quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Comentário da Lição 4 - A Queda da Raça Humana - 25 de Outubro de 2015


















OBJETIVO GERAL


Compreender que o pecado de Adão trouxe a morte, mas a morte de Jesus trouxe a vida.



PONTO CENTRAL


O homem pecou desobedecendo a Deus, porém o Senhor já havia providenciado um Redentor. 


INTRODUÇÃO

O Ensinador Cristão nos diz que em sua clássica obra "Conhecendo as Doutrinas da Bíblia", o teólogo pentecostal Myer Pearlman destaca quatro pontos fundamentais que marcam a história espiritual do homem. Veja o esquema abaixo: 

Segundo Myer Pearlman, a Tentação, desde o início, destaca ao ser humano que o caminho de obediência a Deus não é fácil. Isso quer dizer que o ser humano terá escolhas a fazer nos termos de Deuteronômio 30.15: "Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, a morte e o mal". A Tentação está prevista na perspectiva da impossibilidade de conter a ansiedade de entrar em contato com o que foi proibido. Por isso, ela é sutil, pois, pela sua sutileza, a natureza humana será envolvida em seus desejos e vontades: nisto consiste a tentação. 
Ao dizer "sim!" para a tentação e colocá-la em prática, se estabelece no ser humano o estado de Pecado. Em seguida, a culpa toma conta da sua consciência, ao ponto de o ser humano viver num estado de cauterização em sua consciência, de modo que ele não mais atende aos apelos do Espírito Santo: nisto consiste o estado da culpa. 
Uma vez praticado o pecado, por intermédio da tentação, e estabelecido o sentimento de culpa, instala-se, na realidade humana, o Juízo. 
No Éden, o Juízo se deu sobre a serpente (de formosa e honrada, a um animal degradado e maldito), sobre a mulher (multiplicação das dores de parto) e sobre o homem (comer com o suor do rosto), constituindo, porém, o maior de todos os juízos: a morte física e a morte eterna. 
Entretanto, a história da humanidade não seria para sempre condenada à terrível realidade de viver para sempre longe de Deus. O Pai, por intermédio do Seu Filho, proveria um escape para redimir a vida do ser humano: "Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos" (Rm 5.17-19). 


SÍNTESE DO TÓPICO I

Deus criou e preparou o jardim do Éden para abrigar o homem.

O homem no Éden: Capítulo 2:4-25. Podemos ver a solicitude de Deus pelo homem nos seguintes fatos:
Colocou-o no jardim do Éden (delícia ou paraíso), um ambiente agradável, protegido e bem regado. O jardim estava situado entre os rios Hidéquel (Tigre) e Eufrates, numa área que provavelmente corresponde à região de
Babilônia, próxima do Golfo Pérsico. Deus deu a Adão trabalho para fazer, a fim de que não se entediasse. Há quem pense que o trabalho é parte da maldição, porém a Bíblia não ensina tal coisa; ensina, sim, que a maldição transformou o trabalho bom em algo infrutuoso e com fadiga.








SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 "O jardim do Éden estava localizado perto da planície aluvial do rio Tigre e do rio Eufrastes. Alguns acreditam que estava localizado na região correspondente ao atual sul do Iraque; outros sustentam que não há dados suficientes no relato bíblico.
Duas árvores do jardim do Éden tinham importância especial. (1) A 'árvore da vida' provavelmente tinha por fim impedir a morte física. É relacionada com a vida perpétua, em 3.22. O povo de Deus terá acesso à árvore da vida no novo céu e na nova terra (Ap 2.7; 22.2). (2) A 'árvore da ciência do bem e do mal' tinha a finalidade de testar a fé de Adão e sua obediência e à sua palavra. Deus criou o ser humano como ente moral capaz de optar livremente por amar e obedecer ao seu Criador, ou desobedecer-lhe e rebelar-se contra a sua vontade" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro:CPAD, 1991, pp. 34,35).





SÍNTESE DO TÓPICO II


Adão e Eva foram tentados por Satanás e cederam à tentação. 







O tentador e a tentação: 

Capítulo 3:1-6. Embora Moisés não diga aqui que o tentador foi Satanás, tal fato acha-se indicado no Novo Testamento (João 8:44; Apocalipse 12:9; 20:2). A atual forma repulsiva da serpente e seu veneno faz dela um bom símbolo do inimigo do homem. Também seus movimentos sinuosos sugerem as insinuações insidiosas que o maligno empregou para tentar a mulher. Parece que Satanás se apossou da serpente e falou por meio dela realizando um milagre diabólico. Geralmente ele opera por meio de outros (Mateus 16:22, 23), e é mais perigoso quando aparece como anjo de luz (II Coríntios 11:14). 

A tentação observou o seguinte processo: 

    a) Começou com a insinuação de que Deus era demasiado severo. "E assim que" (3:1) é uma frase que indica surpresa ante o fato de que um Deus solícito lhes tivesse proibido desfrutar do produto de qualquer das árvores do jardim. 

b) A seguir, Satanás levou a mulher para o terreno da incredulidade negando  planamente  que  houvesse  perigo  em  comer  do  fruto. Quando alguém duvida de que a desobediência produz conseqüências funestas, já está no caminho da derrota. 

c) Finalmente, o tentador acusou a Deus de motivos egoístas. Insinuou que Deus os privava de algo bom, isto é, de serem sábios como ele. Dessa maneira, caluniou ao Senhor. Enquanto Eva não duvidava da palavra de Deus e de sua bondade, não sentia fascinação pelo proibido. Foi a incredulidade que lhe tirou suas defesas. Então viu que "aquela árvore era boa. . . agradável. . . desejável", e "comeu". 

Observando uma matéria de John Wesley, publicada por George Lyons, para Wesley Center for Applied Theology,  "Sobre a Queda do Homem", Wesley nos explica que a serpente era mais astuta', ou inteligente', 'que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito'. (Gênesis 3:1) – dotada com mais entendimento, do que qualquer outro animal, na criação bruta. Realmente, existe nenhuma improbabilidade, na conjuntura de um homem engenhoso [o recente Dr. Nicholas Robinson] de que a serpente era privilegiada com a razão, que é agora, propriedade do homem. E isto considera a circunstância que, sobre nenhuma outra suposição, seria totalmente incompreensível. 
 

Como foi que Eva não ficou surpresa; sim, chocada e aterrorizada, ao ouvir a serpente falar e raciocinar; a não ser pelo fato de que ela sabia que aquela razão, e discurso, em conseqüência dela, eram propriedades originais da serpente? Por esta razão, sem mostrar qualquer surpresa, Eva imediatamente iniciou uma conversa com ela. "E ela disse à mulher: 'Não comereis de toda a árvore do jardim?'". Veja como ela que era uma mentirosa, desde o inicio, misturou verdade e falsidade juntas! Talvez, de propósito, para que ela pudesse estar mais inclinada a falar, com o objetivo de imputar a Deus a responsabilidade injusta. Conseqüentemente, a mulher disse à serpente: (Gênesis 3:2-3) "Nós poderemos comer do fruto das árvores do jardim: Mas da árvore, no meio do jardim, Deus disse:'Você não deve comer dela, nem deverá tocá-la, a fim de que não morra'". 
Assim sendo, ela parece ter sido isenta da culpa. Mas, por quanto tempo, ela continuou assim? "E a serpente disse à mulher: 'você certamente morrerá: Porque Deus sabe, que no dia em que dele você comer, seus olhos se abrirão, e você será como Deus, sabendo o bem e o mal'" (Gênesis 3:4-5). Aqui o pecado começa, ou seja, a descrença. 'A mulher estava iludida', diz o Apóstolo. Ela acreditou na mentira: Ela deu mais crédito à palavra do diabo do que à palavra de Deus. A descrença produziu o pecado efetivo: Mas 'o homem', como o Apóstolo observa, 'não foi ludibriado'. Como, então, ele veio a se unir com a transgressão? 'Ela deu ao seu marido, e ele comeu'. Ele pecou com seus olhos abertos. Ele se rebelou contra seu Criador, como é altamente provável, que:



"Através de nenhuma razão foi movido,

a não ser afetuosamente dominado

pelo encanto feminino"


E, se este foi o caso, não existe absurdo na afirmação daquele grande homem, 'Que Adão pecou no seu coração, antes de pecar exteriormente; antes que ele comesse o fruto proibido'; ou seja, através da idolatria interior; por amar a criatura mais do que o Criador.




SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 "A raça humana está ligada a Deus mediante a fé na sua palavra como a verdade absoluta. Satanás, porque sabia disso, procurou destruir a fé que Eva tinha no que Deus dissera, causando dúvidas contra a palavra divina. Satanás insinuou que Deus não estava falando sério no que dissera ao casal. Noutras palavras, a primeira mentira proposta por Satanás foi uma forma de antinominianismo, negando o castigo da morte pelo pecado e apostasia. Um dos pecados capitais da humanidade é a falta de fé na Palavra de Deus. É admitir que, de certo modo, Deus não fala sério sobre o que Ele diz da salvação, da justiça, do pecado, do julgamento e da morte. A mentira mais persistente de Satanás é que o pecado proposital e a rebelião contra Deus, sem arrependimento, não causarão, em absoluto, a separação de Deus e a condenação eterna.
Satanás, desde o princípio da raça humana, tenta os seres humanos a crer que podem ser semelhantes a Deus, inclusive decidindo por conta própria o que é bom e o que é mau. Os seres humanos, na sua tentativa de serem 'como Deus', abandonam o Deus onipotente e daí surgem os falsos deuses. O ser humano procura, hoje, obter conhecimento moral e discernimento ético partindo de sua própria mente e desejos, e não da Palavra de Deus. Porém, só Deus tem o direito de determinar aquilo que é bom ou mau" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 36). 





SÍNTESE DO TÓPICO III


O juízo de Deus veio sobre Adão, Eva e a serpente. 


Conseqüências do primeiro pecado:

Capítulo 3:7-24. Seguiram--se ao pecado resultados desastrosos, como um rio impetuoso. Não foram desproporcionalmente severos em comparação com o delito? Evidentemente, Deus havia provido tudo para o bem do homem e havia proibido uma única coisa. Ao ceder à voz de Satanás, o homem escolhia agradar-se a si mesmo, desobedecendo deliberadamente a Deus. Era um ato de egoísmo e rebelião inescusável. Em realidade, era atribuir a si o lugar de Deus.   



São as seguintes as conseqüências teológicas da queda:
 a) Adão e Eva conheceram pessoalmente o mal: seus olhos "foram abertos". As mentiras de Satanás estavam entrelaçadas com um fio de verdade. Adão e Eva chegaram a assemelhar-se a Deus, distinguindo entre o bem e o mal, porém seu conhecimento se diferencia do conhecimento de Deus em que o conhecimento deles foi o da experiência pecaminosa e contaminada. Deus, ao contrário, conhece o mal como um médico conhece o câncer, porém o homem caído conhece o mal como o paciente conhece sua enfermidade. A consciência deles despertou para um sentimento de culpa e vergonha. 

b)  Interrompeu-se a comunhão com Deus, e então fugiram de sua presença. O pecado sempre despoja a alma da pureza e do gozo da comunhão com Deus. Essa é a morte espiritual e cumpre, num sentido mais profundo, a advertência de que o homem morreria no dia em que comesse do fruto proibido (2:17). 

c) A natureza humana corrompeu-se e o homem adquiriu a tendência para pecar. Já não era inocente como uma criança, mas sua mente se havia sujado e ele sentia vergonha de seu corpo. Outra prova foi que lançou a culpa sobre outros; pois Adão chegou a insinuar que Deus era o culpado: "A mulher que me deste. . . me deu da árvore. . ." Este é o pecado original ou a natureza decaída do homem. 





E a mulher respondeu, cruamente declarando a coisa como ela era: 'A serpente me enganou, e eu comi'". "Ao que o Senhor Deus disse à serpente", para testificar Sua completa abominação ao pecado, através de um monumento permanente de seu desprazer, ao punir a criatura que fora meramente o instrumento dele: 'Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó, tu comerás todos os dias da tua vida – E eu colocarei inimizade entre ti e a mulher; e entre tua semente a semente da mulher: E esta te ferirá a cabeça, e tu feriras seu calcanhar'. Assim, no meio do julgamento Deus conservou a misericórdia, desde o começo do mundo; ligando a grande promessa da salvação com a mesma sentença da condenação! (Jonh Wesley)
  


Deus castigou o pecado com dor, sujeição e sofrimento. Um Deus santo não pode passar por alto a rebelião de suas criaturas. 

A mulher sofreria dores no parto e estaria sujeita a seu marido. Mas, estar sujeita a seu esposo é maldição? Não deve ter a família uma cabeça? Além do mais, não está aí uma figura da relação entre Cristo e a Igreja? (Efésios 5:22, 23). O mal consiste em que a natureza decaída do homem torna-o propenso a abusar de sua autoridade sobre a mulher; do mesmo modo que a autoridade do marido sobre a mulher pode trazer sofrimento, o desejo feminino a respeito de seu esposo pode ser motivo de angústia. O desejo da mulher não se limita à esfera física, mas abrange todas as suas aspirações de esposa, mãe e dona-de-casa. Se o casamento fracassa, a mulher fica desolada. Toda a raça e a própria natureza ainda continuam sofrendo como conseqüência do juízo pronunciado sobre o primeiro pecado. O apóstolo Paulo fala poeticamente de uma criação que "geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Romanos 8:22).



Tal era o homem, com respeito à sua parte corpórea, quando ele saiu das mãos de seu Criador. Mas, desde que ele pecou, ele não é apenas pó, mas um pó mortal, corruptível. E, através da triste experiência, nós nos certificamos que este 'corpo corruptível pressiona a sua alma para baixo'. 
'E ao pó, tu retornarás'. Quão admiravelmente bem, o sábio Criador assegurou a execução de sua sentença sobre toda a descendência de Adão! É verdade que Ele se agradou de fazer uma exceção a regra geral, no mesmo início dos tempos, em favor de um homem eminentemente religioso. Então nós lemos em (Gênesis 5:23-24) 'E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou'; depois de Enoque ter 'caminhado com Deus', trezentos e sessenta e cinco anos, 'ele não se foi; porque Deus o arrebatou': Ele o isentou da sentença passada a toda carne, e o levou vivo ao céu. 
Muitas décadas depois, Ele se agradou de fazer a segunda exceção; ordenando ao Profeta Elias para ser levado ao céu, em uma carruagem de fogo,  muito provavelmente, por um comboio de anjos, assumindo aquela aparência. 

 Mas o Criador pode menosprezar a obra de suas próprias mãos? Certamente que é impossível! Ele pode, então, providenciar um remédio para todos esses males, vendo que tão somente Ele é capaz disto? Sim, verdadeiramente Ele pode! E um medicamento suficientemente adequado, em todos os sentidos, para a enfermidade. 

Ele tem cumprido sua palavra: tem permitido 'à semente da mulher, pisotear a cabeça da serpente'. -- 'Deus amou tanto o mundo, que Ele deu seu Unigênito, para que todo aquele que Nele cresse, não perecesse, mas tivesse a vida eterna'. Aqui está um remédio preparado para todas as nossas culpas: Ele 'carregou todos os nossos pecados em seu corpo no madeiro'. E 'se alguém pecou, nós temos um Advogado com o Pai, Jesus Cristo, o justo'. E aqui está o remédio, para todas as nossas enfermidades, toda a corrupção de nossa natureza. Porque Deus também, pela intercessão de seu Filho, nos deu seu Espírito Santo, para nos renovar 'no conhecimento', em sua imagem natural; -- abrindo os olhos de nosso entendimento, e nos iluminando com tal conhecimento, já que é requisito necessário para nosso Deus amável; -- e também em sua imagem moral, ou seja, 'retidão e santidade verdadeira'. E, supondo que isto seja feito, nós entendemos que 'todas as coisas' irão 'trabalhar juntas para nosso bem'. Nós sabemos, através de experiência, bem sucedida, que todas as maldades inatas mudam sua natureza, e voltam-se para o bem; que a tristeza, enfermidade, dor, todas provarão ser medicamentos, para curar nossa enfermidade espiritual. Todas serão para nosso proveito; todas irão tender para nossa vantagem inexprimível, fazendo com que sejamos mais amplamente 'parceiros de Sua santidade', enquanto permanecermos na terra; acrescentando tantas estrelas para aquela coroa que está reservada no céu para nós. (Jonh Wesley)



A primeira promessa de redenção: 

Capítulo 3:15. Uma vez decaído o homem, foi Deus quem o buscou antes que ele buscasse a Deus. Sempre tem sido assim: o Bom Pastor busca os perdidos. Gênesis 3:15 é o primeiro lampejo de salvação. Em Gênesis 3:14 encontramos a maldição sobre a serpente. Deus começa por amaldiçoá-la, mas em 3:15 é evidente que se dirige ao próprio diabo. Provocaria inimizade entre a semente da serpente (os que rejeitam a Deus através dos séculos, João 8:44), e a semente da mulher (a descendência piedosa de Eva). Esta inimizade tem sido e será perpétua, desde a época de Abel até à segunda vinda de Cristo. Um dos descendentes piedosos daria um golpe mortal ao inimigo, porém sairia ferido (considera-se que um ferimento na cabeça é fatal, porém no calcanhar não o é). E uma promessa messiânica que se cumpriu no Calvário (Hebreus 2:14, 15). 
A redenção prometida em Gênesis 3:15 chegou a ser o assunto da Bíblia. Foram Adão e Eva salvos espiritualmente? A Bíblia parece indicá-lo de maneira afirmativa. Adão creu na promessa de redenção, pois deu à sua esposa o nome de "Eva" (vida). Provavelmente, confiou que, por meio dela, viria o Libertador prometido. Parece que ela também tinha fé, pois deu a seu primeiro filho o nome de "Caim" (adquirir ou possessão). E provável que Eva tenha pensado que Caim seria o Redentor prometido por Deus. O Senhor respondeu à fé do casal, provendo-os de túnicas de pele para cobrir-lhes a nudez. Pode ser que isso indique a origem divina do sacrifício, e prefigure o manto de iustiça provido mediante a morte de Jesus? Podemos concluir deste relato que a fé nas promessas de Deus é, desde o princípio, o único meio de sermos aceitos pelo Senhor. (Paul Hoff)



 "Os pecados estão refletidos nas punições, as quais foram aplicadas em partes. A serpente foi amaldiçoada. A serpente posou como supremamente sábia, mas sua maneira de se locomover sempre seria símbolo de tal humilhação. A frase 'sobre o teu ventre' não significa que a serpente tinha originalmente pernas e a perdeu no momento em que a maldição foi imposta, mas que seu modo habitual de locomoção tipificava seu castigo. A frase 'pó comerás' é idiomaticamente equivalente a 'tu serás humilhado' (cf. Sl 72.9; Is 49.23), onde a frase 'lamberão o pó' tem claramente este significado. O castigo envolveria inimizade, hostilidade entre as pessoas. A semente da serpente, que Jesus relaciona aos ímpios (Mt 13.38,39; Jo 8.44), e a semente da mulher, têm ambas sentido fortemente pessoal. 
O castigo da mulher seria o oposto do 'prazer' que ela procurou no versículo 6. Ela conheceria a dor no parto, que é bem diferente do novo tipo de vida que ela tentou alcançar pela desobediência. Igualmente, a futura ligação do seu desejo ao seu marido era repreensão à sua decisão de buscar independência.
Deus pôs uma maldição diretamente na terra em vez de colocá-la no homem. Adão foi comissionado a trabalhar com a terra, mas não seria por puro prazer "(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 40).



CONCLUSÃO

Deus não foi apanhado de surpresa pela Queda de Adão, pois o Cordeiro, em sua presciência, já havia sido morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8). Nossos primeiros pais, de fato, pecaram, mas Deus prometeu redimir toda a humanidade pelo sangue de Cristo, pois Jesus morreu por todos (Jo 1.29). Na genealogia de Jesus, registrada por Lucas, Adão é chamado de filho de Deus (Lc 3.38). Maravilhosa graça!

Portanto, apesar da aparente vitória do pecado, o Senhor Jesus, o segundo Adão, veio para resgatar-nos das mãos de Satanás: "Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo" (1 Co 15.22).  Somente Jesus Cristo pode-nos resgatar do pecado.



Rivaldo Nascimento.

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