Vejamos o que o Ensinador Cristão nos fala a respeito do Senhor e Salvador Jesus Cristo:
Jesus de Nazaré é a pessoa mais importante que existiu no mundo. Ele veio em forma de uma criança, cresceu na graça e no conhecimento, diante de Deus e dos homens. Jesus iniciou o seu ministério com doze discípulos, pregando o Reino de Deus por toda a Antiga Palestina. É impossível alguém ficar indiferente em relação ao seu ministério. Se os nossos alunos o conhecerem como descrevem as Escrituras, “rios de águas vivas fluirão do seu interior”.
Jesus chamado “Cristo”
Jesus (que quer dizer “o salvador”) é o “Messias” de Israel, isto é, o ungido de Deus Pai para redimir o povo de Israel e o “Cristo” para redimir o mundo: “Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (At 2.36). Jesus Cristo é o evento anunciado por João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Nele, a condenação eterna é apagada, as prisões psicológicas e emocionais são abertas. Nossa natureza humana pecaminosa, egoísta e perversa é completamente transformada.
O “Logos”
O Evangelho afi rma que só há verdadeira vida por intermédio do verbo vivo de Deus: Jesus Cristo, a vida eterna que pulsa de Deus para nós. É vida verdadeira que dá conta de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5).
Para descrever esse evento extraordinário o apóstolo João usou um termo bem peculiar em o Novo Testamento, Logos, que quer dizer “verbo” ou “palavra”. O apóstolo escreveu assim o primeiro versículo no seu Evangelho: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Esse versículo descreve Jesus como o início de todas as coisas e o signifi cado último da vida: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens” (Jo 1.3,4). Segundo o Evangelho, só há verdadeira vida por intermédio do verbo vivo de Deus: Jesus Cristo, a vida que pulsa de Deus para nós. Só ele quem pode doar vida verdadeira. Só Ele quem dá conta de todas as interrogações, questionamentos e dúvidas humanas. Mas o mundo não compreendeu o significado dessa vida, desse verbo e desse sentido último (Jo 1.5). Mas para nós, os que cremos, o servo Jesus é Senhor e Cristo. Sejamos servos disponíveis no serviço, olhando sempre para o autor e consumador da nossa fé.
Vejamos também o que PORTA, Paul;
Teologia do Novo Testamento: manual de estudos independente por Paul Porta; Ilustrações Gunar Berg de
Andrade. - Campinas, SP : FAETAD, 2009, nos fala sobre o Logos de Deus:
Jesus é o Logos de Deus
O conceito do Logos de João foi uma de suas maiores contribuições à
Teologia do NT. Por causa da controvérsia associada com esse termo nos tempos
modernos, precisaremos examinar o fundo histórico deste termo. Examinaremos
em primeiro lugar o contexto filosófico grego, e após o contexto teológico no
AT.
O Logos na filosofia grega
Seiscentos anos antes do nascimento de Cristo, um filósofo grego chamado
Heráclito empregou a ideia de um logos para descrever o princípio ou poder que dá
estabilidade e ordem a um mundo em mudança. Heráclito considerava que o mundo
estava em uma condição de mudança constante. Entre as coisas que permaneciam iguais
havia o sol que se levantava todas as manhãs, e as estações que se seguiam na sua
sequência apropriada. O que causava esta estabilidade e ordem no meio de todas as
mudanças? Para Heráclito, a resposta era o logos.
Não podemos, no entanto, identificar sua ideia do logos com o Logos do
Evangelho de João. De acordo com Heráclito, o logos não pode ser identificado com
personalidade. O logos era meramente um princípio ou força, e nunca uma pessoa.
Em nenhum momento Heráclito identificou o logos com um Deus Transcendente.
Suas ideias foram adotadas por filósofos gregos posteriores.
Perto do tempo do começo do NT, uma nova dimensão fora acrescentada a
essa ideia do logos. Heráclito ensinava que o logos era o princípio regulador do mundo
material. A isto acresceu-se a ideia de que o logos também era o princípio regulador do mundo moral e racional. Os filósofos gregos acreditavam que, de certa maneira, o
princípio do logos residia em toda pessoa e que ele era, na realidade, a base de uma
vida moral racional. O logos, portanto, veio a ser considerado o princípio da ordem e
da estabilidade que permeia tanto o mundo moral quanto o mundo material.
Além disso, precisamos ressaltar o fato de que em nenhum momento os
filósofos gregos consideraram que o logos possuia uma personalidade. Por isso,
embora João tenha utilizado o mesmo termo nas observações da abertura de seu
Evangelho, não pretendia relacionar sua ideia do Logos com o conceito grego.
O Logos no AT
Os filósofos gregos pensavam no logos como uma força sustentadora que
mantinha junto este mundo. O AT usava o mesmo termo, Logos, para descrever uma
Pessoa. Além disso, o AT identifica o logos com Deus. Já passamos, portanto, da ideia
do logos como simples princípio, para a verdade do logos possuindo uma
personalidade divina.
O AT começou com a revelação da atividade de Deus na criação. A expressão “e
Deus disse” foi repetida várias vezes em Gn 1.3,6,9,11,20,24,26,29. Séculos mais
tarde, o Salmista escreveu: “Pela palavra [logos] do Senhor foram feitos os céus” (Sl
33.6 e 9). Sendo assim, a “Palavra [Logos] de Deus” foi o agente ativo de Deus na
criação do universo.
Em conjunto com esse fato da criação, a Palavra de Deus é o fator sustentador
e estabilizador na criação. Assim acontecia no sentido material e também moral. O
Salmista, por exemplo, reconhecia a influência da Palavra de Deus na natureza: “Fogo
e saraiva, neve e vapores, e vento tempestuoso que executa a sua palavra” (Sl 148.8)
e, no âmbito moral: “Mostra a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e os seus juízos
a Israel” (Sl 147.19).
Mais tarde, o profeta Isaías faria uma identificação adicional entre a Palavra e o
próprio Deus: “Assim será a palavra [logos] que sair da minha boca; ela não voltará
para mim vazia” (Is 55.11).
A identidade da Palavra [logos] com uma Pessoa recebe tratamento adicional na
Teologia paralela da Sabedoria de Deus. Este fato é visto especialmente no Livro de
Provérbios, onde a Sabedoria de Deus é identificada com o próprio Deus. A sabedoria
de Deus não foi apresentada simplesmente como princípio ou influência moral.
Considere estas palavras de Provérbios:
O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos, e antes de suas
obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida, desde o
princípio, antes do começo da terra [...] Quando ele preparava os
céus, aí estava eu [...] Então eu estava com ele e era seu aluno: e era
cada dia as suas delícias. (Pv 8.22-30).
A diferença principal, portanto, entre a ideia grega do logos e a revelação do
logos no AT, era que os gregos ensinavam que o logos era um princípio ao passo que
o AT identificava o Logos com a Pessoa de Deus.
O Logos no Evangelho de João
De modo contrário àquilo que alguns teólogos modernos querem que creiamos,
o uso por João do Logos ia além das ideias filosóficas do logos que então estavam em
voga. Pelo contrário, João foi diretamente ao AT. Levou a revelação da Palavra de
Deus e da Sabedoria de Deus no AT ao seu cumprimento lógico na vida e no
ministério de Jesus, o Cristo “E o Verbo se fêz carne [...]” (Jo 1.14). Nosso estudo do
Logos no Evangelho segundo João concentrar-se-á nos primeiros quatorze versículos
do capítulo 1.
João começou seu Evangelho com as palavras: “No princípio era o Verbo
[Logos]”. Essas palavras têm sido parafraseadas da seguinte maneira: “Antes de existir
um início, o Verbo já existia”. O Logos de Deus, portanto, existia antes da criação e não
pode ser identificado como uma parte da criação. Aqui temos uma diferença importante
com a ideia grega do logos, que entendia que o logos fazia parte da criação. De acordo
com João, nunca houve um tempo quando o Logos não existia.
Tem sido sugerido que a expressão “no princípio” tem um duplo sentido. Pode
se referir, por exemplo, ao começo com relação ao tempo, bem como ao começo em
relação à causa. No primeiro caso, veríamos o Logos existente antes do tempo, e, no
segundo caso, sendo a causa do tempo.
Os filósofos gregos identificavam o logos com um princípio ou poder. João, por
outro lado, identificou o Logos com a Pessoa do Próprio Deus: “e o Verbo [Logos] estava
com Deus e o Verbo [Logos] era Deus” (Jo 1.1). Não disse que meramente havia algo
divino na Palavra. Ele disse que Jesus, o Verbo ou Logos, era Deus.
Examinando essas palavras de João um pouco mais minuciosamente, notamos
um comentário muito importante a respeito do relacionamento entre a Palavra (o
Verbo) e Deus. João disse que o Verbo era Deus, mas não disse que Deus era o
Verbo. João disse, ainda: “[...] e o Verbo estava com Deus [...]”. Por que fazer esta
distinção? Porque João reconhecia que o Verbo fazia parte da Deidade, mas que não
era a totalidade da Deidade. Na sua clara disposição de colocar Jesus no mais alto
nível possível, João não perdeu de vista a verdade da pluralidade de Pessoas na
Deidade.
A Criação pelo Logos
João fez a declaração enfática que: “Todas as coisas foram feitas por ele [o
Logos]” (Jo 1.3). Está fora de dúvida que João atribuía o ato da Criação à obra de
Jesus, o Verbo de Deus. Podemos, com segurança, relacionar esta verdade com a
narrativa da Criação em Gn 1 (Gn 1.3; Sl 33.6 e 9).
A preservação pelo Logos
Assim como o Logos foi ativo na Criação, Ele também está ativo na preservação
da Criação. Conforme disse João: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”
(Jo 1.4). A vida não existe, nem continuará a existir, sem o ministério do Logos de Deus.
João está rigorosamente em harmonia com a verdade do AT. O Salmista disse: “Porque
em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz” (Sl 36.9).
Os filósofos gregos reconheciam que havia algo que mantinha coeso o
universo. Mas, na sua recusa de aceitar a verdade de um Deus soberano, optaram por
identificar a estabilidade da ordem criada com um princípio, que em si mesmo, fazia
parte da ordem criada. João, assim como os escritores do AT, reconhecia que esta
estabilidade provinha da presença ativa de uma Pessoa, o Logos de Deus por meio de
cujo poder a Criação veio a existir.
A encarnação do Logos
De acordo com João: “[...] o Verbo se fez carne” (Jo 1.14). João empregou uma
palavra muito comum para descrever a maravilha e a majestade da encarnação do
Logos. Ele não disse que o Verbo se fez um homem, mas que ele “se fez carne”.
Mediante o emprego deste termo, João estava dizendo que a encarnação não era
meramente o caso do Logos assumir a forma ou a aparência de um homem. O Logos
tomou sobre si a verdadeira carne humana, com todas as suas características e
limitações físicas.
Essa verdade vital foi mencionada de novo por João na sua primeira carta: “O
que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que
temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida” (1Jo 1.1). Você
percebe o progresso na revelação da verdade da encarnação neste versículo?
João começou com a verdade da eternidade do Logos (“O que era desde o princípio
[...]”) usando a mesma expressão da abertura de seu Evangelho. Depois, passou adiante
para três verbos relevantes que se relacionam com o aparecimento e a manifestação do
Logos na história da humanidade. Estes verbos são: ouvir, ver e tocar. João entendia que a
encarnação era um evento histórico real, em que o Logos de Deus se tornou homem.
Resumindo, pois: embora João reconhecesse que o Logos era uma das Pessoas da Deidade,
não deixou de equilibrar este fato com a verdade da realidade da Encarnação. O Logos
tomou sobre si a carne humana, e não simplesmente a aparência humana.
TEXTO ÁUREO
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, ?e a verdade, e a vida. Ninguém vem ?ao Pai senão por mim."
(Jo 14.6)
VERDADE PRÁTICA
Cremos no Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem e o único Salvador do mundo.
OBJETIVO GERAL
Explicar porque cremos que Jesus é o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus e plenamente homem.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 1.1-14
1 - No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 - Ele estava no princípio com Deus.
3 - Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 - Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
5 - e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 - Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 - Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 - Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 - Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
10 - estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
11 - Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 - Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome,
13 - os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
14 - E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
INTRODUÇÃO
Há inúmeros pontos da cristologia dignos de ocupar a mente e o coração de todos os seres humanos. O nosso espaço aqui é exíguo para um estudo completo. Temos de nos contentar com alguns pontos relevantes sobre a verdadeira identidade de Jesus. A provisão do Antigo Testamento sobre a obra redentora de Deus em Cristo é rica em detalhes. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença e a obra de Cristo na história da redenção, nas suas instituições e festas. O nosso enfoque aqui é a verdadeira identidade Jesus.
PONTO CENTRAL
Cremos que Jesus é o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus e plenamente homem.
I - O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS
1. O Filho de Deus. O apóstolo João explica o motivo que o levou a escrever o seu evangelho com as seguintes palavras: "Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20.31). Temos aqui dois pontos importantes. O primeiro é sobre a identidade de Jesus: Ele é o Cristo e o Filho de Deus; o outro é o motivo dessa revelação, a redenção de todo aquele que crê nessa verdade. É de toda importância saber o significado do título "Filho de Deus". A profecia de Isaías anuncia: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu" (Is 9.6). Note que o menino nasceu, mas o Filho, segundo a palavra profética, não nasceu, mas "se nos deu". O nascimento desse menino aconteceu em Belém, mas o Filho foi gerado desde a eternidade (Jo 17.5, 24), pois transcende a criação: "E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1.17). É como disse Atanásio, em resposta aos arianistas, referindo-se à eternidade de Jesus: "o Pai não seria Pai se não existisse o Filho".
2. Significado. O significado do termo "filho" nas Escrituras é amplo, e uma das acepções diz respeito à mesma natureza do pai (Jo 14.8,9). Quando Jesus se declarou Filho de Deus, Ele estava reafirmado sua divindade, e os judeus entenderam perfeitamente a mensagem (Jo 5.17,18). O Mestre disse: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30). E, mais adiante, no mesmo debate com os judeus, Jesus esclareceu o que significa ser Filho de Deus: "àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?" (Jo 10.36). Alegar que Jesus não é Deus, mas o Filho de Deus, como fazem alguns, é uma contradição.
3. Significado de "unigênito" (v.14b). A etimologia do termo "unigênito", monogenés, em grego, indica a deidade do Filho. Essa palavra só aparece nove vezes no Novo Testamento, sendo três em Lucas (7.12; 8.42; 9.38), uma em Hebreus (11.17) e as outras cinco em referência a Jesus nos escritos joaninos (Jo 1.14,18; 3.16,18; 1 Jo 4.9). O vocábulo vem de monós, "único", e de genés, que nos parece derivar de genós, "raça, tipo", e não necessariamente do verbo gennao, "gerar". Então, unigênito, quando empregado em relação a Jesus, transmite a ideia de consubstancialidade. É exatamente o que declara o Credo Niceno: "E [cremos] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, o Unigênito do Pai, que é da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai".
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Unigênito
Monogenes é usado cinco vezes, todas nos escritos do apóstolo João, acerca de Jesus como o Filho de Deus; em Hebreus 11.17 é traduzido por 'unigênito', sobre a relação de Isaque com Abraão.
Com referência a Jesus, a frase 'o Unigênito do Pai' (Jo 1.14), indica que, como o Filho de Deus, Ele era o representante exclusivo do Ser e caráter daquele que o enviou. No original, o artigo definido está omitido tanto antes de 'Unigênito' quanto antes de 'Pai', e sua ausência em cada caso serve para enfatizar as características referidas nos termos usados. O objetivo do apóstolo João é demonstrar que tipo de glória ele e seus companheiros apóstolos tinham visto. Sabemos que ele não está fazendo somente uma comparação com as relações terrenas, pela indicação da preposição para, que significa 'de, proveniente de'. A glória era de uma relação única e a palavra 'Unigênito' não implica um começo de Sua filiação. Sugere, de fato, a relação, mas esta deve ser distinguida da geração conforme é aplicada aos homens.
Podemos apenas entender corretamente o termo 'unigênito' quando usados para se referir ao Filho, no sentido de relação não originada. 'A geração não é um evento no tempo, embora distante, mas um fato independente do tempo. O Cristo não se tornou, mas necessariamente é o Filho. Ele, uma Pessoa, possui todos os atributos da deidade pura. Isto torna necessário a eternidade, o ser absoluto; sobre este aspecto Ele não é 'depois' do Pai'" (Dicionário Vine: O significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 1045).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Jesus Cristo não somente era pleno Deus, como pleno ser humano. Ele não era em parte Deus e em parte homem. Antes, era cem por cento Deus, e, ao mesmo tempo, cem por cento homem. Em outras palavras, Ele exibia um conjunto pleno tanto de qualidades divinas quanto de qualidades humanas, numa mesma Pessoa, de tal modo que essas qualidades não interferiram uma com a outra. Ele há de retornar como 'esse mesmo Jesus' (At 1.11). Numerosas passagens ensinam claramente que Jesus de Nazaré tinha um corpo verdadeiramente humano e uma alma racional. Eram características de seres humanos não-caídos (isto é, Adão e Eva), que nEle podiam ser encontradas. Ele foi, verdadeiramente, o Segundo Adão (1 Co 15.45,47). As narrativas dos evangelhos aceitam automaticamente a humanidade de Cristo. Ele é descrito como um bebê, na manjedoura, e sujeito às leis humanas do crescimento. Ele aprendeu, sentia fome, sentia sede e se cansava (Mc 2.15; Jo 4.6). Ele também sofreu ansiedade e desapontamentos (Mc 9.19); sofreu dor física e mental, e sucumbiu diante da morte (Mc 14.33,37). Na epístola aos Hebreus há grande cuidado em se mostrar sua plena identificação com a humanidade (2.9,17; 4.15; 5.7,8 e 12.2).
A verdade, pois, é que na pessoa única do Senhor Jesus Cristo habitam uma natureza plenamente divina e outra plenamente humana, sem se confundirem. Ele é, verdadeiramente, pleno Deus e pleno ser humano, Céu e Terra juntos na mais admirável de todas as pessoas" (MENZIES, William; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa fé. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 51).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Unigênito
Monogenes é usado cinco vezes, todas nos escritos do apóstolo João, acerca de Jesus como o Filho de Deus; em Hebreus 11.17 é traduzido por 'unigênito', sobre a relação de Isaque com Abraão.
Com referência a Jesus, a frase 'o Unigênito do Pai' (Jo 1.14), indica que, como o Filho de Deus, Ele era o representante exclusivo do Ser e caráter daquele que o enviou. No original, o artigo definido está omitido tanto antes de 'Unigênito' quanto antes de 'Pai', e sua ausência em cada caso serve para enfatizar as características referidas nos termos usados. O objetivo do apóstolo João é demonstrar que tipo de glória ele e seus companheiros apóstolos tinham visto. Sabemos que ele não está fazendo somente uma comparação com as relações terrenas, pela indicação da preposição para, que significa 'de, proveniente de'. A glória era de uma relação única e a palavra 'Unigênito' não implica um começo de Sua filiação. Sugere, de fato, a relação, mas esta deve ser distinguida da geração conforme é aplicada aos homens.
Podemos apenas entender corretamente o termo 'unigênito' quando usados para se referir ao Filho, no sentido de relação não originada. 'A geração não é um evento no tempo, embora distante, mas um fato independente do tempo. O Cristo não se tornou, mas necessariamente é o Filho. Ele, uma Pessoa, possui todos os atributos da deidade pura. Isto torna necessário a eternidade, o ser absoluto; sobre este aspecto Ele não é 'depois' do Pai'" (Dicionário Vine: O significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 1045).
II - A DEIDADE DO FILHO DE DEUS
1. O Verbo de Deus (Jo 1.1). O "Verbo" é a Palavra, do grego Logos. O termo "Deus" aparece duas vezes nessa passagem, uma delas em referência ao Pai: "e o Verbo estava com Deus". Aqui temos uma indicação do relacionamento intratrinitariano, ou seja, entre a Trindade, antes mesmo da fundação do mundo. A preposição grega pros, usada para "com" nessa segunda cláusula, diz respeito ao plano de igualdade e intimidade, face a face, além de mostrar a distinção entre o Pai e o Filho, um golpe mortal contra o sabelianismo. A segunda referência,"e o Verbo era Deus", aponta para o Filho. Não se trata de acréscimo de mais um Deus aqui, posto que ao apóstolo foi revelado, pelo Espírito Santo, que o Verbo divino está incluído na essência una e indivisível da Deidade, embora seja Ele distinto do Pai (Jo 8.17,18; 2 Jo 3). Da mesma forma, o apóstolo Paulo transmitiu essa verdade, ao dizer que "para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele" (1 Co 8.6). Trata-se do monoteísmo cristão.
2. Reações à divindade de Jesus. É digno de nota que os apóstolos João e Paulo, como os demais, eram judeus e foram criados num contexto monoteístico. Portanto, não admitiam em hipótese alguma outra divindade, senão só, e somente só, o Deus Javé de Israel (Mc 12.28-30). Observemos que, a cada fala do Senhor Jesus a respeito de sua divindade, de sua igualdade com o Pai, o próprio apóstolo João registra a reação dos judeus como protesto (Jo 5.18; 8.58,59; 10.30-33). Mesmo assim, esses apóstolos não hesitaram em declarar, com ousadia e abertamente, a deidade absoluta de Jesus (Jo 20.28; Rm 9.5; Cl 2.9; Tt 2.13; 1 Jo 5.20).
3. O relacionamento entre o Pai e o Filho. Os pais da Igreja perceberam também que, além das construções tripartidas, do relacionamento intratrinitariano e histórico-salvífico revelado nas Escrituras Sagradas, havia ainda as construções bipartidas que identificam a mesma deidade no Pai e no Filho. O Pai e o Filho aparecem no mesmo nível de divindade (Gl 1.1; 1 Tm 6.13; 2 Tm 4.1). Essas expressões bipartidas provam que o Pai e o Filho são o mesmo Deus, possuindo a mesma substância, mas são diferentes na forma e na função, não em poder e majestade. Veja o seguinte exemplo: "Graça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (Rm 1.7). Os primeiros cristãos não precisavam de explicações adicionais para compreender a divindade de Jesus em declarações como essas (2 Pe 1.1).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"A deidade de Cristo inclui sua coexistência no tempo e na eternidade, com o Pai e o Espírito Santo. Conforme indica o prólogo de João, o Verbo é eternamente preexistente. O uso do termo 'Verbo' (no grego, Logos) é significativo, visto que Jesus Cristo é a principal expressão da vontade divina. Ele não é somente o único Mediador entre Deus e a humanidade (1 Tm 2.5), mas foi também o Mediador na criação. Deus, falando, trouxe o Universo à existência, através do Filho, a Palavra Viva. Porquanto, 'sem ele nada do que foi feito [na criação] se fez' (Jo 1.3). Colossenses 1.15 diz que Cristo é a 'imagem do Deus invisível'. E a passagem de Hebreus 1.1,2 também proclama a grande verdade: Cristo é a mais completa e melhor revelação de Deus à humanidade. Desde o começo, o Verbo foi a própria expressão de Deus, e continua a demonstrá-lo. E então, 'vindo a plenitude dos tempos' (Gl 4.4), o 'Verbo se fez carne e habitou entre nós...' (Jo 1.14).
Antes de manifestar-se à humanidade dessa nova maneira, o Verbo esteve eternamente em existência como aquEle que revela a Deus. É bem provável que as teofanias do Antigo Testamento fossem, na realidade, 'cristofanias', visto que em seu estado preexistente, os encontros com várias pessoas, pode revelar a vontade de Deus, estaria de pleno acordo com seu ofício de Revelador" (MENZIES, William; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa fé. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 50).
III - A HUMANIDADE DO FILHO DE DEUS
1. "E o Verbo se fez carne" (Jo 1.14a). O prólogo do Evangelho de João começa com a divindade de Jesus e conclui com a sua humanidade. O Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem. A sua divindade está presente na Bíblia inteira, de maneira direta e indireta, nos ensinos e nas obras de Jesus, com tal abundância de detalhes que infelizmente não é possível mencioná-los aqui por absoluta falta de espaço. A encarnação do Verbo significa que Deus assumiu a forma humana. A concepção e o nascimento virginal de Jesus (Is 7.14; Mt 1.123) são obra do Espírito Santo (Mt 1.20; Lc 1.35). Tal encarnação do Verbo é um mistério (1 Tm 3.16).
2. Características humanas. Assim como as Escrituras revelam a deidade absoluta de Jesus, da mesma forma elas ensinam que Ele é plenamente homem: "Jesus Cristo, homem" (1 Tm 2.5). Há abundantes e incontestáveis provas de sua humanidade, ou seja, de que Ele nasceu, cresceu e viveu entre nós. Seu nascimento é contado com detalhes nos dois primeiros capítulos de Mateus e de Lucas. Ele cresceu em estatura física e intelectual (Lc 2.52); e sentiu fome, sede, sono e cansaço (Mt 4.2; 8.24; Jo 4.6; 19.28).
3. Necessidade da encarnação do Verbo. Jesus foi revestido do corpo humano porque o pecado entrou na humanidade por meio do casal Adão e Eva, seres humanos, e pela justiça de Deus o pecado tinha de ser vencido também por um ser humano (Rm 5.12, 17-19). Jesus se fez carne. Fez-se homem sujeito ao pecado, embora nunca houvesse pecado, e venceu o pecado como homem (Rm 8.3). A Bíblia mostra que todo o gênero humano está condenado; que o homem está perdido e debaixo da maldição do pecado (Sl 14.2,3; Rm 3.23). Todos são devedores, por isso, ninguém pode pagar a dívida do outro. A Bíblia afirma que somente Deus pode salvar (Is 43.11). Então, esse mesmo Deus tornou-se homem, trazendo-nos o perdão de nossos pecados e cumprindo Ele mesmo a lei que promulgara (At 4.12; 1 Tm 3.16; Cl 2.14).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Jesus Cristo não somente era pleno Deus, como pleno ser humano. Ele não era em parte Deus e em parte homem. Antes, era cem por cento Deus, e, ao mesmo tempo, cem por cento homem. Em outras palavras, Ele exibia um conjunto pleno tanto de qualidades divinas quanto de qualidades humanas, numa mesma Pessoa, de tal modo que essas qualidades não interferiram uma com a outra. Ele há de retornar como 'esse mesmo Jesus' (At 1.11). Numerosas passagens ensinam claramente que Jesus de Nazaré tinha um corpo verdadeiramente humano e uma alma racional. Eram características de seres humanos não-caídos (isto é, Adão e Eva), que nEle podiam ser encontradas. Ele foi, verdadeiramente, o Segundo Adão (1 Co 15.45,47). As narrativas dos evangelhos aceitam automaticamente a humanidade de Cristo. Ele é descrito como um bebê, na manjedoura, e sujeito às leis humanas do crescimento. Ele aprendeu, sentia fome, sentia sede e se cansava (Mc 2.15; Jo 4.6). Ele também sofreu ansiedade e desapontamentos (Mc 9.19); sofreu dor física e mental, e sucumbiu diante da morte (Mc 14.33,37). Na epístola aos Hebreus há grande cuidado em se mostrar sua plena identificação com a humanidade (2.9,17; 4.15; 5.7,8 e 12.2).
A verdade, pois, é que na pessoa única do Senhor Jesus Cristo habitam uma natureza plenamente divina e outra plenamente humana, sem se confundirem. Ele é, verdadeiramente, pleno Deus e pleno ser humano, Céu e Terra juntos na mais admirável de todas as pessoas" (MENZIES, William; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa fé. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 51).
CONCLUSÃO
O Senhor Jesus Cristo é a mais controvertida de todas as personagens da História porque é o único que é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem, e a sua verdadeira identidade só é possível pela revelação (Mt 16.17; 1 Co 12.3). Isso revela a sua divindade.
EV. RIVALDO NASCIMENTO
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