quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Lição 7 - A Família que Sobreviveu ao Dilúvio, 15 de Novembro a de 2015





TEXTO ÁUREO

“Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca [...].”
(Hb 11.7)


VERDADE PRÁTICA

Apesar da corrupção generalizada do mundo atual, é possível manter nossa família nos padrões da Palavra de Deus. 




LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 7.1-12

1 - Depois, disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração. 
2 - De todo animal limpo tomarás para ti sete e sete: o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois: o macho e sua fêmea. 
3 - Também das aves dos céus sete e sete: macho e fêmea, para se conservar em vida a semente sobre a face de toda a terra. 
4 - Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda substância que fiz. 
5 - E fez Noé conforme tudo o que o SENHOR lhe ordenara. 
6 - E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra. 
7 - E entrou Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele na arca, por causa das águas do dilúvio. 
8 - Dos animais limpos, e dos animais que não são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra, 
9 - entraram de dois em dois para Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé. 
10 - E aconteceu que, passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio. 
11 - No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia, se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, 
12 - e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.



OBJETIVO GERAL



Compreender que apesar da corrupção do mundo atual é possível viver segundo os padrões bíblicos.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

1- Mostrar como se deu o anúncio do dilúvio;
2- Analisar a respeito da construção da arca;  
3- Explicar o dilúvio;
4-Saber que os contemporâneos de Noé fizeram-se surdos à proclamação do juízo divino.


PONTO CENTRAL

É possível viver de modo santo e justo, mesmo vivendo em meio a uma sociedade corrompida pelo pecado.


INTRODUÇÃO:

O Ensinador Cristão nos diz que o texto de Gênesis de 1 a 3, narra fatos que destacam com relação a vida de Noé. Em primeiro lugar, a expressão de que "andou Enoque com Deus" (Gn 5.24) e a repetição com a pessoa de Noé - "Noé andava com Deus" (Gn 6.9) - fazem eco para uma vida de justiça e se correlacionam com Adão e Eva, o primeiro casal, que andava com Deus no jardim. Neste sentido, a narrativa de Noé intensifica uma série de paralelos com a de Adão e Eva:

1) A terra se torna, de certa forma, novamente sem forma e vazia (Gn 7.17-24), como em Gênesis 1.1;
2) O restabelecimento do ciclo das estações (Gn 8.22), como em Gênesis 1.14;
3) Nova ordem para a multiplicação do gênero humano (Gn 9.6), como em Gênesis 1.27;
4) Houve, então, um novo começo (Gn 9.1), como tudo começou em Gênesis 1.1.

Entretanto, da mesma forma que Gênesis 3 narra a queda do primeiro casal, a narrativa de Noé mostra uma "queda" que envolveu a embriaguês de Noé e a maldição do filho mais novo de Cam, Canaã. Ou seja, a história de Noé repete a história do ser humano: Criação, Queda, mas promessa de Redenção. A narrativa conclui com a bênção sobre Sem, de cuja descendência virá a redenção da humanidade. A história do Dilúvio nos revela a chance que Deus deu para a humanidade, mergulhada em violência e corrupção, arrepender-se do mau caminho. Ela mostra que, para Deus, formar o homem conforme a Sua imagem e semelhança foi bom, apesar de tudo. O relato de Noé aponta para a pessoa bendita de Jesus Cristo, a grande "Arca" que deseja livrar mais uma vez a humanidade do caos existencial, do caos psicológico, espiritual, moral e ético, e de tudo o que força o ser humano a uma natureza que nada tem a ver com o que o Pai deseja a seus fi lhos. Como aconteceu nos dias de Noé, o caos insiste em aterrorizar nossa vida, mas "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1).

POSSÍVEL LOCALIZAÇÃO DA ARCA DE NOÉ





O relato Bíblico afirma que a Arca teria repousado sobre a cordilheira do Ararate, (leste da atual Turquia e norte do Irã), região da antiga Armênia. 

Em uma missão de rotina a Força Aérea Americana fotografou a mais de 4 mil metros de altura algo muito curioso nas imediações do Ararate. Os especialistas analisaram as fotos e emitiram um relatório que foi chamado de “anomalia do Ararate” isso foi mantido em segredo por mais de 50 anos. Por fim em 1993 Porcher Taylor um estudante especializado em satélites e diplomacia começou a especular se realmente esses arquivos existiam. Ele acabou descobrindo que junto com as fotos de 1949 também haviam outras fotos tiradas por um U-2 (avião-espião) e fotos de alta resolução tiradas pela CIA em 1973 usando o satélite militar KH-9 e fotos mais sofisticadas tiradas pela CIA através do satélite KH-11 em 1976/1990/1992. Depois de muitos esforços o serviço de defesa liberou 6 fotos das tiradas em 1949 e não foram suficientes para provar se a anomalia era uma formação rochosa ou algo construído por mãos humanas. As fotos foram tiradas de uma longa distancia e não estavam muito nitidez (1949). Mesmo depois de outras tentativas usando um satélite comercial de alta precisão as fotos tiradas no verão de Outubro de 99 ainda não davam para descrever com certeza o que era aquela anomalia. Devido a varias camadas de gelo no monte Ararate não se podiam conseguir fotos com muita nitidez daquele lugar mesmo utilizando equipamentos de ultima geração.

Foram inúmeras as afirmações de pessoas que dizem ter avistado um objeto de enormes proporções nas imediações do Ararate, todavia devido ao difícil acesso que se tem ao monte pois a maior parte do ano ele fica praticamente coberto de neve, e muitos dos pesquisadores interessados nesta descoberta foram atacados por terroristas curdos, pois a região encontra-se sempre em forte conflito. Estes acontecimentos impediram por muito tempo que provas consistentes viessem a tona. No entanto no ano de 1959, um piloto de um avião turco tirou fotografias aéreas de um objeto com a forma de um barco na cordilheira do monte Ararate, para o instituto Geodetic da Turquia. O Dr Brandenburger da Universidade estatal de Ohio, E.E.U. U, depois de estudar as fotografias concluiu, “não tenho nenhuma duvida que é um barco. Em toda a minha carreira nunca tinha visto um objeto como este em uma fotografia aérea” 

O Dr Brabdenburger era um expert fotogrametria que havia descoberto as bases de mísseis em Cuba, durante o governo de Kennedy.

Uma equipe norte americana realizou uma expedição de um dia e meio no sitio arqueológico, apenas tempo suficiente para determinar uma prova cientifica. Fizeram uma pequena cratera em um lado da estrutura com dinamite, e logo viram que algumas peças de madeira petrificada foram reveladas, sua conclusão foi, “não há interesse arqueológico por este objeto”. Se este objeto fosse a Arca de Noé teria aproximadamente 4.400 anos de antiguidade assim a madeira teria que estar petrificada, mas deveria apresentar na madeira anéis de crescimento.”(toda a madeira petrificada apresenta anéis circulares assim como toda a arvora que é serrada, e isso é usado para determinar a idade da arvore). A equipe então decidiu antes mesmo de fazer análise de laboratório que o objeto não era de madeira”.

As condições do mundo antes do dilúvio bíblico foram muito diferentes das de agora. A Bíblia afirma, “... porque Deus, todavia não havia feito chover sobre a terra... sendo que subia da terra um orvalho que regava toda a terra...” (Gênesis 2:5, 6). Sendo assim os anéis de crescimento da madeira que são causados pela água da chuva que sobe pelos troncos das plantas, não poderiam existir em um ambiente antediluviano. Isto foi exatamente o que a equipe norte americana encontrou, se a madeira do objeto apresentasse os anéis de crescimento poderíamos afirmar com certeza não se tratar da arca de Noé.

Depois de ler um artigo publicado na revista LIFE que falava sobre a expedição, Ron Wyatt um arqueólogo aficionado, visitou o tal sitio arqueológico em 1977. O sitio lhe chamou poderosamente a atenção e ele decidiu que a estrutura merecia que se continuasse com as pesquisas para saber se poderia ser a Arca de Noé.

Localizado a 6.300 pés á cima do nível do mar, estaria demasiadamente alto para ser os resto de um barco mesmo se tivesse havido uma inundação local. O objeto estava a mais de 200 milhas do mar mais próximo. As dimensões concordavam com as descritas na Bíblia sobre a Arca de Noé (Gênesis 6:15), medindo 300 cúbitos de largura, mais a altura era a maior que a mencionada na Bíblia devido aos lados do barco que haviam se deformado, o que é perfeitamente normal em um barco tão antigo. Apesar do desgaste e da erosão o objeto encontrado trazia fielmente o formato de um barco e apresentava uma angulação perceptível do que era a proa de um grande navio.

Um radar usado para penetrar na terra demonstrou que o barco tinha três cobertas, as cobertas superiores tinham desabado, deixando a coberta inferior intacta,na qual pode-se perceber claramente que tinha 144 quartos ou estábulos talvez. Também apareciam claramente paredes, cavidades, uma porta na parte frontal, rampas e cisternas grandes. Cercando a proa o radar pode mostrar quatro protuberâncias que se estendiam até a proa que provavelmente eram estabilizadores, para que o barco não naufragasse em grandes tormentas.

Ron provou o material nos laboratórios de Galbraith em Knoxville, Tennessee e demonstrou ser madeira laminada petrificada. As provas de carbono mostraram que as amostras do sitio demonstraram ter 4,95% de carbono, um conteúdo muito alto e pouco comum, em quanto outros artefatos arqueológicos tidos como sendo peças de madeira apresentavam apenas 1,88%, assim os cientistas ficaram convencidos que as amostras do sitio haviam sido com certeza matéria viva, ou seja, madeira. Testes sofisticados puderam também detectar titânio e alumínio.



Com o uso de quatro tipos de detectores de metal diferentes, foram encontrados muitos remanches de metal no objeto, que foram encontrados com intervalos regulares que formavam linhas paralelas, horizontais e verticais que cruzavam o barco definindo claramente a figura de uma grande embarcação. Os testes feitos no metal determinaram que seria de um período anterior ao dilúvio bíblico, o que vem a nos lembrar da referencia bíblica que nos fala de Tubal-cain que era artífice de toda a obra de bronze e ferro e confeccionava instrumentos em metal e provavelmente trabalhava com fundição de metais antes mesmo do dilúvio (ver Gênesis 4:22). Nódulos de ferro também foram encontrados em cerca de 5400 lugares, que mostram modelos lineares constantes com o formato do casco.


Testemunhos de varias figuras consideráveis da nossa historia que teriam afirmado ter tido contato direto com a Arca de Noé no monte Ararate. dentre muitas destas ilustres pessoas citaremos algumas:


1 - O historiador judeu Flavius Josephus declarou ter visto " um barco " levantado na montanha do Ararate;
2 - Outro historiador secular do primeiro século, informou que " madeiras de um navio descansado perto do cume do Ararate foram vistas;
3 - O famoso explorador Marco Polo em finais do 15º século fez menção que a Arca de Noé ainda era visível no " topo " de Ararate.
4 - Berrossos (Sumo Sacerdote) historiador Caldeu, visitou o local em 475 A.C. quando escreveu sobre o fenômeno que testemunhou afirmando que era fácil perceber uma embarcação em repouso no alto da geleira.
5 - Arramanus, historiador egípcio de 30 A.C. é autor de uma história fenícia que menciona a existência da arca no monte Ararat.
6 - Nicolau de Damasco no mesmo período, foi o biógrafo de Herodes ("O Grande"). Ele falou da aterrissagem da Arca perto do Cume do Ararat e relatou que as madeiras ainda estavam lá...

 





O DESENHO É DEMASIADAMENTE PERFEITO PARA SER NATURAL.


 
LEITURAS DO RADAR 


 

Madeira petrificada encontrada nas imediaçoes, testes com carbono 14 comprovam ser madeira de uma grande embarcação 


 

RESTOS FOCILIZADOS DE METAL FUNDIDO  


 

 ÂNCORA DE PEDRA

As ancoras de pedra devem ter tido um papel importante na trajetória da Arca durante o Dilúvio, elas explicariam o por que da Arca não ter virado durante as agitadas ondas do mar. Poderiam ter servido como estabilizadores do grande barco, segundo afirmam engenheiros especializados em construção de embarcações.
 



Após as tormentas terem cessado as ancoras já não seriam mais necessárias e poderiam aos poucos irem sendo liberadas por Noé a medida em que as águas iam se acalmando. Isto explicaria a curiosa trilha formadas por ancoras de pedra que apontam perfeitamente para o lugar onde a Arca repousou.
 
 
 

Texto extraído do site: http://chamadadauh.blogspot.com.br/2013/04/a-arca-de-noe-encontrada-no-monte.html


I - DEUS ANUNCIA O DILÚVIO

Em toda aquela geração, apenas Noé podia ser considerado justo e íntegro. Por essa razão, Deus anuncia-lhe o Dilúvio, instruindo-o a construir a arca de salvação.
  
1. O anúncio do Dilúvio. Já decidido a destruir a Terra, o Senhor acha graça em Noé (Gn 6.8). O patriarca soube como preservar moral e espiritualmente a esposa e os filhos. No entanto, pelo que inferimos do texto sagrado, nada pôde fazer aos seus irmãos e sobrinhos, pois estes também haviam se deixado corromper pelo exemplo de Lameque. 
Ao justo e íntegro Noé, anuncia Deus o Dilúvio; "O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra" (Gn 6.13). O patriarca sabia, através da fé, que o juízo era certo. Quanto aos seus contemporâneos, preferiram ignorar a iminência do castigo divino.
2. Um juízo que parecia improvável. Se considerarmos Gênesis 2.5, concluiremos que, naquele tempo, a terra não era regada pela chuva como nos dias de hoje (Gn 2.6). Portanto, como acreditar no Dilúvio se nem chuva havia? Dessa forma, os "cientistas" da época devem ter questionado sarcasticamente a Noé. Nossa geração assim reage quanto à vinda de Cristo (2 Pe 3.4). O que parece improvável, porém, está prestes a acontecer. Jesus está às portas.


Orlando Boyar, fala em seu livro "Toda a Família", publicada pela CPAD, em 1994 que a primeira promessa a considerar foi feita a Noé. Deus não chamou somente ao patriarca, mas também a toda a sua casa a entrar na arca; e, assim, foi salva toda a sua família. A arca serve-nos como tipo de Cristo, o único que nos salva do dilúvio de pecado que nos quer destruir. Foi pela fé (Hb 11.7) que Noé cooperou com Deus, e conseguiu o indizível gozo de ver todos os seus entes queridos seguros consigo na arca, enquanto lá fora desciam as torrentes de água, provocando a maior destruição jamais vista pelos homens. Se tivermos a mesma fé, haveremos de ver cada um dos membros de nossas famílias refugiar-se em Jesus e, assim, salvar-se do horrendo dilúvio de incredulidade, pecado, vício e crime que destrói o mundo atual.


Paul Hoff, detalha muito bem sobre a vida de Noé e sua família, veremos alguns detalhas:

Noé constrói a arca: Capítulo 6:9-22. Noé constitui um raio de esperança em uma época sombria. Seu pai Lameque provavelmente entesourava em seu coração a promessa de Gênesis 3:15, pois deu o nome de Noé (descanso, consolo) a seu filho na esperança de que este viesse a ser um libertador (5:29), mas nunca sonhou de que maneira o Senhor cumpriria seu desejo expresso.

Noé destaca-se na Bíblia como um dos mais completos varões de Deus. Somente ele, entre seus contemporâneos, achou a graça e o favor de Deus em forma pessoal (6:8), isto é, travou amizade com Deus e desfrutou da comunhão divina. Era "justo" e "reto" (6:9), uma pessoa de conduta irrepreensível, de integridade moral e espiritual no meio de uma geração perversa. Finalmente, era um pregador da justiça (II Pedro 2:5). O segredo de seu caráter e constância encontra-se em seu andar diário com o Senhor.
Deus revelou a Noé seu plano de destruir a raça corrupta e de salvá--lo junto com sua família e, por ele, a humanidade inteira. Noé viria a ser o segundo pai da raça. Recebeu diretrizes para a construção de uma nave flutuante bem proporcionada que seria o veículo de escape. Segundo certos cálculos, a arca teria 135 m de comprimento, 22,50 m de largura e 13,50 m de altura e corresponderia em tamanho a um transatlântico moderno. Constava de três pavimentos divididos em compartimentos e uma abertura de 45 cm de altura em volta, localizada entre espaços de parede na parte superior; acredita-se que tinha a forma de um caixão alongado. Alguns estudiosos calculam que a arca teria capacidade para 7.000 espécies de animais.
"Pela fé Noé. . . preparou a arca" (Hebreus 11:7). A Palavra de Deus foi a garantia única de que viria o dilúvio. Deve ter sido um projeto enorme e de longa duração construir a arca e armazenar os alimentos necessários. Enquanto construía a nave, Noé pregava (II Pedro 2:5). Mas ninguém quis dar-lhe atenção. Sem dúvida alguma Noé e seus filhos eram o alvo de incessantes zombarias, porém não vacilaram em sua fé. Acentua-se sua completa obediência: "conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez" (6:22; 7:5).
Deus limpa a terra com o dilúvio: Capítulos 7:1—8:14. Sete dias antes de começar o dilúvio, Deus mandou que Noé, sua família e os animais entrassem na arca. Possivelmente Deus tenha feito que os animais pressentissem a iminente catástrofe e se tornassem mansos. Noé devia levar na arca um casal de animais de cada espécie (6:19) e sete casais dos animais limpos (7:2); os adicionais provavelmente eram para fornecer carne e animais para o sacrifício. Supõe-se que grande parte dos animais estavam invernando enquanto permaneciam na arca.
"O Senhor fechou a porta" (7:16, Edição Revista e Atualizada), significa que o período de graça já havia terminado; isto nos fala de salvação e juízo. Noé ficou dentro, protegido, e os pecadores impenitentes fora, expostos ao juízo.
"Romperam-se todas as fontes do grande abismo" (7:11, E.R.A.); parece indicar que se produziram terremotos e estes fizeram que subissem impetuosamente as águas subterrâneas enquanto caíam chuvas torrenciais. Pensa-se que a terra, ao fender-se, produziu alterações na sua superfície. Alguns crêem que estes verdadeiros cataclismos tenham sido acompanhados de gigantescos maremotos que atravessaram os oceanos e continentes até que nada restou da civilização daquele tempo. Foi um juízo cabal contra o mundo pecaminoso. Depois, Deus enviou um vento para fazer baixar as águas. Cinco meses após o começo do dilúvio, a arca pousou sobre o monte Ararate, porém Noé não saiu em seguida porque obedientemente esperou até receber a permissão divina. Ele e sua família permaneceram na arca aproximadamente um ano solar.
Qual foi a extensão do dilúvio? Foi universal ou limitado à área do Oriente Médio? O Gênesis diz que as águas cobriram as montanhas mais altas e destruíram toda a criatura (fora da arca), sob os céus (7:19-23). Não obstante, há diferença de opiniões entre eruditos evangélicos Alguns pensam que se refere somente à terra habitada daquele tempo, pois o propósito divino era destruir a humanidade pecaminosa Dizem que o uso bíblico da expressão "toda a terra" amiúde significa a terra conhecida pelo autor (Gênesis 41:57; Deuteronômio 2:25; Romanos 10:18).
Por outro lado, os que crêem que o dilúvio foi universal notam que o relato bíblico emprega expressões fortes e
as repete dando a impressão de um dilúvio universal. Perguntam: Qual era a extensão da população humana? Parece-lhes possível que esta se houvesse estendido até à Europa e África. Além do mais, certos estudiosos crêem que as grandes mudanças na crosta terrestre e repentinas e drásticas alterações no clima de áreas geográficas, como Alasca e Sibéria, podem ser atribuídas ao dilúvio. Talvez, com o transcurso do tempo, os geólogos encontrem evidências conclusivas para determinar qual seja a interpretação correta.
Têm sido encontradas em diferentes continentes tradições que aludem a um grande dilúvio, inclusive detalhes da destruição de toda a humanidade, exceto uma única família e a escapatória em um barco. A famosa epopéia de Gilgames, poema babilônico, contém muitas semelhanças com o relato bíblico, embora seja politeísta em seu enfoque.
Parece que o dilúvio deixou uma impressão indelével na memória da raça, e que as tradições, por mais corrompidas que estejam, testificam do fato que houve um dilúvio.
Uso neotestamentário do dilúvio: A referência ao dilúvio encontrada no Novo Testamento serve de advertência de que Deus é o justo Juiz de todo o mundo e castigará inexoravelmente o pecado e livrará da prova os piedosos (II Pedro 2:5-9). No tempo de Noé, Deus destruiu o mundo com água, mas no futuro vai fazê-lo com fogo (IIPedro 3:4-14). Será o prelúdio para estabelecer uma nova ordem, na qual habitará a justiça.
O caráter repentino e inesperado do dilúvio exemplifica a maneira pela qual ocorrerá a segunda vinda de Cristo
e mostra que o crente deve estar preparado em todos os momentos para aquele dia (Mateus 24:36-42).

Também o apóstolo Pedro viu um paralelo entre o batismo em água e a salvação de Noé e sua família no meio das águas (I Pedro 3:20-22). A água simboliza tanto o juízo de Deus sobre o pecado como seu resultado (o do pecado), a morte. O batismo significa que o crente se une espiritualmente a Jesus em sua morte e ressurreição. À semelhança de Noé na arca, o crente em Cristo passa ileso pelas águas do juízo e morte a fim de habitar em uma nova criação. No Calvário todas as fontes do grande abismo foram rompidas, e as águas do juízo subiram sobre Cristo, porém nenhuma gota alcança o crente porque Deus fechou a porta.
Estabelece-se a nova ordem do mundo: Capítulos 8:15—9:17. Ao sair da arca, Noé entrou em um mundo purificado pelo juízo de Deus; figurativamente era uma nova criação e a humanidade começaria de novo. A primeira coisa que Noé fez foi oferecer um grande sacrifício a Deus como sinal de sua gratidão pelo grande livramento passado e como consagração de sua vida a Deus para o futuro.
Deus estabeleceu a nova ordem dando provisões básicas pelas quais a vida do homem se regeria na terra depois
do dilúvio:

a) Para dar segurança ao homem prometeu que as estações ficariam restabelecidas para sempre.

b) Reiterou o mandamento de que o homem se multiplicasse.

c) Confirmou o domínio sobre os animais dando-lhe permissão para comer sua carne porém não o seu sangue.

d) Estabeleceu a pena capital.

e) Fez aliança com o homem prometendo-lhe que jamais voltaria a destruir a terra por meio de um dilúvio.
Por que foi proibido comer o sangue? Alguns estudiosos crêem que o sangue é o símbolo da vida, a qual só Deus pode dar; portanto, o sangue pertence a Deus e o homem não deve tomá-lo. Há, porém, uma explicação mais bíblica. A proibição preparou o caminho para ensinar a importância do sangue como meio de expiação (Levítico 17:10-14). O sangue representa uma vida entregue na morte.
Deus estabeleceu a pena capital para restringir a violência. O homem é de grande valor e a vida é sagrada, pois "Deus fez o homem conforme a sua imagem". Martinho Lutero viu neste mandamento a base do governo humano. Se o homem recebe autoridade de outros em certas circunstâncias, também tem autoridade sobre coisas menores, tais como propriedades e impostos. O apóstolo Paulo confirma que tal poder é de Deus, e que a pena capital está em vigor (Romanos 13:1-7). O magistrado não traz debalde sua espada (instrumento de execução).
Deus fez um pacto com Noé e com toda a humanidade prometendo não mais destruir o mundo por um dilúvio. Ao presenciar a terrível destruição pelo juízo de Deus, o homem poderia perguntar-se: "Valerá a pena edificar e semear? Pode ser que haja outro dilúvio e arrase tudo." Mas, para dar-lhe segurança de que a raça continuaria e
homem teria um futuro garantido, Deus fez aliança com ele. Deixou arCo-íris como sinal de sua fidelidade. E provável que o arco-íris já existisse, mas agora reveste-se de novo significado. Ao ver o arco-íris nas nuvens de tormenta, o homem se lembraria da promessa misericordiosa de Deus.
A aliança com Noé é a primeira que se encontra na Bíblia. A relação de Deus com seu povo mediante alianças veio a ser assunto importantíssimo. Deus estabeleceu sua aliança sucessivamente com Noé, com Abraão, com Israel (por meio de Moisés) e com Davi.
Que é uma aliança? Uma aliança humana é, em geral, um acordo mútuo entre duas partes com igual capacidade de firmá-lo; porém não é assim quanto às alianças divinas, porque Deus é quem toma a iniciativa, estipula as condições e faz uma solene promessa pela qual se prende voluntariamente em benefício do homem. Embora na aliança com Noé Deus se impôs a si mesmo a obrigação de guardar a aliança apesar dos fracassos do homem, em geral não é assim. Deus exige como contrapartida a fidelidade de seu povo. A desobediência de Israel podia romper o vínculo da aliança, pelo menos temporariamente. As alianças se relacionam entre si e cada uma se enriqueceu progressivamente em sua promessa até que Cristo veio e
inaugurou a nova aliança.
Noé abençoa a Sem e a Jafé: Capítulo 9:18-29. Noé, o homem justo perante o mundo, caiu no pecado de embriaguez em seu próprio lar. Os longos anos de fidelidade não garantem que o homem seja imune a tentações novas. As diferentes reações dos filhos deram--Ihe ocasião de amaldiçoar a Canaã (pode ser que estivesse seguindo os passos de seu pai, zombando dele) e abençoar a Jafé e a Sem.
Nota-se que a maldição se aplica a Canaã e aos cananeus somente e não aos outros filhos de Cão. Aparentemente, Canaã era o único filho que compartilhava a atitude desrespeitosa de seu pai. A maldição, portanto, não pode aplicar-se aos egípcios ou a outros camitas africanos.
Além do mais, é provável que os cananeus tenham sido amaldiçoados não tanto pelo pecado de Cão e de seu filho Canaã, mas pela notória impureza que caracterizaria os cananeus nos séculos vindouros. Os descendentes de Canaã radicaram-se na Palestina e na Fenícia (10:15-19), e eram notoriamente imorais.
Olhando adiante, Deus viu o caráter que teriam e inspirou Noé a pronunciar seu castigo. Deus empregou uma nação semita, os hebreus, para retribuir-lhes a sua maldade mediante a conquista de Canaã por Josué. Em referências posteriores aos juízos divinos sobre os cananeus, Moisés o relaciona com a extrema impiedade deles (Gênesis 15:16; 19:5; Levítico 20:2; Deuteronômio 9:5).
A bênção sobre Sem, traduzida literalmente é: "Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem" (9:26a) e implica que o Senhor seria o Deus dos semitas. Cumpriu-se notavelmente no povo hebreu, uma raça semita. Os descendentes de Jafé (os indo-europeus) seriam os hóspedes dos semitas, dando-lhes estes proteção e unindo-se, inclusive, com eles no serviço a Deus. Isto é, a promessa messiânica passaria aos semitas, e se vê o primeiro anúncio da entrada dos gentios (Jafé) na comunidade cristã que nasceu dos hebreus (Sem).

II - A CONSTRUÇÃO DA ARCA

A fim de escapar ao Dilúvio, o patriarca foi orientado a construir um grande navio. Obediente, ele levou o projeto adiante.


1. A planta da arca. A salvação é pela fé, mas a fé salvadora conduz-nos às boas obras (Ef 2.8-10). Por isso Noé, movido por uma forte convicção quanto à iminência do juízo divino, pôs-se a construir o grande barco.
A planta da arca, mesmo que bastante simples, era eficaz: "Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume. E desta maneira farás: de trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinquenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura. Farás na arca uma janela e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares baixos, segundos e terceiros" (Gn 6.14-16).
O texto sagrado nos mostra que a Arca era um enorme barco, e sem leme. A finalidade da arca não era navegar, mas flutuar durante a grande inundação. O patriarca cumpriu a vontade divina; em suas promessas, repousou. Deus é o nosso piloto. Não se aflija. Deus está no comando.



2. A construção da arca. Enquanto Noé e seus filhos construíam a arca, apregoavam o juízo divino. Por isso, ele é chamado de pregoeiro da justiça (2 Pe 2.5). Assim faz a Igreja. Enquanto aguardamos a volta de Cristo, proclamemos o Evangelho e o fim de todas as coisas (1 Pe 3.20). O Senhor não tarda.


III - O DILÚVIO

Concluída a arca, Noé e sua família entram na formidável embarcação. Passados sete dias, veio o Dilúvio.




1. O Dilúvio. Caiu uma chuva torrencial durante quarenta dias e quarenta noites (Gn 7.12). Oceanos, mares e rios confundem-se em ondas sucessivas,  intermináveis e destruidoras. O fim de um mundo corrupto e depravado havia chegado.
Noé, porém, estava seguro. Junto a ele, a esposa, os três filhos e suas respectivas mulheres. Ao todo oito pessoas (Gn 7.7). E, para conservar a vida sobre a nova Terra, os animais: dois de cada espécie, macho e fêmea (Gn 6.19).



2. O Dilúvio foi local ou Universal? Em 26 de dezembro de 2004, ocorreu um tsunami no Oceano Índico, cujo epicentro deu-se na costa da Indonésia. Apesar de local, o fenônemo foi sentido em várias partes do mundo. O que não diremos do Dilúvio? Acreditamos na universalidade da grande inundação. A narrativa bíblica é bastante clara: "E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu foram cobertos" (Gn 7.19).


IV - O JUÍZO DE DEUS

Os contemporâneos de Noé tiveram mais de um século para se arrependerem e voltar para Deus. Fizeram-se, porém surdos à proclamação do juízo divino.

1. Um juízo universal. A inundação foi universal como universal foi o juízo divino sobre a Terra. O relato bíblico é impressionante e preciso: "E expirou toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado, e de feras, e de todo o réptil que rasteja sobre a terra, e de todo homem" (Gn 7.21).
Apenas Noé e a sua família, bem como os animais que se encontravam com eles na arca, foram preservados. A geração de Noé teve tempo para ouvir sua mensagem e ver a arca sendo construída, mas não deu ouvidos à pregação e ao trabalho daquele servo de Deus, e foi destruída. O pior juízo, contudo, achava-se no além.




2. O juízo divino no inferno. Não resta dúvida de que toda aquela geração pereceu e foi lançada no inferno, onde aguarda a última ressurreição, a fim de comparecer ao Juízo Final (Ap 20.11-15). Eles sabem que isso acontecerá, pois o Senhor Jesus, no interlúdio entre a sua morte e ressurreição, esteve no Hades, onde lhes proclamou a eficácia da justiça divina.
Escreve o apóstolo Pedro: "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água" (1 Pe 3.18-20 - ARA),
A geração de Noé recusou-se a ouvi-lo, mas viu-se obrigada a escutar o Senhor Jesus que, além de pregoeiro da justiça, apresentava-se, agora, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Sua pregação não era redentiva, mas vindicativa.  



CONCLUSÃO

Os antediluvianos não deram crédito à pregação de Noé. Viviam para pecar. Sua depravação não conhecia limites. A Deus não restou alternativa senão condená-los à destruição. Nosso mundo caminha no mesmo sentido. Todavia, se formos zelosos quanto à pregação do Evangelho, levaremos muitas almas a Cristo, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.

Sua família está segura? Jesus em breve virá.


RIVALDO NASCIMENTO.

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