sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Lição 9 - Bênção e Maldição na Família de Noé - 29 de Novembro de 2015
















OBJETIVO GERAL

Mostrar que, por não respeitar seu pai, Cam perdeu parte de sua herança.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS


1- Saber a respeito da vinha que Noé plantou;
2- Analisar o juízo de Noé sobre a irreverência de Cam;   
3- Mostrar que a maldição de Canaã se cumpriu.


PONTO CENTRAL



A atitude desrespeitosa de Cam para com o seu pai, Noé, resultou em maldição e a atitude reverente de Sem e Jafé para com o pai resultou em bênçãos.


INTRODUÇÃO

A história de Noé e de sua família não se encerra com sua saída da Arca. Houve um fato triste que trouxe julgamento a um de seus descendentes, e a futura divisão das terras do novo mundo. 
Esta lição nos mostra o quanto devemos ensinar nossos filhos sobre o respeito para conosco, e o preço que se paga por não se ter o devido cuidado no tocante à  embriaguez, mesmo para aqueles que já nasceram de novo.
Se por um lado a Bíblia nos adverte sobre o mau uso do vinho, do qual o crente deve se abster, por outro lado nos é dito sobre a consequência da bebida e do deboche no lar de pessoas que conhecem a Deus. Portanto, eduquemos a nós mesmos e aos nossos filhos.  

O Ensinador Cristão nos diz que o capítulo 9 de Gênesis, infelizmente, e por muito tempo, foi usado para amaldiçoar outros povos e raças. A "maldição contra Cam", mais especificamente em relação a Canaã, seu filho, muitas vezes tem sido relacionada às pessoas de raças não-brancas, especialmente às pessoas negras. Logo, essa interpretação tem sido empregada para apoiar a suposta superioridade da raça branca, bem como a justificativa para a escravidão, que era muito comum entre alguns protestantes do passado na região sul dos EUA, na África do Sul no regime do apartheid e em muitos tipos de discriminação. 
É importante ressaltar esse fato, pois, no Brasil, recentemente, um conhecido pastor midiático trouxe à tona essa interpretação, trazendo grandes problemas e contundentes acusações de preconceito para os que pensam segundo essa corrente equivocada de interpretação bíblica. 
Por que não se pode usar a "maldição de Canaã" para justificar, por exemplo, a miséria presente num continente como a África? Ora, em primeiro lugar, é difícil definir os "cananeus" como grupo racial específico, e ao que tudo indica, suas origens foram profundamente diversificadas. Segundo os estudiosos, possivelmente, os cananeus rumaram para a Arábia meridional e central, ao Egito, ao litoral do Mediterrâneo e à costa leste da África. Não se pode falar de um povo cananeu somente, mas de vários povos com cultura específica, língua própria etc: os jebuseus, os amorreus, os girgaseus, os heveus, os arqueus, os sineus, os arvadeus, os zemareus, os hamateus e a diversificação das famílias dos cananeus (Gn 10.15-18; cf. 15.18-21). 
Nas Escrituras, o relato de Canaã foi exposto para explicar as implicações da conquista da terra de Israel no livro de Josué. De fato, a terra de Canaã, sua cultura e costumes, confrontavam diretamente a vontade e o plano de Deus. Entretanto, a maldição de Noé em relação a Cam, e especificamente ao seu neto Canaã, nada têm a ver com a África e, muito menos, com um recorte racial. Isso precisa ficar bem claro a seus alunos na classe!  










I - A VINHA DE NOÉ



Adaptando-se já à nova realidade, Noé faz-se lavrador e planta uma vinha (Gn 9.20). Do fruto desta, fermenta um vinho tão inebriante que o levou a escandalizar toda a família. O episódio serve-nos de grave advertência.
1. A destemperança do patriarca. Embriagado, o patriarca desnuda-se em sua tenda, indiferente à censura que poderia sofrer da esposa, filhos e netos (Gn 9.21). 
Se não vigiarmos, o mesmo ocorrerá conosco. Eis por que, devemos agir com sobriedade em todas as instâncias da vida. Não foi sem razão que Paulo recomendou aos obreiros a abstinência de bebidas alcoólicas (1 Tm 3.3). Um bêbado, ainda que nascido de novo, age sempre de forma inconsequente.


Arqueólogos descobrem fábrica de vinho de Noé.


Arqueólogos descobrem fábrica de vinho em área próxima onde Noé cultivou uvas após o Dilúvio

Figura 1. Primeiro centro de vinificação conhecido, situado em uma caverna na Armênia, próximo à fronteira sul com o Irã (Fonte: BibArch).
Em um recente artigo no Journal of Archaeological Science, arqueólogos, a partir de uma expedição conjunta entre armenios, americanos e irlandeses, anunciaram a descoberta do primeiro centro de operação de vinificação conhecido em uma caverna perto da fronteira sul da Armênia com o Irã. Este sítio encontra-se bem preservado graças a temperatura seca e a uma cama de fezes de ovelhas que acabou protegendo os artefatos. O mais interessante é que este achado fica a apenas 97 km de distância do Monte Ararat na Turquia, local onde o relato histórico-bíblico da vida de Noé relata que seu barco repousou quando as águas daquela catástrofe global baixaram.
É possível supor, portanto, que Noé foi o primeiro fabricante de vinho na era pós-diluviana.
“Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha” (Gênesis 9:20).

A palavra hebraica utilizada no verso acima é כּרם (kerem) que significa literalmente atividade de campo com videiras. O relato acima, infelizmente, levou a uma história triste que demonstra a realidade do ser humano quando, mesmo num simples descuido, se afasta de Deus, a famosa nudez de Noé quando estava embrigado.
“Bebendo vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda” (Gênesis 9:21).

A palavra original utilizada para vinho acima dá a entender que não era simplesmente o suco da uva, mas o suco da uva acrescentado de um processo de fermentação, tornando-o alcoólico. Tanto que, a palavra embriagado (heb: shâkar) remete a uma pessoa que saciou-se com bebida estimulante e a consumiu em abundância permitindo sua influência.
E embora muitos acadêmicos possam ser tentados a negar a historicidade das vinhas de Noé, a descoberta de evidências arqueológicas nas proximidades da mesma área onde a Bíblia registra que Noé também exerceu as mesmas atividades pode não ser tanta coincidência assim.


A mais antiga unidade de produção de vinho jamais encontrada tem cerca de 6 mil anos. Ela foi desvendada na Armênia segundo noticiou o diário de Paris “Le Monde”.

Os arqueólogos até identificaram a safra de vinho tinto seco ali produzida, utilizando técnicas bioquímicas. A descoberta foi publicada na revista científica Journal of Archaeological Science.

O estudo foi realizado em conjunto por órgãos acadêmicos e científicos dos Estados Unidos, Irlanda e Armênia.

“Essa é a mais antiga instalação para fabricação de vinho já conhecida no mundo”, explicou Gregory Areshian, responsável pelos trabalhos e vice-diretor do Instituto de Arqueologia Cotsen, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA).

Cavernas de Areni, Armênia, local da descoberta


As escavações foram feitas num complexo de cavernas, conhecido como Areni-1, na província armênia de Vayots Dzor, Pequeno Cáucaso, perto da fronteira da Armênia com o Irã. O vinho se destinava para o culto.

Perto de uma prensa de vinho foi também identificada uma videira desidratada, cultivada em torno de 4.000 a.C.

A mais antiga produção vinícola até então conhecida era a encontrada no túmulo do rei egípcio Scorpion I, antiga de 5.100 anos.

Na mesma caverna da Armênia, a equipe desenterrou em 2009 o sapato de couro mais antigo do mundo, com aproximadamente 5.500 anos.

As uvas eram esmagadas numa bacia de argila rasa com cerca de 1 metro de diâmetro. Em volta dela foram recolhidas sementes e uvas secas. O suco era obtido pisando descalço sobre as frutas, disse Areshian.

Foram recolhidos equipamentos de cobre para processar o vinho, vasos impregnados do vinho e até uma taça e um bol.

“Essa foi uma instalação relativamente pequena, relacionada a um ritual dentro da caverna. Para o consumo diário, os moradores teriam prensas muito maiores em estabelecimentos normais”, acrescentou Areshian, que também foi primeiro-ministro adjunto do primeiro governo da República da Armênia independente, em 1991.

Na região dessas cavernas a cultura do vinho é muito antiga e são produzidos bons vinhos tintos das cepas Merlot e Cabernet Sauvignon.

Patrick McGovern, diretor científico do Laboratório de Arqueologia Biomolecular do Museu da Universidade de Pensilvânia, e autor de livros sobre a origem do vinho, mostrou que o tipo de semente recolhida —Vitis vinifera vinifera — continua sendo aproveitada na região.

McGovern lembrou que “até nas regiões baixas como o antigo Egito onde reinava a cerveja, se exigia vinhos especiais nos oferecimentos funerários; e grandes volumes de vinho eram consumidos nas maiores festas religiosas e reais”.

Num livro, McGovern defende que a “cultura do vinho” se desenvolveu primeiro nas regiões montanhosas da Armênia, a partir das quais se espalhou para as planícies do sul, e posteriormente para o mundo todo.

A descoberta arqueológica sugere uma interessante aproximação.
Provavelmente, ali também teria acontecido o fato descrito na Bíblia em que Noé bebeu do vinho e perdeu os sentidos.

Esta nova descoberta fornece um apoio científico colateral ao relato bíblico.

Aproximação ou apoio colateral não é prova linear, mas ajuda a compor o quadro do acontecimento histórico. E, nesse sentido, fala em favor dos fatos narrados na Bíblia.

O fato de a outra fábrica de vinho mais antiga se encontrar no Egito, mil anos mais nova, nos leva a perguntar se nesse milênio ‒ quer dizer entre o ano 6.000 a.C. da fábrica de vinho armênia e 5.100 a.C. da egípcia ‒ não teria acontecido a dispersão dos povos.

Após a dispersão dos povos, estes teriam partido levando os conhecimentos que eram comuns a todos eles. O fabrico e consumo do vinho, entre eles.

Entretanto, a datação do dilúvio, referência histórica anterior a Babel, e a dispersão apresentam dificuldades que tomariam o espaço de outro post. A existência e as características do dilúvio são as mais universais das tradições recolhidas nos povos mais afastados, inclusive entre os índios do Brasil.



2. A irreverência de Cam. O destempero de Noé é flagrado por seu filho, Cam. Ao invés de calar-se e, discretamente, resguardar a honra do pai, saiu a depreciar-lhe a imagem (Gn 9.22). Ao que parece, ele não era muito diferente daqueles que pereceram no dilúvio. Mais tarde, atitudes como as de Cam seriam arroladas como faltas graves pela Lei de Moisés (Lv 18.7).
Não entreguemos o faltoso ao vitupério. Se agirmos com amor, poderemos recuperá-lo plenamente (Tg 5.20). Doutra forma, perderemos almas mui preciosas aos olhos de Deus. Lembremo-nos da recomendação de nosso Senhor, de buscar a reconciliação  (Mt 18.15-18).



3. O respeitoso gesto de Sem e Jafé. Diante da atitude irreverente e maldosa do irmão mais novo, Sem e Jafé tomaram "uma capa, puseram-na sobre ambos os seus ombros e, indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai; e os seus rostos eram virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai" (Gn 9.23).
Ajamos como Sem e Jafé, e muitos escândalos serão evitados no arraial dos santos. Isso não significa que os pecados serão acobertados. Todavia, o pecador tem de ser tratado com dignidade, a fim de que venha a experimentar plena restauração. Como gostaríamos de ser tratados em semelhantes circunstâncias? Sem e Jafé agiram amorosa e nobremente.



SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

"Noé era um lavrador da terra, como fora Caim. Cuidar de plantas se tornou sua grande paixão e entre elas estava a videira. Esta é a primeira vez que a produção de vinho é aludida na Bíblia, e é significativo que esteja ligada a uma situação de desgraça.
Noé pode ter sido inocente, não conhecendo o efeito que a fermentação causa no suco de uva nem o efeito que o vinho fermentado exerce no cérebro humano. Isto não impediu que a vergonha entrasse no círculo familiar. Perdendo os sentidos, Noé tirou a roupa e se deitou nu. A nudez era detestada pelos primitivos povos semíticos, sobretudo pelos hebreus que a associavam com a libertinagem sexual (cf. Lv 18.5-19; 20.17-21; 1 Sm 20.30)" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ed.  Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 42).


Paulo Hoff nos fala a respeito das bênção e da maldição que Noé proferiu:
Noé abençoa a Sem e a Jafé: Capítulo 9:18-29. Noé, o homem justo perante o mundo, caiu no pecado de embriaguez em seu próprio lar. Os longos anos de fidelidade não garantem que o homem seja imune a tentações novas. As diferentes reações dos filhos deram--Ihe ocasião de amaldiçoar a Canaã (pode ser que estivesse seguindo os passos de seu pai, zombando dele) e abençoar a Jafé e a Sem. 
Nota-se que a maldição se aplica a Canaã e aos cananeus somente e não aos outros filhos de Cão. Aparentemente, Canaã era o único filho que compartilhava a atitude desrespeitosa de seu pai. A maldição, portanto, não pode aplicar-se aos egípcios ou a outros camitas africanos. 
Além do mais, é provável que os cananeus tenham sido amaldiçoados não tanto pelo pecado de Cão e de seu filho Canaã, mas pela notória impureza que caracterizaria os cananeus nos séculos vindouros. Os descendentes de Canaã radicaram-se na Palestina e na Fenícia (10:15-19), e eram notoriamente imorais. Olhando adiante, Deus viu o caráter que teriam e inspirou Noé a pronunciar seu castigo. Deus empregou uma nação semita, os hebreus, para retribuir-lhes a sua maldade mediante a conquista de Canaã por Josué. Em referências posteriores aos juízos divinos sobre os cananeus, Moisés o relaciona com a extrema impiedade deles (Gênesis 15:16; 19:5; Levítico 20:2; Deuteronômio 9:5). 

A bênção sobre Sem, traduzida literalmente é: "Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem" (9:26a) e implica que o Senhor seria o Deus dos semitas. Cumpriu-se notavelmente no povo hebreu, uma raça semita. Os descendentes de Jafé (os indo-europeus) seriam os hóspedes dos semitas, dando-lhes estes proteção e unindo-se, inclusive, com eles no serviço a Deus. Isto é, a promessa messiânica passaria aos semitas, e se vê o primeiro anúncio da entrada dos gentios (Jafé) na comunidade cristã que nasceu dos hebreus (Sem). 


*O pecado de Cam
O pecado é muito debatido, pois a frase 'viu a nudez de' é usada em relações sexuais ilícitas (cf. Lv 18). Aqui o texto sugere que o pecado de Cam foi o de ridicularizar o pai a quem deveria honrar (cf. Êx 20.12). As falhas de Noé e de Cam nos advertem que, embora vivamos num lar aparentemente perfeito, a raiz do pecado está plantada profundamente em cada pessoa individualmente. A causa de nossos fracassos está em nós mesmos."
Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 30



II - O JUÍZO DE NOÉ SOBRE A IRREVERÊNCIA DE CAM

Já passada a embriaguez, Noé toma conhecimento do que lhe fizera o filho mais novo. Todavia, sendo um homem justo, não poderia deixá-lo sem disciplina.



1. A maldição de Canaã. O patriarca castiga indiretamente a Cam, lançando sobre o filho deste uma pesada maldição: "Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos" (Gn 9.25). 
À primeira vista, parece que o patriarca condena os cananeus à servidão. Mas o caso era bem mais grave. Eles seriam punidos com a perda de suas terras aos filhos de Abraão, o mais notável descendente de Sem, depois de Jesus Cristo.
Quanto aos demais filhos de Cam, haveriam de construir grandes e admiráveis civilizações como a egípcia e a etiópica (Gn 10.6). Aliás, o Egito foi um poderoso e culto império, acerca do qual há uma profecia maravilhosa (Is 19.18-25).



2. A bênção de Sem e Jafé. Ao galardoar a atitude respeitosa e reverente de Sem e Jafé, o patriarca concede-lhes uma bênção eterna: "Bendito seja o Senhor, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo" (Gn 9.26,27).
A irreverência e o deboche vêm destruindo muitos jovens promissores. A sociedade atual caracteriza-se pela insolência e por uma irreverência sem limites. Que tais coisas não nos invadam as igrejas, pois santidade convém à casa de Deus (Sl 93.5). 
Eduquemos nossos filhos e netos, para que não sejam amaldiçoados e venham a perder a herança que lhes reservou o Senhor. Quem ama instrui, educa e disciplina. 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

"Recuperando os sentidos, Noé ficou sabendo do que aconteceu e falou com seus filhos. Ele deixou Cam sem bênção e concentrou sua reprimenda em Canaã, cujos os descendentes historicamente se tornaram um povo marcado por moralidades sórdidas e principalmente fonte de corrupção para os israelitas. A adoração Cananéia de Baal desceu às mais baixas profundezas da degradação moral. Embora os cananeus obtivessem certo poder, como os fenícios, pelo tráfico marítimo no Mediterrâneo, eles nunca conseguiram se tornar grande nação. Quase sempre foram dominados por outros povos" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. 1.ed.  Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 52).


III - CUMPRE-SE A MALDIÇÃO DE CANAÃ

Noé não se limitou a abençoar a Sem e a Jafé, nem a amaldiçoar a Cam. O patriarca, na verdade, definiu o futuro messiânico de seus filhos. Passados aproximadamente 700 anos, sua profecia começa a cumprir-se.



1. Canaã perde a sua herança. Cam, através de seu caçula, Canaã, não demorou a ocupar toda a terra que, no tempo de Josué, seria conquistada pelos hebreus. As possessões cananitas iam de Sidom, passando por Gerar e Gaza, até Sodoma e Gomorra (Gn 10.19). Sim, os sodomitas também eram descendentes de Cam. Tratava-se, de fato, de uma gente tão vil e tão debochada quanto seu patriarca; não demonstrava nenhum temor a Deus. 
Tendo em vista a degradação moral dos descendentes de Canaã, promete o Senhor ao semita Abraão: "À tua semente tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates, e o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu, e o heteu, e o ferezeu, e os refains, e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu" (Gn 15.18-21). Todas essas nações eram da linhagem de Canaã.



2. A bênção de Sem na pessoa de Israel. Depois de uma peregrinação de quarenta anos pelo Sinai, Israel, o ramo messiânico da grande família de Sem, desapossa Canaã daquela terra tão formosa (Js 6.21). Os que lhe escapam à espada, são submetidos a trabalhados forçados (Js 17.13).



3. Jafé participa da bênção de Sem. O Evangelho veio-nos através de Cristo, o mais ilustre dos semitas. Logo após a morte dos apóstolos, porém, foram os filhos de Jafé  que se encarregariam de proclamar o Evangelho até os confins da Terra. 
Jafé teve suas possessões alargadas desde a Europa às Américas. E, pela fé em Cristo, habitamos nas tendas de Sem (Gn 9.27). A profecia de Noé cumpriu-se rigorosamente.

SUBSÍDIO DIDÁTICO

"Maldito seja Canaã
Quando Noé ficou sabendo do ato desrespeitoso de Cam, pronunciou uma maldição sobre Canaã, filho de Cam (não sobre o próprio Cam). (1) Talvez Canaã tivesse de alguma maneira envolvido no pecado de Cam, ou tivesse os mesmos defeitos de caráter do seu pai. A maldição prescrevia que os descendentes de Canaã (os quais não eram negros) seriam oprimidos e controlados por outras nações. Por outro lado, os descendentes de Sem e Jafé teriam a bênção de Deus (vv. 26,27). (2) Essa profecia de Noé era condicional a todas as pessoas a quem ela foi dirigida. Qualquer descendente de Canaã que se voltasse para Deus receberia, também, a bênção de Sem (Js 6.22-25; Hb 11.310; mas também quaisquer descendentes de Sem e de Jafé que desviassem de Deus teriam a maldição de Canaã (Jr 18.7-10)" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1.ed.  Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 42).


CONCLUSÃO

A grande lição que podemos extrair do texto que ora estudamos é que devemos agir com amor e cuidado ante nossos irmãos surpreendidos em faltas e pecados. Ajamos com amor, a fim de que sejam recuperados. Assim faria Jesus. Que em nossos arraiais não haja lugar para irreverências nem desrespeitos. Além disso, cuidemos da educação de nossos filhos e netos. Somos responsáveis por suas almas.


RIVALDO NASCIMENTO


2 comentários:

  1. Belo estudo, muito útil.E mais uma vez a Bíblia se mostra como documento histórico de grande veracidade, tendo apoio de outras fontes históricas.

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