quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Lição 8 - A Grande Tribulação - 21 de Fevereiro de 2016




TEXTO ÁUREO

"Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra." 
(Ap 3.10)


VERDADE PRÁTICA

Jesus Cristo tiverem sido arrebatados, a Grande Tribulação começará na Terra.




LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 24.21,22; Apocalipse 7.13,14

Mt 24.21- porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.
22 - E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias.
Ap 7.13 - E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram?
14 - E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.


OBJETIVO GERAL

Mostrar que depois do arrebatamento da Igreja terá início a Grande Tribulação. 


INTRODUÇÃO

Esta lição é uma advertência para todos aqueles que não querem ficar na Terra, quando a Igreja do Senhor for arrebatada. Veremos que depois do arrebatamento se dará a Grande Tribulação, o pior período da história da humanidade. Dos 22 capítulos do Apocalipse, 13 são dedicados a este acontecimento. Mais do que saber todos os detalhes deste período tenebroso, o cristão deve orar e vigiar (Mt 26.41), para não fazer parte dos que não subirão com a Igreja no arrebatamento. 

O Ensinador Cristão nos diz que enquanto está ocorrendo no céu o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro, na terra, após o Arrebatamento da Igreja, dar-se-á o início da Grande Tribulação. Será um período histórico de sete anos entre o Arrebatamento da Igreja de Cristo e a Segunda Vinda gloriosa de Jesus Cristo ao mundo. O período da Grande Tribulação remonta a profecia das 70 semanas das quais falou o  profeta Daniel. 

Ler o texto, “explicar” o texto e “aplicar” o texto é o trabalho objetivo de todo arauto de Deus. Mas para isso, exige-se dele uma profunda disciplina pessoal para o estudo - estude a pregação e a tradição dos puritanos (você pode encontrar um rico material na internet) , mergulhe no mundo da Bíblia e na cultura do seu tempo e cultive uma vida de oração e devoção a Deus. Assim começa nascer o arauto do Senhor.
As pessoas andam aflitas esperando algo da parte de Deus para cultivar uma vida cristã autêntica. A pregação da Palavra ainda é o meio pelo qual o Altíssimo fala, orienta e conduz seu povo. Por isso, no segundo capítulo de 2 Timóteo, o apóstolo Paulo condenou os obreiros que perdem o seu tempo com aquilo que é “comezinho”, que traz somente confusão e contenda e em nada edifica ou constrói, pelo contrário, “a palavra desses roerá como gangrena”.


70ª Semanas de Daniel = 7 anos de Tribulação


3 anos e 1/2 – primeira metade:
Grande acordo de paz;
Ascensão de um grande líder;
Políticas que ludibriam as nações, principalmente, Israel e povo judeu.


3 anos e 1/2 – segunda metade
Quebra do acordo;
Revelação da verdadeira motivação do grande líder mundial, o Anticristo.
Perseguição implacável aos que dizem não! ao sistema.


Quando as nações do mundo cercar a Israel, na cidade de Jerusalém, então, o Senhor Jesus, juntamente com a Sua Igreja, intervirá na injustiça tramada contra o povo, e na terra, que o Senhor escolheu (Jd 14,15) — A Bíblia diz que a terra da Palestina não pertence a ONU ou as quaisquer nações que ouse repartir aquela terra:
“Então ajuntarei os povos de todos os países e os levarei para o vale de Josafá e ali os julgarei. Eu farei isso por causa das maldades que praticaram contra o povo de Israel, o meu povo escolhido: espalharam os israelitas por vários países e dividiram entre si o meu país” (Jl 3.2).

As Escrituras mostram que o tempo da Grande Tribulação será marcado como o tempo da “ira de Deus”, da “indignação do Senhor”, da “tentação”,da “angústia”, de “destruição”, de “trevas”, de “desolação”, de “transtorno” e de “punição” (1 Ts 1.10; Is 26.20,21; Ap 3.10; Dn 12.1; 1 Ts 5.3; Am 5.18; Dn 9.27; Is 24.1-4,20,21). Será o tempo em que o Altíssimo intensificará os seus juízos àqueles que, conscientemente, se rebelaram contra o criador. Neste sentido, podemos dizer que os propósitos da Grande Tribulação são: (1) fazer justiça, (2) preservar um pequeno grupo de pessoas fiéis, que sobreviveram aos ataques do Anticristo. 
Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por intermédio da abertura dos selos (Ap 6), do toque das trombetas (que é o desdobramento do sétimo selo — Ap 8 – 11) e do derramamento das taças (Ap16). Então, a Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação gloriosa do Filho de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 14.1-7; Mt 24.22,29,30).

I - A GRANDE TRIBULAÇÃO

1. O que é a Grande Tribulação? 

Segundo o Dicionário de Profecia Bíblica, a Grande Tribulação é um "período de aflição e angústias incomuns que terá início após o arrebatamento da Igreja. Deus, o justo Juiz, estará enviando sobre o mundo o seu juízo" (Is 13.11). Este período de aflição e angústias terá a duração de sete anos (Dn 9.27 a - "semana de anos"). Ela ocorrerá, entre o arrebatamento da Igreja e a vinda de Jesus em Glória (segunda fase, para reinar). Só os santos escaparão desse período tenebroso. Os avisos dos juízos de Deus são prova do seu amor, visando livrar da destruição aqueles que aceitam a Cristo e obedecem à sua Palavra. Será uma aflição "como nunca houve" na Terra (Mt 24.21; Ap 7.13,14).

2. A Igreja passará pela Grande Tribulação?  

É preciso ressaltar que a Igreja não é o prédio onde os crentes se reúnem, mas a comunidade de salvos em Jesus Cristo. A Palavra de Deus afirma que esta comunidade não passará pela Grande Tribulação: "[...] e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura" (1 Ts 1.10). João, no Apocalipse, registrou o livramento da igreja de Filadélfia, um exemplo de Igreja que será arrebatada: "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra" (Ap 3.10; Is 57.1). Esta promessa é para todas as Igrejas do Senhor (Ap 3.13,22).

Alguns acreditavam que os sinais da Grande Tribulação, que Jesus falava, seria nos tempos da era da igreja primitiva.
Porém, como muito bem explica o autor do MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia Norman, Geisler - Thomas Howe, que:



Jesus falou de sinais e maravilhas no que diz respeito à sua segunda vinda. Mas ele disse que "esta geração" não passaria, sem que tudo isso acontecesse. Isso quis dizer que esses eventos aconteceriam durante a vida dos que o ouviam?

SOLUÇÃO: Esses eventos (i.e., a Grande Tribulação, o sinal da volta de Cristo e o fim dos tempos) não ocorreram nos dias de seus ouvintes. Portanto, é racional entendermos que o seu cumprimento se dará ainda no futuro. Essa questão requer um exame mais cuidadoso do significado de "geração", quanto a sentidos diferentes relativamente aos contemporâneos de Jesus.
Primeiro, "geração" em grego (genea) pode significar "raça". Nessa situação específica, a afirmação de Jesus poderia significar que a raça judia não passaria até que todas as coisas se cumprissem. Por haver muitas promessas a Israel, inclusive a da herança eterna da terra da Palestina (Gn 12; 14-15; 17) e do reino Davídico (2 Sm 7), Jesus poderia estar se referindo à preservação da nação de Israel por Deus, de forma a cumprir com as promessas feitas a Israel.
De fato, Paulo fala de um futuro da nação de Israel, quando eles serão restabelecidos nas promessas do pacto de Deus com eles (Rm 11:11-26).
A resposta de Jesus à última pergunta de seus discípulos levava em conta que haveria um futuro reino para Israel, quando eles perguntaram: "Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?" Em vez de repreendê-los por falta de compreensão, Jesus respondeu: "Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade" (At 1:6-7).
Segundo, "geração" poderia referir-se também a uma geração em seu sentido usual, de pessoas vivendo no tempo indicado. Nesse caso, a palavra se referiria às pessoas que estarão vivas quando essas coisas acontecerem no futuro. Em outras palavras, a geração que estiver viva quando essas coisas começarem a acontecer (o abominável da desolação [v. 15], a grande tributação, tal como nunca houve antes [v. 21], o sinal do Filho do Homem no céu [v. 30] etc.) permanecerá viva até quando esses juízos se completarem. Portanto, já que comumente se crê que, no fim dos tempos, a tribulação terá a duração de sete anos (Dn 9:27; cf. Ap 11:2), Jesus estaria dizendo que "esta geração" que estiver vivendo a tribulação ainda estará viva no seu final.
Sob qualquer hipótese, não há razão alguma para se considerar que Jesus tivesse feito a afirmação, obviamente falsa, de que o mundo terminaria dentro do período de vida dos seus contemporâneos.


SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

"Grande Tribulação
Jesus alertou seus discípulos de que os últimos dias, aqueles imediatamente anteriores à sua segunda vinda, iriam compor o período de tempo mais tenebroso e traumático do que qualquer outro na história humana (Mt 24.21).
Os discípulos estavam familiarizados com o tempo de angústia descrito nesta profecia, pois muitos profetas já haviam alertado Israel sobre a vinda de um tal período de intenso sofrimento. Jeremias o chamara de 'tempo de angústia para Jacó' (Jr 30.7). O AT e o NT referem-se a ele por diversos nomes, como 'Dia do Senhor', 'Septuagésima Semana', 'Dia da Desolação', 'Ira Vindoura', 'Hora do Julgamento', 'Tribulação' e 'Grande Tribulação'.
Tanto o profeta Daniel como o apóstolo João foram claros ao especificarem que esta fase durará sete anos. O perverso 'príncipe que há de vir' (o Anticristo, em Dn 9.26) firmará aliança com Israel, dando início a um tempo de sete anos. Ele então romperá esta aliança após três anos e meio, profanando o Templo reconstruído em Jerusalém. A Grande Tribulação será o mais terrível período de sofrimento e terror já experimentado pela humanidade. Apesar de perdurar por sete anos, a devastação neste tempo parecerá interminável para aqueles que perderam o  arrebatamento e foram deixados na terra.
Diversas passagens bíblicas proféticas explicam que a Grande Tribulação incluirá:
1. Juízo sobre aqueles que rejeitaram o Salvador;
2. O fim da condescendência para com aqueles que se rebelam contra Deus;
3. Uma decisão para aqueles que devem escolher entre Cristo e o Anticristo;
4. Caos, a ponto de pôr em dúvida o ilusório sentimento de segurança do homem;
5. Um reavivamento sem precedentes e a maior colheita de almas na história humana" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.247-48).



* A Grande Tribulação
"Tanto Daniel quanto Jesus viram um cumprimento mais importante. Daniel 12.1 dá um pulo para frente, para o tempo da Grande tribulação, e a identifica como 'um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo'. Jesus também identificou aquele tempo como a 'grande aflição' (Mt 24.21). No mundo presente, muitos crentes já estão sofrendo aflição, mas a Grande Tribulação será marcada pela ira de Deus mais do que qualquer coisa que o mundo já tem conhecido, conforme indica Apocalipse 6-8. Naquele período, também surgirá um ditador mundial, o Anticristo" Leia mais em Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.636.


II - A MANIFESTAÇÃO DA TRINDADE SATÂNICA NA GRANDE TRIBULAÇÃO 

1. A manifestação do Anticristo. 

O Anticristo será aquele que se colocará no lugar de Cristo. Ele é a besta que João viu subindo "do mar" ou dos "povos" (Ap 13.1; Lc 21.25). O espírito dele já está no mundo (1 Jo 2.18; 4.3). Com certeza, será um líder político e fará "grandes coisas" (Dn 7.8, 20,25). O Anticristo tem um "sinal", um "nome" e um  "número" (Ap 13.17). Seu número é 666 (Ap 13.18). Quem não tiver essa marca será morto (Ap 13.15) e não poderá comprar ou vender qualquer coisa durante o seu reinado (Ap 13.16,17). 

2. Um governo único. 

A tentativa de um governo único pode ser vista na criação da Comunidade Europeia que conta hoje com cerca de 28 estados-membros. Os 10 chifres da Besta de Apocalipse 13.1 e 17.3 indicam que haverá um conglomerado de nações que aceitarão a liderança do Anticristo. Será a "ponta pequena" que Daniel viu que dominará os povos com muita eloquência (Dn 7.8) e fará guerra aos santos (Dn 7.25). 

3. O falso profeta. 

Ele, juntamente com o Diabo e o Anticristo, vão formar a chamada trindade satânica, que dominará o mundo após o arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus. O governo do Anticristo prevalecerá por três anos e meio (Dn 7.25-28), pois virá a vitória final de Cristo sobre todos os reinos, poderes humanos e malignos (Ap 12.10).


A RELAÇÃO ENTRE O ANTICRISTO E AS DUAS BESTAS

             A palavra anticristo aparece somente nas Epístolas de João. É usa­da em l João 2.18,22,4.3 e 2 João 7. Um estudo dessas referências revela­rá que João está preocupado principalmente com um erro imediato de doutrina — a negação da pessoa de Cristo. A ênfase não está na revela­ção futura de um indivíduo, mas sim na manifestação presente da falsa doutrina. Para João o anticristo já estava presente. Surge então a ques­tão referente à relação entre o "anticristo" das epístolas de João e as bestas do Apocalipse.
            O prefixo anti- pode ser usado tanto no sentido de "em vez de" quanto no sentido de "contra". Aldrich observa corretamente:
            A solução do problema da identificação do anticristo parece depender do esclarecimento da questão de ser ele fundamentalmente o grande inimi­go de Cristo ou o falso cristo. (Aldrich, op. cit., p. 39)

            Thayer fundamenta a existência dessas possibilidades quando diz que a preposição tem dois usos básicos: primeiro, contra ou oposto a; e, em segundo lugar, uma troca, em vez de ou no lugar de. (Joseph Henry Thayer, Greek-English lexicon of the New Testament, p. 49) Um estudo das cinco aplicações de anticristo nas epístolas de João parece mostrar clara­mente a idéia de oposição e não a de troca. Trench observa:
            Para mim as palavras de João parecem decisivas como indicação de que a resistência a Cristo e o desafio a Ele, isso, e não alguma assimilação enga­nosa de Seu caráter e trabalho, é a marca essencial do anticristo; logo, é isso que devemos esperar encontrar incorporado ao seu nome [...] e nesse sentido, se não todos, pelo menos muitos dos Pais compreendiam a pala­vra. (Richard C. Trench, Synonyms of the New Testament, p. 107)

            A palavra anticristo parece contrapor-se a "falso cristo" nas Escri­turas. Essa palavra é usada em Mateus 24.24 e em Marcos 13.22. Quan­to ao contraste entre as palavras, o mesmo autor diz:
            O [Pseudochristos, falso cristo] não nega ser cristo; pelo contrário, ele se ba­seia nas expectativas que o mundo tem de tal pessoa; ele tão-somente se apropria delas, afirmando com blasfêmia que ele é o Prometido, em quem as promessas de Deus e as esperanças dos homens são realizadas [...]
            A diferença, então, está clara [...] [antichristos, anticristo] nega que há um Cristo; [...] [Pseudochristos, falso Cristo] afirma ser Cristo. (Ibid., p. 108)

            Parece que João tem em mente a idéia de oposição, em vez da idéia de substituição. Essa idéia de oposição direta a Cristo parece ser a caracte­rização específica da primeira besta, pois ela coloca seu reino contra o reino do Filho de Deus. Se o anticristo deve ser identificado com algu­ma das duas bestas, é com a primeira. (Cf. Newell, op. cit., p. 195-201 sobre argumentos que apóiam essa teoria) No entanto, talvez João não esteja fazendo referência a nenhuma das duas bestas, mas sim ao siste­ma ilícito que as caracterizará (2 Ts 2.7). Já que ele está realçando o peri­go de um abandono doutrinário atual, ele os lembra de que tal é o ensinamento da filosofia do anticristo de Satanás, que Paulo acreditava já estar em ação (2 Ts 2.7).
            Sem dúvida essa filosofia do anticristo gerada por Satanás, mencionada por João, culminará nas bestas e em seus mi­nistérios conjuntos, quando a primeira besta estará em oposição direta a Cristo como alguém que cumpre falsamente a aliança de dar a Israel sua terra, e a segunda besta assumirá o lugar de liderança no meio reli­gioso que pertence por direito a Cristo. Mas João não tenta identificar nenhuma das bestas como o anticristo, mas sim advertir àquele que negar a pessoa de Cristo que estará trilhando o caminho que por fim desembocará na manifestação do sistema ímpio de atividades de ambas as bestas. Elas, na sua unidade corporativa, são o ápice da impiedade.


SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

"A HEGEMONIA DO ANTICRISTO
Daniel foi o primeiro profeta a escrever sobre o empenho do Anticristo em formar um governo mundial. Durante o último século, diversos grupos têm trabalhado febrilmente nos bastidores em prol de um governo mundial único, sempre em nome da paz mundial. Tais condições estabelecerão as bases para a subida do Anticristo ao poder.
O vácuo espiritual deixado pelo desaparecimento de milhões de crentes também possibilitará que o Anticristo promova seus planos para estabelecer uma religião mundial única. Esta religião pagã reunirá todas as crenças, com exceção do cristianismo bíblico. Todavia, com a operação do Espírito Santo por meio dos 144.000 evangelistas e das duas testemunhas em Jerusalém, muitos virão a Cristo durante a Grande  Tribulação, não obstante tal escolha, muito provavelmente, resulte em morte. 

A MARCA DA BESTA
O Anticristo romperá seu tratado com a nação de Israel, profanará o Templo reconstruído em Jerusalém e matará as duas testemunhas que vinham proclamando o evangelho. Então assumirá o controle total do sistema monetário mundial, exigindo que todos levem sua marca; ou seja, a marca da besta (Ap 13.16,17)" 
 (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.249,50).


III - O JUÍZO DE DEUS SOBRE O MUNDO (Ap 6.1-17; 8.1-14)

1. O livro selado e sua abertura (Ap 5.1). 

João viu um livro "escrito por dentro e por fora" com sete selos. Ninguém podia abrir tal livro. Jesus é o único digno de abri-lo e desatar os sete selos. João contemplou o livro onde estão registrados os juízos de Deus que virão sobre a humanidade. Com a abertura do primeiro selo se dará os primeiros dos três julgamentos. Quando o primeiro selo é aberto, surge um cavalo branco com um cavaleiro (Ap 6.1,2). Os cavalos representam o julgamento de Deus contra o pecado dos homens. A Bíblia não afirma que o cavaleiro montado no cavalo branco é Jesus Cristo, mas o Anticristo que virá seduzir as nações. 

2. O segundo selo. 

Ao abrir o segundo selo, João vê que outro cavalo saiu e desta vez ele é vermelho. Este cavalo vermelho representa a guerra, o sangue que será derramado na Terra.  Haverá uma terrível guerra mundial. O inimigo atacará Jerusalém, profanará o templo (Dn 8.13) e os judeus são aconselhados a fugir para as montanhas (Mt 24.16). 

3. O terceiro selo. 

Como resultado da guerra, haverá uma terrível fome, figurada pelo cavalo preto (Ap 6.5) e quem não tiver o sinal da besta não poderá comprar nem vender (Ap 13.17,18). Haverá uma escassez nunca vista.

4. O quarto e quinto selos. 

Na abertura do quarto selo, aparece um cavalo amarelo, simbolizando a morte que acontecerá em decorrência dos flagelos anteriores (Ap 6.7,8). 
No quinto selo, João deixa de ver animais e tem a visão dos mártires que foram mortos na Grande Tribulação por sua fé em Cristo, por seu testemunho e amor à Palavra de Deus (Ap 6.9-11); estes são salvos em meio à Grande Tribulação. Eles clamam por vingança contra os "que habitam sobre a terra" (Ap 6.10). 

5. O sexto e o sétimo selo. 

Vê-se um grande tremor de terra, eclipse total do sol, a lua fica vermelha, "estrelas" caem (meteoros), o espaço sideral se muda, os montes e ilhas são arrasados, os governantes da Terra, os poderosos e os povos se escondem, clamando que os montes caiam sobre eles, por causa da "ira do cordeiro" (Ap 6.12-17). Não se sabe quantos morrerão nesse evento.
Quando o sétimo selo for aberto, o mundo já estará na segunda metade da Grande Tribulação e sete anjos tocarão sete trombetas. São mais sete acontecimentos terríveis que cairão sobre a Terra, tipificados nas sete trombetas (Ap 8 - 11).

6. As sete trombetas e as sete taças da ira de Deus (Ap 8 -11; 15-16). 

Sete anjos tocam sete trombetas, e vários acontecimentos catastróficos tem início: a vegetação é queimada; os mares são atingidos pela mortandade dos peixes; rios e fontes de água são prejudicados; o espaço sideral é abalado; demônios e anjos terríveis são soltos e atormentam os moradores da Terra;  a terça parte dos homens morre pelas catástrofes enviadas por Deus como juízo sobre o mundo pecaminoso, que blasfema contra o Criador. 
As sete taças da ira de Deus (Ap 15-16) representam as últimas pragas ou os últimos juízos de Deus sobre a humanidade ímpia (Sl 9.17). Sete anjos são encarregados de derramar esses juízos terríveis sobre os homens que rejeitaram a Cristo. No capítulo 16 de Apocalipse, são descritos os eventos das sete taças.



SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

  "A Ira Divina
Até este ponto, os juízos infligidos à terra durante a Grande Tribulação são, em grande medida, consequências de atos humanos. Daqui em diante, contudo, os juízos são claramente sobrenaturais. Apocalipse 6.12-15 descreve um terremoto tão poderoso que 'todos os montes e ilhas foram removidos do seu lugar'. Aparentemente, também ocorrem colossais erupções vulcânicas, escurecendo o céu e fazendo a lua parecer vermelha. O apóstolo João também escreve sobre objetos semelhantes a meteoritos caindo sobre a terra. As pessoas terão plena consciência de que testemunham a mão de Deus em ação (Ap 6.15-17).
Então saraiva, fogo e sangue cairão do céu, incendiando um terço das árvores e plantas da terra. Mais dois meteoros cairão do céu, matando um terço da vida marinha, destruindo um terço dos navios e envenenando um terço da água potável da terra. As trevas envolverão a terra, com a luz do sol e da lua sendo diminuída em um terço. 
Apocalipse 9 descreve uma praga de criaturas semelhantes ao gafanhoto e picam as pessoas. Por cinco meses, essas criaturas atormentarão os incrédulos, mas não os matarão" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.249,250).


CONCLUSÃO

O cristão precisa viver em santidade para que não venha fazer parte da Grande Tribulação. Que jamais venhamos nos esquecer da recomendação bíblica: "Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Ts 5.22,23).


RIVALDO NASCIMENTO


- Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia / Norman Geisler, Thomas Howe; traduzido por Milton Azevedo Andrade. — São Paulo: Mundo Cristão, 1999.


Ensinador Cristão Nº 65 do 1º trimestre de 2016. Marcelo Oliveira de Oliveira.

Tuler, Marcos - Sumário de Escatologia e Soteriologia/Marcos Tuler - Rio de Janeiro: 3D Editora, maio 2013, 3ª edição.

- J. Dwight Pentecost, Th.D. - Manual de Escatologia, e traduzido por Carlos Osvaldo Cardoso Pinto, Th.M. - Editora Vida.

- O texto bíblico aqui empregado é o da "Bíblia de Estudos", tradução de João Ferreira de Almeida. Edição Revista e Corrigida, publicada por Editora Vida,
 

- Imagens: www.escola-dominical.com.br   

Nenhum comentário:

Postar um comentário