TEXTO ÁUREO
"E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente."
(Gn 6.5)
VERDADE PRÁTICA
O mundo de Lameque em nada diferia do nosso; resistindo à graça de Deus, entregaram-se à devassidão, à violência e à resistência ao Espírito Santo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 6.1-8
1 - E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,
2 - viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.
3 - Então, disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.
4 - Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama.
5 - E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
6 - Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração.
7 - E disse o Senhor: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
8 - Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.
OBJETIVO GERAL
Compreender que o mundo de Lameque em nada difere do nosso, resistindo à graça de Deus.
PONTO CENTRAL
Deus julga a maldade do mundo de Lameque.
INTRODUÇÃO:
O Ensinador Cristão nos diz que o relato dos capítulos 5 e 6 se refere à linhagem familiar de Adão, mais particularmente à geração de Sete. Essa genealogia faz um contraste com a linhagem de Caim descrita no capítulo anterior (Gn 4.17-24). Neste contraste, há a presença de dois "Lameques", um no capítulo 4 (vv.18,23) e outro no capítulo 5 (vv.28- 31). Qual a diferença entre esses dois "Lameques"?
O Lameque do capítulo 4 é o da linhagem de Caim, trata-se, pois, de um homem violento e odioso, conforme o autor sagrado descreveu: "E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete" (vv.23,24).
O Lameque do capítulo 4 cantava e entoava a impiedade e a violência. A intenção de fazer o mal pulsava em seu coração, pois Lameque matou um jovem só porque este o pisou.
O Lameque do capítulo 5 é o da geração de Sete. A geração que começou a buscar a face do Senhor Deus. Esse Lameque é o pai de Noé. Diferentemente das palavras do Lameque do capítulo 4, o pai de Noé se referiu ao seu amado filho, quando o nomeou, assim: "E chamou o seu nome Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou" (Gn 5.29). Este Lameque conhecia bem ao Senhor e sabia que a terra estava cheia de violência. Entretanto, ele depositou a sua esperança no seu filho, pois sabia que Noé agradaria o Senhor seu Deus.
Enquanto o Lameque do capítulo 4 simboliza a violência, o ódio, a desesperança, o mundo entregue ao mal, o plano de Caim que aprofundou o mal sobre a terra com a devassidão moral, a violência ilimitada e a terrível resistência à graça divina;
O Lameque do capítulo 5 representa a esperança, o consolo de Deus a uma geração. Este Lameque é o Lameque que não prosperou em maldade, mas em bondade, misericórdia e consolação.
Por intermédio de Lameque, o pai de Noé, chegou o livramento de Deus para a humanidade. Lembremos de que Jesus de Nazaré é da linhagem de Noé. No Dilúvio, o plano de Deus apontava para o plano maior dEle para o mundo: a Cruz do Calvário.
Thomas Nelson, no livro O Mundo do Antigo Testamento nos trás alguns informações sobre o período de Metusalém a Noé. Metusalém estava com 187 anos quando lhe
nasceu o filho Lameque, e a Bíblia diz que depois de gerar a Lameque ele viveu
782 anos (Gênesis 5:25-26). A duração da vida de Metusalém daria como ano de
sua morte o ano do Dilúvio, segundo o relato bíblico. Significa isto que
Metusalém morreu durante o Dilúvio? Talvez. A Bíblia não o diz.
Contava Lameque 182
anos por ocasião do nascimento de Noé, e ele viveu ainda 595 anos (Gênesis
5:28-31).
Noé tinha 500 anos
quando gerou seus três filhos (Gênesis 5:32). Noé construiu um navio para
transportar a si próprio e à sua família, juntamente com determinados animais,
durante o Dilúvio que Deus enviou para destruir a vida pervertida da terra no
ano 600 de Noé (Gênesis 7:6). Após o Dilúvio, Noé viveu 350 anos, e morreu com
a idade de 950 anos (Gênesis 9:28-29).
Se somarmos as
idades de cada um desses homens (de Adão a Noé), obteremos um total de 1.656
anos até o Dilúvio, mas outras versões do Antigo Testamento nos dão números
diversos. A Septuaginta dá 2.242 anos para o mesmo período, e a versão
Samaritana, 1.307 anos. Essas diferenças, deixando de lado tudo o mais,
tornariam impossível fixar uma data definida para Adão. Segundo esta
cronologia, Noé nasceu 1.056 anos após a Criação (1.656 anos menos 600 anos).
A primeira civilização: Capítulo 4:17-26. Os descendentes de Caim (desenvolveram a primeira civilização: Jabal adquiriu gado e é chamado pai da agricultura. Jubal inventou instrumentos de música, e é considerado o fundador das belas artes; Tubalcaim inventou ferramentas e armas, começando assim a indústria em embrião. Não obstante, era uma civilização que excluía a Deus. Lameque foi o primeiro polígamo, manchando a instituição divina do casamento. Sua impiedade chegou ao auge quando se vangloriou de sua violência no cântico da espada (4:23, 24). É evidente a ferocidade crescente da linhagem de Caim. Com isto, desaparecem da Bíblia todos os seus descendentes, pois já não ocupam lugar no plano divino. Parece que Satanás estava prestes a vencer pela força bruta, mas Deus levantou a Sete em lugar de Abel, para perpetuar a linhagem da mulher. Depois disto os homens invocavam publicamente o nome do Senhor.
As gerações dos antediluvianos: Capítulo 5. Segundo Myer Pearlman, o propósito principal da genealogia que se encontra neste capítulo (como outras genealogias bíblicas) é o de "conservar um registro da linhagem da qual virá a semente prometida: (Cristo)".
Traça a linha de Sete até Noé. Os antediluvianos viviam de 365 até 969 anos, possivelmente porque a raça era jovem e o pecado não havia debilitado tanto o corpo.
Delitzsch acrescenta outra explicação: talvez o clima e outras condições naturais fossem diferentes das que existiram na época posterior ao dilúvio. A descrição da maioria dos antediluvianos limita-se à expressão lúgubre e monótona: "Viveu. . . gerou. . . morreu." Assinala a conseqüência mortífera do pecado, pois por mais anos que um homem viva, finalmente morre. Não obstante, na lista dos mortais encontra-se a esperança de imortalidade: "E andou Enoque com Deus; e não se viu mais; porquanto Deus para si o tomou."
A vida de Enoque destaca-se por três característicos:
a) Sua vida é mais curta que a dos outros de sua geração, uma vez que foi de 365 anos. Embora uma vida longa possa apresentar maiores oportunidades de encontrar a graça salvadora, o filho de Deus não deve apegar-se demasiado a este mundo que foi amaldiçoado, carregado de pecados e dor.
b) Anda com Deus num ambiente de maldade e de infidelidade. Enoque tem comunhão com Deus levando uma vida de fé e pureza, não separado dos seus mas como chefe de uma família.
c) Desaparece repentinamente, arrebatado ao céu como Elias. A vida de comunhão com Deus não finaliza, pois há de continuar realizando-a e aperfeiçoando-a no céu. Que outro acontecimento prefigura o arrebatamento de Enoque? (I Tessalonicenses 4:16, 17).
2. A corrupção da humanidade e a dor divina:
Capítulo 6:1-8. Com o transcorrer do tempo, a separação entre os descendentes de Sete e os de Caim cessou por causa do casamento das duas linhagens (6:2).
A união dos piedosos com mulheres incrédulas foi motivada pela atração física de tais mulheres."0 Sem mães piedosas, a descendência de Sete degenerou-se espiritualmente.
Os filhos dos casamentos mistos eram "gigantes" (pessoas extraordinárias) e parece que se destacavam pela violência. Exaltavam-se a si mesmos, cada um procurando ser "valente" ("herói", Bíblia de Jerusalém) e também varão de renome. Corromperam a terra com sua imoralidade.
Chegou o momento quando a família de Noé foi a única que cumpria as normas morais e espirituais de Deus. Parece que Satanás, ao ver que não pôde destruir a linha messiânica pela força bruta no caso de Abel, agora procura extingui-la mediante casamentos mistos; e por pouco não teve êxito. A corrupção e violência dos homens doeram a Deus e lhe pesava ha vê-los criado" Determinou Deus destruir a perversa geração.
Horton observa que sua ira procedeu de um coração quebrantado.13 Deus concedeu a estes homens um prazo de 120 anos para arrepender-se (6:3). Depois, se não o fizessem, retiraria deles seu espírito.(" O propósito do dilúvio era tanto destrutivo como construtivo. A linhagem da mulher corria o perigo de desaparecer completamente pela maldade. Por isso Deus exterminou a incorrigível raça velha para estabelecer uma nova. O dilúvio foi também o juízo contra uma geração que havia rejeitado totalmente a justiça e a verdade. Isto nos ensina que a paciência de Deus tem limites.
A primeira civilização: Capítulo 4:17-26. Os descendentes de Caim (desenvolveram a primeira civilização: Jabal adquiriu gado e é chamado pai da agricultura. Jubal inventou instrumentos de música, e é considerado o fundador das belas artes; Tubalcaim inventou ferramentas e armas, começando assim a indústria em embrião. Não obstante, era uma civilização que excluía a Deus. Lameque foi o primeiro polígamo, manchando a instituição divina do casamento. Sua impiedade chegou ao auge quando se vangloriou de sua violência no cântico da espada (4:23, 24). É evidente a ferocidade crescente da linhagem de Caim. Com isto, desaparecem da Bíblia todos os seus descendentes, pois já não ocupam lugar no plano divino. Parece que Satanás estava prestes a vencer pela força bruta, mas Deus levantou a Sete em lugar de Abel, para perpetuar a linhagem da mulher. Depois disto os homens invocavam publicamente o nome do Senhor.
As gerações dos antediluvianos: Capítulo 5. Segundo Myer Pearlman, o propósito principal da genealogia que se encontra neste capítulo (como outras genealogias bíblicas) é o de "conservar um registro da linhagem da qual virá a semente prometida: (Cristo)".
Traça a linha de Sete até Noé. Os antediluvianos viviam de 365 até 969 anos, possivelmente porque a raça era jovem e o pecado não havia debilitado tanto o corpo.
Delitzsch acrescenta outra explicação: talvez o clima e outras condições naturais fossem diferentes das que existiram na época posterior ao dilúvio. A descrição da maioria dos antediluvianos limita-se à expressão lúgubre e monótona: "Viveu. . . gerou. . . morreu." Assinala a conseqüência mortífera do pecado, pois por mais anos que um homem viva, finalmente morre. Não obstante, na lista dos mortais encontra-se a esperança de imortalidade: "E andou Enoque com Deus; e não se viu mais; porquanto Deus para si o tomou."
A vida de Enoque destaca-se por três característicos:
a) Sua vida é mais curta que a dos outros de sua geração, uma vez que foi de 365 anos. Embora uma vida longa possa apresentar maiores oportunidades de encontrar a graça salvadora, o filho de Deus não deve apegar-se demasiado a este mundo que foi amaldiçoado, carregado de pecados e dor.
b) Anda com Deus num ambiente de maldade e de infidelidade. Enoque tem comunhão com Deus levando uma vida de fé e pureza, não separado dos seus mas como chefe de uma família.
c) Desaparece repentinamente, arrebatado ao céu como Elias. A vida de comunhão com Deus não finaliza, pois há de continuar realizando-a e aperfeiçoando-a no céu. Que outro acontecimento prefigura o arrebatamento de Enoque? (I Tessalonicenses 4:16, 17).
2. A corrupção da humanidade e a dor divina:
Capítulo 6:1-8. Com o transcorrer do tempo, a separação entre os descendentes de Sete e os de Caim cessou por causa do casamento das duas linhagens (6:2).
A união dos piedosos com mulheres incrédulas foi motivada pela atração física de tais mulheres."0 Sem mães piedosas, a descendência de Sete degenerou-se espiritualmente.
Os filhos dos casamentos mistos eram "gigantes" (pessoas extraordinárias) e parece que se destacavam pela violência. Exaltavam-se a si mesmos, cada um procurando ser "valente" ("herói", Bíblia de Jerusalém) e também varão de renome. Corromperam a terra com sua imoralidade.
Chegou o momento quando a família de Noé foi a única que cumpria as normas morais e espirituais de Deus. Parece que Satanás, ao ver que não pôde destruir a linha messiânica pela força bruta no caso de Abel, agora procura extingui-la mediante casamentos mistos; e por pouco não teve êxito. A corrupção e violência dos homens doeram a Deus e lhe pesava ha vê-los criado" Determinou Deus destruir a perversa geração.
Horton observa que sua ira procedeu de um coração quebrantado.13 Deus concedeu a estes homens um prazo de 120 anos para arrepender-se (6:3). Depois, se não o fizessem, retiraria deles seu espírito.(" O propósito do dilúvio era tanto destrutivo como construtivo. A linhagem da mulher corria o perigo de desaparecer completamente pela maldade. Por isso Deus exterminou a incorrigível raça velha para estabelecer uma nova. O dilúvio foi também o juízo contra uma geração que havia rejeitado totalmente a justiça e a verdade. Isto nos ensina que a paciência de Deus tem limites.
I - UM MUNDO AINDA MARAVILHOSO
Apesar da Queda, o mundo antediluviano era farto e pródigo. Sua ecologia era perfeita; sua tecnologia, considerável.
A Terra, embora amaldiçoada, era fértil e nada retinha à primeira civilização. Todos comiam e bebiam à vontade (Mt 24.38,39). O pão não precisava ser racionado, o azeite era abundante e o vinho escorria dos lagares.
Tem-se a impressão de que as pessoas daquela época viviam em permanente festança. Ninguém era capaz de reconhecer que do Senhor é a Terra e a sua plenitude (Sl 24.1).
Tais facilidades propiciaram aos antediluvianos uma saúde perfeita. Não era incomum encontrar pessoas de quase mil anos (Gn 5.27). Na genealogia de Adão, deparamo-nos com homens mais velhos que muitos dos países do mundo.
Imaginemos a folha corrida de um pecador de 900 anos. Nove séculos de completa depravação. Quantos roubos, assassinatos, adultérios, mentiras e intolerâncias. Aos olhos do santo Deus, era algo abominável.
GÊNESIS 5:5 - Como
podia alguém viver mais de 900 anos?
PROBLEMA: "Os dias
todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos" (Gn 5:5); Matusalém
viveu "novecentos e sessenta e nove anos" (Gn 5:27); e a média da
idade dos que tiveram uma vida normal foi superior a 900 anos. Contudo, a
própria Bíblia reconhece que a maioria das pessoas chega até os 70 ou 80 anos,
quando ocorre sua morte natural (Sl 90:10).
SOLUÇÃO: Antes de mais
nada, a referência no Salmo 90 é ao tempo de Moisés (1400 a.C.) e ao tempo
posterior, quando a longevidade tinha decrescido para 70 ou 80 anos para a
maioria, embora o próprio Moisés tenha vivido 120 anos (Dt 34:7).
Alguns sugerem que aqueles
"anos" seriam realmente apenas meses, o que reduziria 900 anos ao
período normal de vida de 80 anos. Entretanto, isso não é plausível por duas
razões. A primeira é que não há precedente algum no AT que tome a palavra
"ano" com o sentido de "mês". A segunda é que, como
Maalaleel gerou um filho com a idade de 65 anos (Gn 5:15) e Cainã, aos 70 anos
(Gn 5:12), isso significaria que eles estariam com menos de seis anos de idade
ao terem filhos, o que é biologicamente impossível.
Outros sugerem que esses nomes
representam linhas de famílias ou clãs que se mantiveram por gerações antes de
terminarem. Entretanto, isso não faz sentido, por vários motivos. Primeiro,
alguns desses nomes (como por exemplo Adão, Sete, Enoque, Noé) são de
indivíduos cujas vidas foram narradas no texto (Gênesis 1-9). Segundo, linhas
familiares não "geram" linhas familiares com nomes diferentes.
Terceiro, linhas familiares não "morrem", como aconteceu com cada um
daqueles indivíduos (cf. 5:5,8,11 etc). Quarto, a referência a ter
"filhos e filhas"(5:4) não é compatível com essa teoria de clãs.
Conseqüentemente, tudo indica que o
melhor é considerarmos serem anos mesmo (embora fossem anos lunares de
12x30=360 dias), e isso por diversas razões: (1) Antes de mais nada,
posteriormente a vida foi reduzida a 120 anos como uma punição dada por Deus
(Gn 6:3). (2) Depois do dilúvio, a duração da vida foi diminuindo
gradativamente dos 900 anos (Gn 5) para os 600 (Sem: Gn 11:10-11), para os 400
(Sala: Gn 11:14-15), para os 200 (Reú: Gn 11:20-21). (3) Biologicamente, não há
razão por que o homem não possa ter vivido centenas de anos. Os cientistas
lutam muito mais para resolver o problema do envelhecimento e da morte do que o
da longevidade. (4) A Bíblia não é a única a falar de centenas de anos
como idade dos antigos. Há também registros do grego antigo e das eras egípcias
que fazem menção a isso.
Se a saúde era perfeita, a beleza daquela geração era singular, haja vista a formosura das filhas de Lameque. Não demorou para que viessem a encantar os filhos de Sete (Gn 6.1,2). Imitando a bigamia de Lameque, estes homens, outrora tão piedosos, tornaram-se polígamos incorrigíveis.
Com tanta comida e bebida, por que não viver em prazeres? Já que a vida era contada em séculos, ninguém haveria de morrer amanhã. Sua filosofia não era apenas a busca pelo prazer, mas também diabolicamente libertina. Aquela geração não possuía qualquer referência moral ou ética.
4. Tecnologia avançada. O mundo de Lameque podia ostentar um surpreendente avanço tecnológico. Adão ainda vivia quando Tubalcaim começou a dedicar-se à metalurgia. Este foi um homem, filho de Lameque e de Zilá, se tornou conhecido pela sua habilidade em lidar com o cobre e o ferro (Gn 4.22)
Além da metalurgia, aquela geração sabia como trabalhar a madeira e a cerâmica. O próprio Noé, aliás, não teve dificuldades técnicas em construir a Arca, nem os seus descendentes, após o Dilúvio, viram-se impedidos de erguer a Torre de Babel.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Apesar da Queda, o mundo antediluviano ainda era maravilhoso.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Lameque
1. Filho de Metusael, um descendente de Caim, que foi o primeiro polígamo, tendo se casado com Ada e Zilá (Gn 4.18-24). Seus filhos foram Jabal (pai dos que habitam em tendas e têm gado), e Jubal (pai de todos que tocam harpa e órgão), e Tubalcaim (mestre de toda a obra de cobre e de ferro). Lameque cantou para suas esposas, vangloriando-se de ter matado os homens que o feriram ou o golpearam. Essa vanglória é geralmente entendida como sendo a confiança nas armas de metal de seu filho, em oposição à confiança em Deus. Estes filhos parecem torná-lo o pai dos nômades, músicos e artífices em metal.
2. O filho de Matusalém que, com a idade de 182 anos, se tornou o pai de Noé, e viveu até a idade de 777 anos (Gn 5.25-31). Por ocasião do nascimento de seu filho, ele expressou o desejo de que em Noé a maldição de Adão chegasse ao fim: 'Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o Senhor amaldiçoou' (Gn 5.29). Ele está incluído na genealogia do Senhor Jesus (Lc 3.36)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1130).
II - UM MUNDO TOTALMENTE DEPRAVADO
Thomas
Nelson, no livro O Mundo do Antigo Testamento nos fala quanto à família de
Caim? A Bíblia mostra que Lameque, filho de Caim, herdou os caminhos maus do
pai (Gênesis 4:19-24). Lameque vangloriava-se de não precisar da proteção de
Deus, porque podia valer-se de sua espada (Gênesis 4:23-24). Rejeitou os
sagrados padrões matrimoniais estabelecidos por Deus e tomou para si mais de
uma esposa. Em verdade, ele atribuía valor tão baixo à vida humana, que matou
um homem que o feriu.
O mal espalhou-se a
toda a humanidade (Gênesis 6:1-4). Diz a Bíblia que gigantes ou "homens
poderosos" viviam nesse tempo, mas a sua vida espiritual certamente não
correspondia à sua estatura física!
Deus enviou um grande
Dilúvio para castigar a humanidade pecaminosa, e este foi o mais importante
acontecimento do período antigo. Contudo, Deus preservou a vida de Noé e de sua
família numa arca (um grande barco de madeira), de sorte que afinal ele pudesse
cumprir a promessa de redimir a raça humana. Muitos cristãos, hoje, estão
convencidos de que o Dilúvio cobriu o mundo inteiro. De acordo com 2 Pedro 3:6:
". . .pelas quais veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em
água".
O mundo de Lameque era ingrato e cruel. Voltando-se contra o Senhor, seus descendentes cometeram os pecados mais hediondos e abomináveis.
1. Devassidão sexual. O exemplo de Lameque logo viria a replicar-se por toda a descendência de Adão. A família tradicional foi se degenerando. Os pecados sexuais, agora, eram cometidos como se nada fosse proibido; não havia limites à fornicação nem ao adultério.
Até os mesmos descendentes de Sete portaram-se levianamente em meio àquela imoralidade crassa e gritante; corromperam-se até o inferno. Relata o autor sagrado: "Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram" (Gn 6.2).
2. Violência sem limites. Os excessos daquela gente redundaram numa geração truculenta e implacável. Os assassinos eram cultuados como heróis: "Havia, naqueles dias, gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os varões de fama" (Gn 6.4).
O que dizer do nosso tempo? Embora não sejamos tão fortes, nem tão longevos, em nada diferençamo-nos dos filhos de Lameque. Nunca o homem fez-se tão imoral quanto hoje.
3. Resistência à graça divina. Por muito tempo, o Espírito de Deus instou junto àquela geração para que se convertesse e deixasse seus maus caminhos. Chegou, porém, o dia em que Deus deu um basta em tudo aquilo. Declarou o Senhor: "Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos" (Gn 6.3).
A graça de Deus, ainda que perfeita e infalível, pode ser resistida, haja vista a geração que saíra do Egito rumo a Canaã. Não obstante os milagres que presenciara, endureceu o seu coração de tal forma, que veio a ser rejeitada pelo Senhor (Hb 3.8). Isso significa que, mesmo hoje, há crentes que reagem contrariamente à graça divina (Hb 3.15). Sim, apesar de saber que o juízo divino é certo.
A graça de Deus, ainda que perfeita e infalível, pode ser resistida, haja vista a geração que saíra do Egito rumo a Canaã. Não obstante os milagres que presenciara, endureceu o seu coração de tal forma, que veio a ser rejeitada pelo Senhor (Hb 3.8). Isso significa que, mesmo hoje, há crentes que reagem contrariamente à graça divina (Hb 3.15). Sim, apesar de saber que o juízo divino é certo.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A maldade crescia a cada dia e as pessoas iam se tornando totalmente depravadas.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Nos dias de Noé, o pecado abertamente se manifestava no ser humano, de duas principais maneiras: a concupsciência carnal (v. 2) e a violência (vv. 11,12). A degeneração humana não mudou; o mal continua irrompendo desenfreado através da depravação e da violência. Hoje em dia, a imoralidade, a incredulidade, a pornografia e a violência dominam a sociedade inteira.
Deus se revela já nestes primeiros capítulos da Bíblia, como um Deus pessoal para com o ser humano, e que é passível de sentir emoção, desagrado e reação contra o pecado deliberado e a rebelião da humanidade. (1) A expressão 'arrependeu-se' (6.6) significa que, por causa do trágico pecado da raça humana, Deus mudou a sua disposição para com as pessoas; sua atitude de misericórdia e de longaminidade passou à atitude de juízo. (2) A existência de Deus, o seu caráter e seus eternos propósitos traçados, permanecem imutáveis, porém, Ele pode alterar seu tratamento para com o homem, dependendo da conduta deste. Deus altera, sim, seus sentimentos, atitudes, atos e intenções, conforme as pessoas agem diante da sua vontade (Êx 32.14; 2 Sm 24.16).
(3) Essa revelação de Deus como um Deus que pode sentir pesar e tristeza, deixa claro que Ele, em relação à sua criação, age pessoalmente, como no recesso de uma família. Ele tem um amor intenso pelos seres humanos e solicitude divina ante a penosa situação da raça humana (Sl 139.7-18)" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 41).
III - UM MUNDO CONDENADO À DESTRUIÇÃO
Noé pregou aos seus contemporâneos durante muito tempo. Mesmo assim, a sua geração não se curvou aos apelos divinos. Que diferença dos ninivitas, que deram ouvidos à pregação de Jonas (Jn 3.10).
1. A pregação de Noé. Apresentado como pregador da justiça, Noé cumpriu um longo e penoso ministério (2 Pe 2.5). Enquanto se dava à construção da arca, conclamava seus contemporâneos ao arrependimento (1 Pe 3.20). Se levarmos em conta Gênesis 6.3, concluiremos que o seu ofício de pregoeiro teve a duração de 120 anos. Sem dúvida, foi o mais longo ministério profético da Bíblia.
Ele pregava com a voz e com as obras. A construção da arca, em si, já era uma pregação carregada de eloquência.
2. Uma geração corrompida. Apesar das instâncias de Noé, seus contemporâneos corrompiam-se de tal forma, que se tornaram totalmente depravados. Ao Senhor, portanto, não restava outra alternativa a não ser destruir toda aquela civilização: "O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra" (Gn 6.13).
A geração atual assemelha-se à de Noé. Apesar da pregação do Evangelho, a iniquidade multiplica-se de tal modo que chega a contaminar, inclusive, o amor dos fiéis (Mt 24.12). Comem, bebem e entregam-se à sensualidade, como se não houvesse Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO III
O mundo de Lameque estava condenado a destruição.
CONCLUSÃO
À semelhança de Noé, proclamemos a Palavra de Deus a tempo e a fora de tempo; esta é a nossa missão. Se nos conformarmos com o mundo, que esperança haverá aos que ainda anseiam pelo Evangelho?
Levantemo-nos como pregoeiros da justiça. Ainda que soframos zombarias e escárnios, nossa missão não ficará inacabada.
RIVALDO NASCIMENTO
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