Um definição excelente sobre como o Ministro do Evangelho deve ser sem ser, artigo feito pelo Pastor Dário José, em seu Blog à Luz da Bíblia.
Dário José
Como ministros de Cristo devemos
ser sem ser! Parece paradoxo, mas é isso mesmo. No exercício do nosso serviço
eclesiástico e desenvolvimento dos dons que recebemos do Senhor, devemos ter
sempre em mente que tudo que somos e fazemos não é resultado de esforços
próprios e capacidade humana.
Somos novas criaturas (nova
criação) unicamente pelos méritos de Cristo e providência de Deus (II Coríntios
5.17,18a); as bênçãos subsequentes à salvação são também provenientes de Cristo
(Efésios 4.11); somos escolhidos para o serviço não de maneira meritória, mas
unicamente pela vontade e conhecimento do Senhor (I Samuel 16.7,12; Marcos
3.13; Hebreus 5.4).
Então, devemos ser como se não fôssemos!
Como ministros de Cristo e do seu evangelho, o que devemos focar?
Devemos nos ocupar em desenvolver o ministério da reconciliação (II
Coríntios 5.18b). Devemos reconciliar grandes pecadores (dos quais, estamos
inclusos) com um Grande Salvador. Ministério que não restaura, adoece; que não
acolhe, perde; que não edifica, derruba; que não guia, dispersa; que não faz
andar, atrofia...
Devemos pregar a mensagem da reconciliação (II Coríntios 5.19). A
mensagem bíblica do evangelho não condena o pecador, mas aponta o Caminho da
salvação: Jesus Cristo! A mensagem não pode ser modificada: é Jesus no começo,
é Jesus no meio, é Jesus no fim! O evangelho que não transforma, não é de Deus
e deforma.
Devemos como estrangeiros em pátria alheia e “embaixadores de Deus”,
sob a autoridade do nome de Jesus, representá-LO na terra. O foco da nossa missão é dizer ao mundo que
Jesus, mesmo sem pecado, se fez pecado por nós para nos libertar do pecado (II
Coríntios 5.20,21). Esta visão transforma a Igreja de Cristo na própria Missão
de Deus!
Devemos nos perceber apenas como cooperadores de Deus, ponderarmos
em nós mesmos e aconselhando aos demais a não desprezar a sua graça acessível (II
Coríntios 6.1,2). Ninguém é detentor ou alvo de uma graça especial, mas todos
são especiais sob a graça, executando obras especiais através da graça.
Devemos zelar pelos princípios éticos de nossa conduta para que
nunca o nosso ministério seja censurado (II Coríntios 6.3). A autodisciplina
não é responsabilidade de Deus, mas nossa. Nossos dons só poderão ir até onde
nosso caráter permita. Podemos até ser caluniados, nunca censurados! A primeira
tem a ver com a ação ardilosa e falsa de quem mente ao nosso respeito, a segunda
é a comprovação factual de flagrantes erros e pecados cometidos, não
confessados nem tratados.
Devemos ter em mente que ser ministro de Deus não é viver em “zona
de conforto”, mas desenvolver a paciência para suportar todo tipo de sofrimento
e dores (II Coríntios 6.4-10). Ministérios saudáveis e que produzem com
eficácia para o Reino de Deus são aqueles cujos ministros não ostentam bens e medalhas,
mas cicatrizes de batalhas.
O que é ser sem ser? Ser sem ser
é não absorver o cargo, título ou ofício que se exerce. Somos pessoas que exercitamos
cargos, não cargos que comanda pessoas. O cargo é encargo, incumbência, responsabilidades
e obrigações que indubitavelmente, em algum momento, nos levará a prestação de
contas.
Desenvolvamos nosso ministério:
restaurando vidas sem publicidade e
marketing pessoal; pregando a genuína mensagem do evangelho sem forçar
ninguém à conversão, pois é Deus quem opera; representando a “Embaixada do Alto”,
como autênticos cidadãos dos Céus, sem apegos as coisas terrenas; nunca esquecendo
que apenas cooperamos, nunca operamos; fugindo, sempre, de todos e quaisquer embaraços que nos rodeia,
pois eles poderão nos fazer cair e nos
expor `a censura alheia; mantendo na consciência a firme certeza de que, no
desenvolvimento do nosso ministério, alegria e sofrimento andarão sempre juntos!
Ministros, servos do Sumo Pastor,
sejamos sem ser!
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