sábado, 15 de agosto de 2015

PRIMEIRO CREDO DAS ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL


PRIMEIRO CREDO DAS ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL



Já algum tempo, senti uma necessidade de preparar um material mais detalhado sobre o credo da Assembleia de Deus no Brasil.  Tenho certeza que será útil para o nosso conhecimento e crescimento espiritual.  Pois, servirá de pesquisa para membros e obreiros da casa do Senhor (2 Tm 2.15), aonde estarei publicando neste blog, cada detalhamento dos 14 credos publicado pela CPAD (Casa Publicadora das Assembleia de Deus). 

"Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor".
Deuteronômio 6.4







CREMOS:

1) Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19 e Mc 12.29);
Em nenhuma parte da Bíblia Sagrada os escritores bíblicos se empenham para provar a existência de Deus. Eles partem do pressuposto básico de que Deus existe e ocupam-se em descrever tão somente as ações de Deus e o seu caráter (Gn 1.1; Hb 11.3).
Mas a Bíblia dá testemunho de Deus em ação no mundo físico, na história e na vida particular dos indivíduos. Esses testemunhos despertam, aperfeiçoam e fortalecem a fé na Pessoa de Deus.
O primeiro credo não poderia ser outro, pois, este credo, assim como este versículo de Deuteronômio 6.4, é a base do nosso credo e a base da proibição da adoração a outros deuses (Êx 20.2).
Este versículo juntamente com os versículos 5-9; 11.13-21; Nm 15.37-41 - ensina o monoteísmo.  Esta doutrina afirma que Deus é o único Deus verdadeiro (unicidade), e não uma teogonia (conhecida por Genealogia dos Deuses, mitologia grega) ou grupo de diferentes deuses; o nosso Deus é onipotente entre todos os seres e espíritos do mundo, conforme cantou Moisés e os filhos de Israel em um cântico: "Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, admirável em louvores, realizando maravilhas? (Êx 15.11).  Este Deus deve ser o objeto exclusivo do amor e obediência de Israel (vv. 4,5) e também da igreja do Senhor.
O ensinamento de Deuteronômio 6.4 não contradiz a revelação no Novo Testamento, de Deus como um ser trino, que sendo uno em essência, é manifesto como Pai, Filho e Espírito Santo.  Entraremos em detalhes sobre a doutrina "trinitária" a seguir: 

Antes de falarmos sobre a "trindade" em si, gostaria de informar que o termo "trindade" não se acha no NT, e nem em qualquer documento há uma definição clara de "trindade".  Contudo, o conceito da trindade é algo que se faz necessário pelo aspecto "total" da divindade, segundo esta  exposta nas páginas do N.T.

O vocábulo "trindade" evidentemente foi pela primeira vez usado por Tertuliano, na última década do século II d.C., mas não encontrou lugar na teologia formal da igreja até o século IV d.C.  Essa doutrina recebeu ampla expressão, pela primeira vez, em resultado da obra de pais capadócios da igreja (meados do século IV d.C.), e mais tarde, a saber, Basílio, Gregório de Nissa e Gregório Nazianzeno.  Eles formularam as ideias de distinção hipostática, também conhecido como União hipostáticaunião mística ou dupla natureza de Cristo, é a doutrina clássica da cristologia que afirma ter Jesus Cristo duas naturezas, sendo homem e Deus ao mesmo tempo.  

Devemos tomar muito cuidado quando uma pessoa for tentar explanar sobre a natureza de Cristo, para não cair na ideia da definição "triteísta".  Triteísmo é um conceito sobre a doutrina cristã da Trindade (cristianismo) que pode ser vista como uma espécie de politeísmo, visa Deus como três deuses iguais e distintos. Em outras palavras, haveria três pessoas e, por conseguinte, três deuses, pois cada pessoa é vista dotada de existência separada das outras duas.  A doutrina trinitária, entretanto, não contempla pessoas distintas.  Não há três deuses, nem meramente três modos de manifestações divina.  Antes, todas as pessoas são coextensivas, coiguais e coeternas.  Contudo, independente de qual tipo de analogia ou argumento usemos, a fim de demonstrar essa doutrina, em algum ponto não conseguiremos explicar-nos devidamente, pois simplesmente não sabemos como pode haver três, e, ao mesmo tempo, um só, porquanto a mente dos homens terrenos não se presta muito bem para entender a matemática celeste.  

Porém, como eu sempre falo, nada melhor para falar dos mistérios de Deus do que sua própria Palavra escrita. 
Assim como o Antigo Testamento, o NT, esta recheado de declarações a respeito da trindade.  Antes de vermos provas bíblicas, devemos saber que o conceito da trindade repousa sobre duas verdades:  1. O monoteísmo é uma verdade; e 2. A divindade do pai, do Filho e do Espírito Santo, também é uma verdade.  Desta forma, temos um único Deus, mas três pessoas divinas.  Entretanto, não podemos interpretar isso em termo de triteísmo (três deuses diferentes), pois, contradiz o monoteísmo bíblico.

A natureza de Deus
Veremos o monoteísmo, Deus como o único Deus; prova da divindade de Jesus Cristo, através do testemunho das Escrituras, que é contrário à voz da apostasia,  pois, o próprio Jesus falou em João 5.39 "...e são elas(a palavra) que de mim testificam", veremos atributos inerentes a Deus Pai que relacionam-se harmoniosamente com Cristo, provando a Sua divindade; e provas da divindade do Espírito Santo, veremos claramente que as Escrituras revelam ser o Espírito Santo uma pessoa divina, Ele é um como Deus Pai e Jesus Cristo, fazendo parte da Santíssima Trindade. Isso quer dizer que Ele é co-eterno, co-iguais e consubstancial com o Pai e com o Filho.  Veremos abaixo este mistério maravilhoso, que um dia será revelado em sua totalidade, como o Apóstolo falou em 1 Co 13.12, "Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido":

O Monoteísmo

Em Deuteronômio 4.35 e Isaías 45.5, nos fala respectivamente:     "A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há senão ele". " Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus...".  Estes dois textos fazem parte do A.T., porém, o próprio Jesus no N.T., em Marcos 12.29 nos diz a mesma coisa, corroborando com o que foi revelado, "E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor". Jesus estava citando o texto que foi usado como base para este primeiro credo, a passagem que foi citada em Deuteronômio 6.4, podemos também ver igualmente os trechos de I Co 8.4 e 1 Tm 2.5.

E este Deus único, é Eterno; conforme Isaías 40.28, "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento",  e Romanos 16.26  "... segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé"; (Dt 33.27; 1Tm 1.17).

Este Deus único, é Infinito; este termo é um adjetivo que denota algo que não tem início nem fim, ou não tem limites, ou que é inumerável. É também um nome que representa o que não tem limites.  Em Mateus 19.26, diz que para Deus tudo é possível, ou seja, não tem limites para Deus operar e usar a sua soberania. "E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível";  assim como em Lucas 1.37, o anjo Gabriel fala para Maria, mãe de Jesus, aquilo que ele sabe e o que ele percebe por viver na presença do Altíssimo, que não existe nada impossível para o seu Criador. "Porque para Deus nada é impossível".


A bíblia também, nos diz que este Deus único, é dotado de sabedoria infinita; conforme Salmos 147.5, "Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu entendimento é infinitoLucas em Atos 15.18, registra outra verdade sobre a sabedoria de Deus, "Conhecidas são a Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras.  Contemplamos aqui que a sabedoria do Senhor é infinita, ela não estar sendo construída, ela já existia desde o princípio de tudo.  Além de sabedoria infinita,  Ele é infinito em bondade (Gn 1.31; Sl 31.51; 36.1).

Veremos o que o Manual de Doutrinas das Assembleia de Deus no Brasil, elaborado pelo Conselho de Doutrinas da CGADB e publicado pela CPAD, em sua 6ª edição, em 2004, nos diz sobre a Natureza de Deus.

 ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. Colossenses 1:16,17

Deus é apresentado na Bíblia como infinitamente perfeito (Dt 18.13; Mt 5.48). Logo, a sua obra é perfeita (Dt 32.4), e também os seus caminhos (SI 18.30). Todas as características de sua Pessoa e de sua natureza não são apenas expressões de alguma atitude que demonstra ou possui, mas constituem a própria substância de sua divindade.
Não se pode explicar a natureza de Deus, mas somente crer nEle. Podemos basear a nossa doutrina sobre Deus nas pressuposições já citadas e nas evidências demonstradas nas Escrituras. Alguns textos bíblicos atribuem à pessoa de Deus qualidades que os seres humanos não possuem, ao passo que outros textos o descrevem em termos de atributos morais compartilhados pelos seres humanos, ainda que de forma limitada. Por exemplo, Deus é santo por natureza, e o homem, por participação (Rm 1.4; 2 Co 7.1; 1 Ts 3.13).
O Antigo Testamento usa o termo "santo" em sentido absoluto apenas quando se refere à majestade incriada e inteiramente inacessível de Deus, sendo que tudo o mais, em comparação a Ele, é o absolutamente não-santo (Êx 15.11).
Em comparação a Deus, ninguém e nada é santo ou puro, e homem nenhum pode se atrever a chamar-se santo ao lado de Deus (Jó 4.17; 15.4; 25.4-6). Só Deus santifica, e, só Ele faz o homem participar de sua santidade; é de Deus que vem a santidade de Israel.
A esse princípio segue imediatamente o seu aspecto ético, que é realçado, sobretudo pelo contraste com a pecaminosidade do homem.
A natureza de Deus é identificada com mais frequência por aqueles atributos que não possuem analogia com o ser humano. Deus existe por si mesmo, sem depender de outro ser. Ele é a fonte originária da vida, tanto ao criá-la quanto ao sustentá-la. Deus é espírito; Ele não está confinado à existência material e é imperceptível ao olho físico. 
Sua natureza é imutável, já mais se altera. Posto que o próprio Deus é o fundamento do tempo, Ele não pode ser limitado pelo tempo. Ele é eterno, sem começo nem fim. Deus é totalmente consistente dentro de si mesmo. O espaço não pode limitá-lo, pois Ele é onipresente. Deus também é onipotente, pois é poderoso para fazer tudo que esteja de acordo com a sua natureza e segundo os seus propósitos. Além disso, é onisciente; conhece efetivamente todas as coisas — passadas, presentes e futuras. Em todos esses atributos o cristão pode achar o consolo e a confirmação da fé, ao passo que o incrédulo é advertido e motivado a crer.
De acordo com Cari Braaten, Deus tanto é contínuo como tem um ser contínuo, tudo o mais é temporário.
É preciso ressaltar ainda que não existe contradição entre a natureza perfeita de Deus e o seu poder ilimitado. Porque Deus jamais fará coisa alguma incompatível com a sua perfeita santidade. Ele, que tudo pode (Jó 42.2), só faz o que lhe apraz (SI 115.3). Porém, existem coisas que o Onipotente não pode fazer: Ele não pode mentir (Nm 23.19; Tt 1.2; Hb 6.18), não pode negar-se a si mesmo (2 Tm 2,13) e não pode fazer injustiça (Jó 8.3; 34.12). Ele é sempre santo em todas as suas obras (SI 145.17). Deus também não faz acepção de pessoas (2 Cr 19.7; Rm 2.11).
Os atributos de Deus
Atributo é aquilo que qualifica um ser. Ao conhecer os atributos de um objeto, buscamos a essência de sua natureza. Quando conhecemos a Deus, descobrimos os seus atributos e o reconhecemos como um ser infinito.
Encontramos nas Escrituras os atributos de Deus. Elas declaram o que Ele é e o que Ele faz. É verdade que, como criatura, desvendá-los ou relacioná-los no seu todo é tarefa difícil, se não de todo impossível para nós.
O apóstolo, escrevendo sobre a glória de Deus, declara: "Aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno" (1 Tm 6.16).
Encontramos nas Escrituras os atributos absolutos de Deus: vida, personalidade, imutabilidade, unidade, verdade, amor, santidade, bondade, misericórdia e justiça.
Os atributos naturais de Deus são: onipresença, onisciência e onipotência.
Onipresença. Deus relaciona-se com tudo e todos ao mesmo tempo. Está presente em toda a sua personalidade. Não há como fugir da presença de Deus. 
"Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também; se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá" (SI 139.7-10).
Onisciência. Deus é onisciente porque conhece todas as coisas. Nada há que se esconda de sua onisciência. "E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados" (Mt 10.30). Na onisciência de Deus, o futuro também está presente: 
"Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguida¬de, as coisas que ainda não sucederam" (Is 46.9,10). 
A onisciência de Deus garante-nos que todos os futuros julgamentos serão de acordo com a verdade.
Onipotência. O apóstolo João, na ilha de Patmos, assim descreve parte de sua visão apocalíptica: 
"Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono"           (Ap 4.1,2).
Quando Deus apareceu a Abrão, em Gênesis 17.1, disse-lhe: "Eu sou o Deus Todo-poderoso [...]". Entendemos que o mundo físico ou material e o mundo espiritual dependem de seu poder e por ele são controlados. É do trono que emana toda ordem para o mundo visível e para o invisível. Deus não está sujeito a nenhuma força exterior ou contrária à sua vontade. É soberano em todo o Universo: "Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar" (Is 40.22; cf. vv. 12-15).
A Trindade
Ainda que não se encontre nas Escrituras a palavra "Trindade", é bíblico, no entanto, o fundamento dessa doutrina, presente nos ensinos proferidos por Jesus Cristo e seus apóstolos.
Encontramos no Antigo Testamento a doutrina da Trindade: 

a) na criação e formação do homem (Gn 1.1,26); 
b) na dispersão dos rebeldes de Babel (Gn 11.1-7);
c) na chamada do profeta Isaías (Is 6.3) e em tantas outras passagens.

OPINIÕES DE IMPORTANTES FILÓSOFOS E TEÓLOGOS:

1. Orígines, no século III d.C. Ele brindou-nos com uma formulação ortodoxa da trindade, antes dela torna-se generalizada da igreja cristã.  Em sua opinião, o Filho e o Espírito Santo, embora da mesma essência do Pai, são-lhe subordinados quanto à posição.


2. Plotino, advogava uma doutrina trinitariana segundo a qual concebia o Um, o Nous e a Alma do Mundo, como seus três elementos. Emanações seriam a explicação para o problema da manifestação e das relações existentes na criação.  Algumas de suas declarações anteciparam fórmulas cristãs posteriores.



3. Sabélio acreditava em uma forma de unitarismo, dizendo que o Pai, o Filho e o Espírito Santo seriam sucessivas manifestações desse ser, cumprindo os diferentes papéis de Criador, Redentor e Doador da Vida.





4. Ário (Arianismo), rejeitava o conceito que afirma que o Filho é da mesma natureza do Pai (homoousia), mas promovia a ideia de que o Filho era de natureza similar (homoiousia) à do Pai.







5. O concílio de Nicéia declarou-se oficialmente a favor da ideia da "mesma Natureza", o que fez o trinitarianismo tornar-se a posição ortodoxa. Isso ocorreu em cerca de 325 d.C.




6. Os capadócios, Gregório de Nissa e Gregório Nazianzeno trabalharam em fórmula ortodoxas da Trindade, e a declaração resultante foi oficializada pelo concílio de Constantinopla, em 381 d.C. Essa declaração asseverava que os membros da Trindade são três hipóstases (substância) de uma só e de uma mesma essência divina.



7. Agostinho, ensinava que a Trindade é refletida no ser humano, porque o homem foi criado à imagem de Deus.  A contraparte humana de Deus ele via no ser, no conhecimento e no amor, bem como em atributos humanos particulares, que imitam os atributos divinos.



8. Anselmo, dizia que a mente racional do homem é a imagem da Trindade do homem.  Com base nisso, todas as formas de verdades podem ser conhecidas, sem qualquer investigações empírica.






9. Gilberto de Poitiers falava acerca da Unidade de Deus em um Ser Puro, mas também dizia que Deus é Triúno, em uma espécie diferente de análise.





10. Tomás de Aquino, aceitava a noção da trinitarismo ortodoxo, afirmando, porém, que essa noção só pode ser aceita pela fé, visto que não há qualquer explicação racional para a mesma.


 
Este Deus é o Criador e o Preservador de tudo; a origem, o Gênesis, atribui este feito a nenhum outro, o feito da criação do mundo.  "No princípio criou Deus o céu e a terra" (Gn 1.1)Em Colossenses 1.16,17, o apóstolo Paulo faz uma equiparação do Deus Pai com o Filho, quando diz: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele". Desta forma, comentaremos a seguir sobre a Divindade de Jesus Cristo, a segunda pessoa da trindade.

Prova da Divindade de Jesus Cristo 


Mas é no Novo Testamento que encontramos de forma mais explícita essa doutrina. No início do ministério de Jesus, por ocasião do seu batismo em águas, o Espírito Santo desce sobre Ele e o Pai lhe diz: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 3.17). Observa-se nesse episódio a Trindade em cena, ratificando assim a sua realidade no Novo Testamento. Vemos também, em João 14.16, que Jesus roga ao Pai para que envie aos discípulos o Espírito Santo.
Findando o seu ministério, Jesus ordena aos discípulos que preguem e ensinem o Evangelho a todas as nações, "batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19). Essa é mais uma clara referência à Trindade.
Nos ensinos de Paulo, há referências cabais sobre a Trindade. Aos irmãos da Igreja em Corinto ele diz: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém!" (2 Co 13.13).
Diante do exposto, é impossível que se negue a doutrina da Trindade nas Escrituras, visto que a encontramos não somente nos textos considerados por alguns como simples inferências, mas também, e principalmente, nos textos que são referências reais, e não somente verbais.
Paulo cita, em Efésios 1.3, a obra da Trindade na salvação dos homens, referindo-se ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo".

O Filho referido nas Escrituras, também é divino, Isaías 9.6,  "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". Ver também Cl 2.9; Hb1.10.

O Filho os mesmo atributos de divindades exercidas pelo Pai: Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; Colossenses 2:9.

Ele é o Alfa e o Ômega: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. Apocalipse 1:8.  Ver também, Ap 1.17; 21.6; 22.13.

Ele é o Criador e Preservador da criação (Cl 1.16,17; João 1.1); e Ele tem uma só substância com o Pai (João 10.30). 

O que diremos pois ainda sobre a Divindade de Jesus Cristo?

Ele é:
1- O Primeiro e o Último (Is 41.4; Cl 1.15. 18; Ap 1.17; 21.6);
2- Senhor dos senhores (Ap 17.14);
3- Rei do reis (Is 6.1-5);
4- Juiz (Mt 16.27; 25.31,32);
5- Pastor (Sl 23.1; Jo 1.11,12);
6- Cabeça da Igreja (Ef 1.22);
7- Verdadeira Luz (Lc 1.78,79; Jo 1.4,9);
8- Fundamento da Igreja (Is 28.16);
9- Caminho (Jo 14.6);
10- A Vida (Jo 11.25);
11- Perdoador de Pecados (Sl 103.3)
12- Preservador de tudo (Hb 1.3);
13- Doador do Espírito Santo (Mt 3.11);
14- Onipresente (Ef 1.20-23);
15- Onipotente (Ap 1.8);
16- Onisciente (Jo 21.17);
17- Santificador (Hb 2.11);
18- Mestre (Lc 21.7);
19- Restaurador de si mesmo (Jo 2.19);
20- Inspirador dos profetas (2 Pe 1.21);
21- Supridor de ministros à igreja (Ef 4.11); e
22- Salvador (Tt 3.4-6).

Prova da Divindade do Espírito Santo

A divindade do Espírito Santo aparece de forma mais clara na Bíblia do que até mesmo a sua personalidade:

1- Ele é chamado de Deus (At 5.3,4);
2- Ele é chamado de Senhor (2 Co 3.18); e
3- O batismo só é autêntico com o uso do seu nome (Mt 28.19).

Nomes divinos são dados ao Espírito Santo:

1- Espírito de Deus (1 Co 3.16);
2- Espírito de Cristo (Rm 8.9);
3- Espírito de Vida (Rm 8.2);
4- Espírito de Adoção ( Rm 8.15); e
5- Espírito Santo (At 1.5).

O Espírito Santo possui atributos divinos:

1- Onipresente (1 Co 2.10,11);
2- Onipotente (Sl 139.7);
3- Onisciente (Gn 1.2);
4- Santidade (Lc 11.13); e
5- Sabedoria (Is 40.30).

O espírito Santo realiza trabalhos divinos:
1- Ele atuou na criação (Gn 1.2; Jó 33.4; Sl 104.30);
2- Ele é o autor da profecia bíblica (2 Pe 1.21; 2 Sm 23.2,3);
3- Ele é o transmissor da vida (Rm 8.11; Jo 3.5-8; Gn 2.7);
4- Ele intercede (Rm 8. 26,27);
5- Ele consola (Jo 14.16); e
6- Ele santifica (2 Ts 2.13).

Chegamos a uma conclusão que uma vez que o nome do Espírito Santo está associado tanto ao Pai como ao Filho, garante a sua posição divina co-existente com os demais membros da Trindade. Ele está associado ao nome do Pai e do Filho na comissão apostólica (Mt 28.19), no governo da igreja (1 Co 12.4-11), e na bênção apostólica (2 Co 13.13). 

Por tudo isto e por muito mais que não conseguimos explicar é que cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém!





Rivaldo Nascimento

Bibliografia:
[1] Bíblia de Estudo Pentecostal. Flórida, EUA: CPAD, 1995.

[2] Champlin, R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. volume 6, 11ª edição, São Paulo, Hagnos, 2013. 



e são elas que de mim testificam
João 5:39

[3] Melo, Inácio Donizete, 101 Mensagens e Esboços de Edificação. volume 3, Maceió, Ingraf, 1969. 

[4] Ferreira, Raimundo Oliveira, Doutrinas Bíblicas, uma Introdução à Teologia, 4ª edição, São Paulo, EETAD, 1999.

[5] Conselho de Doutrina da CGADB, Manual de Doutrinas das Assembleia de Deus no Brasil6ª Edição, Rio de Janeiro, CPAD, 2004.


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