrantado e contrito; os outros chegam até você para pedir ajuda e receber bênçãos. Você é usado de forma maravilhosa no encorajamento de pessoas ao seu redor.
Começa a ficar claro para você, “Nossa! Quanta alegria. Deus me tornou tão manso e amoroso.
Finalmente estou aprendendo como vencer as tentações, e estou crescendo tanto no Senhor. Sinto como se estivesse a ponto de alcançar uma vida de glória e poder espirituais.
Até que em fim alcancei um ponto de confiança e paz. Não quero nunca mais voltar para o que eu era antes”.
Uma semana depois, você está rastejando na poeira; seu balão espiritual explode, e tudo parece ter sido sugado de você.
Tudo o que você pode dizer é, “O que houve? Não pequei contra Deus; não duvidei.
A alegria simplesmente desapareceu. Agora parece que não tenho nada em mim para dar aos outros.
Estou seco e vazio. Por que não consegui manter aquela sensação tão maravilhosa?”.



Você nunca vai chegar lá
Deus nunca permitirá que você sinta como se tivesse chegado lá.
Esse é o problema de muitos cristãos hoje. Lá atrás, eles receberam uma grande benção do Senhor. Deus fez uma obra maravilhosa em suas vidas.
O Espírito Santo veio sobre eles e refez suas vidas por completo. Foi glorioso, e eles começaram a contar para o mundo do seu despertamento.
Mas só têm decrescido desde então. Eles tiveram êxito nessa grande experiência e no processo, tornaram-se satisfeitos e complacentes.
Fique atento quanto você achar estar de pé, para que não caia.



Finalmente, aquele abençoado cristão de outrora acaba se sentindo fraco e vazio.
Após tentar sem sucesso inventar e recriar as bênçãos, ele desiste desesperado. E clama,
“Estou espiritualmente morto. Estou perdendo terreno com Deus. Me sinto falso. Parece que não consigo voltar para onde eu estava com Deus”.
Seu amor por Jesus pode colocá-lo de joelhos, mas sua cruz irá colocá-lo com o rosto em terra, no chão, no pó.
Deus o encontra em seu estado de abatimento e sussurra,
“Eu escolhi as coisas fracas do mundo, as coisas tolas, o que se partiu, as coisas que nada valem, para que nenhuma carne se glorie na Minha presença”.



A cruz ensina como negarmos a nós mesmos
Você terá de carregar sua cruz até aprender a negar. Negar o quê? A única coisa que constantemente impede a obra de Deus em nossas vidas – nós mesmos. Veja novamente o que Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me”. Estamos interpretando erroneamente essa mensagem se enfatizarmos autonegação, ou seja, a rejeição das coisas materiais ou ilícitas. Jesus não estava nos chamando para aprendermos autodisciplina antes de tomarmos a cruz. É muito mais severo que isso. Jesus está pedindo para negarmos a nós mesmos. Isso significa negar nossa própria capacidade para carregar qualquer cruz com nossa própria força. Em outras palavras, “Não tome sua cruz até que você esteja pronto para rejeitar todo e qualquer pensamento de se tornar um discípulo santo - como resultado de seu próprio esforço”.
Há milhões de cristãos professos que se gabam de sua autonegação. Eles não bebem nem fumam, não falam palavrão e nem fornicam - são exemplos de uma disciplina tremenda. Mas nem em cem anos eles admitiriam que isso foi conquistado por algo além de sua própria força de vontade. Na verdade, eles são ligeiros em pôr declarações como essas: “Posso desistir na hora que quiser. O Diabo não consegue me enganar. Sei o que é certo e procuro fazer isso. Obedeço todos os mandamentos. Sou uma pessoa de moral limpa. Não minto, não engano, e sou fiel aos meus votos de casamento”. Eles estão praticando autonegação, mas nunca negaram a si mesmos. De certo modo, somos todos assim. Experimentamos arranques de santidade mediante esforço vigoroso, acompanhados por sentimentos de pureza. Boas ações geralmente produzem boas sensações. Mas Deus não permitirá que pensemos que nossas boas obras e hábitos limpos possam nos salvar. É por isso que precisamos de uma cruz.
Na verdade, creio que Jesus está nos dizendo, “Antes de tomar a sua cruz, prepare-se para encarar um momento da verdade. Prepare-se para experimentar uma crise com a qual aprenderá a negar a própria vontade, seu senso de autojustificação, sua autossuficiência, sua própria autoridade. Você só pode se levantar e Me seguir quando puder admitir, livremente, que é incapaz de fazer coisa alguma com sua própria força – que não pode vencer o pecado pela própria força de vontade – que suas tentações não podem ser vencidas somente por seu auto-esforço- e que você não pode fazer as coisas darem certo com seu próprio intelecto”.
Jesus nunca impõe uma cruz sobre nós
Jesus disse, “Tome a sua cruz”. Nem uma vez nosso Senhor disse, “Se abaixe e deixe-Me colocar uma cruz sobre você”. Jesus não está no serviço de alistamento obrigatório; Seu exército é todo voluntário. Nem todo cristãos carrega cruz. Você pode ser crente sem carregar uma cruz, mas não pode ser discípulo. Vejo muitos crentes rejeitando o caminho da cruz. Eles optaram pela boa vida, com prosperidade, ganhos materiais, popularidade e sucesso. Tenho certeza que muitos deles chegarão ao céu – salvarão a própria pele, mas não consultaram ou aprenderam com Cristo. Por terem rejeitado a dor e o sofrimento da cruz, eles não terão capacidade de conhecer e gozar d’Ele na eternidade, como terão todos os santos que carregaram suas cruzes e entraram na comunhão de Seu sofrimento.
Aqueles que sofrem reinarão juntos. Não estou glorificando o sofrimento e a dor – somente os resultados que produzem. Como Paulo, devemos olhar para as lutas e angústias que experimentamos agora, e nos regozijar por reconhecer que estamos tomando o único caminho que conduz à vitória e maturidade finais. Então, não olhamos mais para nossos fardos e problemas como sendo acidentes ou punições, mas como cruzes que nos são oferecidas para ensinar submissão ao jeito divino de fazer as coisas. Se você está ferido agora, você está no processo de cura. Se você está abatido, esmagado sob o fardo de uma carga pesada, prepare-se! Deus está prestes a Se mostrar forte em seu favor. Você está no limiar da revelação. Agora, a qualquer momento, o seu Simão vai aparecer porque Deus, de fato, usa pessoas para operar Sua vontade. Alguém será compelido pelo Espírito Santo a entrar em seu caminho de sofrimento, lhe alcançar, e ajudar a erguer seu fardo.
A sua cruz é um sinal do amor de Deus
Caro amigo, não pense em sua luta como sendo um julgamento da parte de Deus. Não saia se condenando como se tivesse trazido a si mesmo uma penalidade terrível por ter falhado. Pare de pensar, “Deus está me fazendo pagar pelo pecado”. Por que você não consegue ver que o que você está enfrentando é resultado do Seu amor? Você está sendo corrigido? Você sente como se estivesse sendo arrastado para baixo? Você está com dor? Você está sofrendo? Ótimo! Essa é prova do amor de Deus por você. Submeta-se! Tome a sua cruz! Prepare-se para avançar ainda mais! Prepare-se para chegar à sua crise! Prepare-se para chegar ao fim de si mesmo! Prepare-se para desistir! Prepare-se para atingir o fundo!
Por favor, entenda que você está na escola de disciplina do próprio Cristo. Regozije-se no fato de que se tornará fraco para experimentar Sua força transbordante dentro de você.
Ele largou Sua cruz; por que você também não larga? Para Ele, um Simão aparece. Para nós, um Salvador aparece. Nós nos levantamos e continuamos. Ela continua sendo a nossa cruz - mas agora está sobre Seus ombros.
“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Pois se caírem, um levantará o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante” (Eclesiastes 4:9-10).