quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Lição 4 - Esteja Alerta e Vigilante, Jesus voltará - 24 de Janeiro de 2016







TEXTO ÁUREO

“Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia.”
(Lc 17.24)


VERDADE PRÁTICA

A volta de Jesus será tão repentina que não haverá chance para arrependimento e preparo de última hora.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 17.24-30

24 - porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia.
25 - Mas primeiro convém que ele padeça muito e seja reprovado por esta geração.
26 -  E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do Homem.
27 - Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e consumiu a todos.
28 - Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam.
29 - Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, consumindo a todos.
30 - Assim será no dia em que o Filho do Homem se há de manifestar.


OBJETIVO GERAL

Mostrar que Jesus garantiu que voltará outra vez para nos buscar.

PONTO CENTRAL

A vinda de Jesus será repentina e não dará tempo para ninguém se preparar.






INTRODUÇÃO

Jesus alertou várias vezes para a natureza súbita de sua vinda. Mesmo assim, pode-se observar, sem muito esforço, que grande parte dos crentes está descuidada, envolvida com os afazeres da vida e não se prepara para aquele grande momento em que Jesus voltará. É o que veremos no estudo desta lição. Deus tem falado, não só pela sua Palavra, mas através dos sinais da vinda de Jesus, que está chegando a hora. Você está preparado?

O Ensinador Cristão nos diz que a nação brasileira nunca esteve mergulhada num vale de corrupção como se encontra hoje. As manchetes são vastas. A corrupção está entranhada nas esferas pública e privada. E as notícias do aumento da violência?! E o confronto entre as pessoas, o desejo de fazer “justiçamento” com as próprias mãos?! De um lado, um poder público acuado, atordoado; do outro, menores e adultos, agentes do crime galgando os “louros” para suas próprias vantagens. A sensação é de total insegurança: a polícia prende, mas a justiça solta.

Há a agenda do doutrinamento do Homossexualismo na tentativa de promovê-lo à normalidade, como se a heterossexualidade fosse exceção. Igualmente,a agenda da Ideologia de Gênero empurrada à força para dentro das escolas pelos intelectuais das secretarias estaduais e municipais de Educação — e claro, sob a tutela do Ministério da Educação, o MEC.

O mundo está perplexo com a crise dos refugiados na Síria, o avanço do Estado Islâmico e os desentendimentos diplomáticos entre EUA, Rússia, Irã e Israel, as ditaduras na América Latina, as ameaças de invasão da Venezuela à Guiana e a busca do confronto com a Colômbia. Cada vez mais os acordos diplomáticos são ignorados e o respeito aos pactos internacionais são completamente ignorados. Este é o quadro nada positivo do mundo hoje. 

A Bíblia relata que nos dias de Ló e de Noé os acontecimentos estavam assim. Índices altíssimos de corrupção, a violência praticada em números desproporcionais, as ameaças contra os mais fracos e o predomínio da imoralidade daquelas sociedades. Como elemento surpresa, ambas as sociedades foram julgadas e destruídas pelos juízos de Deus.

O Altíssimo é justo e o ato da sua justiça se mostra contra toda a injustiça. A primeira vinda de Jesus Cristo foi um “brado” da justiça de Deus contra a injustiça dos homens (Jo 1.4,5). Desde muito tempo, o ser humano se aprofunda em suas mazelas e pecados (Rm 1.18-32). A condenação injusta da pessoa de Jesus de Nazaré demonstra o quanto o ser humano é mau e capaz de cometer as maiores atrocidades — principalmente em nome de Deus. 
Portanto, haverá um dia em que o nosso Senhor julgará grandes e pequenos, ricos e pobres (Mt25.31-46). O Filho retribuirá cada um conforme a verdade das suas ações. A Segunda Vinda de Jesus Cristo demonstrará a sua grandiosa justiça. Embora,ninguém saiba dia e hora!


I - A VINDA DE JESUS SERÁ REPENTINA






1. Como um relâmpago. 

Jesus não declarou qual seria a hora, ou o momento exato, em que a sua Igreja será arrebatada. Mas Ele afirmou: "E dir-vos-ão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Não vades, nem os sigais!" (Lc 17.23). Diante dessa advertência, só nos resta orar a Deus e vigiar, para que não fiquemos para trás na volta de Jesus e para que não sejamos confundidos, pois muitos falsos cristos vão surgir, tentando enganar os crentes e mesmo os ímpios. Precisamos ter discernimento para não ser enganados, pois vivemos tempos difíceis, onde muitos estão pregando um pseudo-evangelho. 

Num piscar de olho: “Num momento, num abrir e fechar de olhos...”1 Coríntios 15:52.

Em pesquisas feitas, foi verificado que em média, um olho humano tem entre 300 e 400 milissegundos para completar uma única batida,  Isto é aproximadamente entre três décimos e quatro décimos de segundo, ou seja, uma pessoa pode piscar duas vezes ou três vezes por segundo. É uma velocidade incrível, sem tempo de pensar ou perceber o momento, desta forma, um motivo para cada vez mais ficarmos vigilantes e atentos em nossas ações e pensamentos para não vivermos no pecado.  





2. Como um ladrão. 

"Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa" (Mt 24.43). Para que sua residência não seja furtada e a sua família esteja em segurança, você mantém os portões e as portas bem fechados, principalmente durante a noite. Algumas pessoas também colocam grades de proteção nas janelas. Muitos fazem altos investimentos utilizando sistemas sofisticados de alarmes e câmeras. Tudo porque não sabemos a que horas o ladrão pode atacar nossa família e roubar nossos bens, ou até mesmo tirar nossa vida ou de um ente querido nosso. Assim como protegemos nossa casa com câmeras e alarmes contra meliantes, precisamos proteger a nossa vida espiritual contra os ataques do Inimigo. Como podemos proteger-nos espiritualmente? Lendo, meditando e obedecendo à Palavra de Deus, orando, buscando a santificação e participando da comunhão com os santos. Esteja preparado e em segurança para a vinda de Jesus, não descuide de sua "casa espiritual".

Cristo é nosso Mestre, e nós, seus servos; não somente servos que trabalham, senão servos que esperam. Devemos ser como homens que esperam a seu senhor, que sentam a esperar enquanto ele continua fora, preparados para recebê-lo. Nisto alude Cristo a sua ascensão ao céu, sua vinda para reunir junto dEle seu povo pela morte, e a segunda vinda para julgar o mundo. Não temos certeza da hora de sua vinda; portanto, devemos estar sempre preparados. Se os homens cuidam diligentemente de suas casas, sejamos nós igualmente sábios para com nossas almas. Destarte, estejam vocês também preparados; vigiando como o faria um bom pai de família, se souber a que hora vem o ladrão. 


Anthony A. Hoekema, em seu livro "A Bíblia e o Futuro" nos diz que a expectação do Segundo Advento de Cristo é um dos aspectos mais importantes da Escatologia neotestamentária - tanto o é, na verdade, que a fé na Igreja do Novo Testamento é dominada por esta expectação. Todo livro do Novo Testamento nos indica o retorno de Cristo e nos conclama a viver de modo tal a sempre estar  pronto para essa volta. Esta nota é repetida diversas vezes nos Evangelhos. Somos ensinados que o Filho do Homem  virá com seus anjos na glória de seu Pai (Mateus 16.27); Jesus falou ao sumo-sacerdote que este veria o Filho do Homem sentado à destra poderosa de Deus e vindo com as nuvens do céu (Marcos 14.62). Freqüentemente Jesus falou aos seus ouvintes para vigiar por sua volta, uma vez que ele viria numa hora em que eles não esperavam (Mateus 24.42,44; Lucas 12.40). ele falou da felicidade daqueles servos a quem ele encontraria fiéis quando de sua vinda (Lucas 12.37,43). Após ter descrito alguns dos sinais que precederiam sua vinda, o Senhor disse: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima” (Lucas 21.28). e em seu discurso de despedida Jesus contou a seus discípulos que, após ter deixado a terra, ele viria novamente e os levaria consigo (João 14.3).
            Uma nota similar ressoa no livro de atos. Os anjos disseram aos discípulos que assistiam à ascensão de Jesus aos céus: “Esse Jesus, que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o vistes subir” (At 1.11). E Paulo disse aos atenienses que um dia Deus julgará o mundo pelo homem a quem levantou dos mortos, o Senhor Jesus Cristo (Atos 17.31).
As epístolas paulinas revelam uma consciência vívida da proximidade e certeza da volta do Senhor: “pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o dia do Senhor vem como ladrão de noite” (1 Ts 5.2); “Perto está o Senhor” (Fp 4.5). Paulo insta com os Coríntios para serem cautelosos em fazer julgamentos, uma vez que o Senhor está vindo: “Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz das coisas ocultas das trevas...” (1 Co 4.5) Em Tito 2.13 ele descreve os cristãos como aqueles que estão “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. E em Romanos 8.19 ele nos fala de que a “ardente expectativa da criação aguarda, a revelação dos filhos de Deus”.
            Este senso agudo da expectação do Segundo Advento de Cristo, entretanto, é também encontrado nas epístolas católicas. O autor de hebreus diz que “assim também Cristo, tendo se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9.28). Tiago fala de modo semelhante quando diz: “fortalecei os vossos corações, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.8). Pedro enfatiza tanto a certeza da volta do Senhor como a  incerteza sobre sua hora: “Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis [os anciãos] a imarcescível coroa da glória” (1 Pe 5.4); “Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor” (2 Pe 3.10). João insta com seus leitores a permanecerem em Cristo a fim de que, quando ele se manifestar, eles possam ter confiança (1 João 2.28); mais adiante, ele afirma que quando Cristo efetivamente aparecer de novo, seremos como ele, uma vez que o veremos como ele é (1 João 3.2).

            Um sentido similarmente forte da expectação da volta do Senhor ressoa através do livro do Apocalipse: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá” (Ap 1.7). “Venho sem demora”, diz Jesus à Igreja em Filadélfia; “Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”. (3.11). E em Apocalipse 22.20, o penúltimo verso do Novo Testamento, lemos: “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus!”


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

"O Reino e a Vinda do Filho do Homem (Lc 17.20-30)
O Jesus inspirado pelo Espírito fala profeticamente sobre a vinda do Reino de Deus, incluindo sua própria vinda e o julgamento final. Lucas registra dois dos maiores discursos de Jesus sobre os acontecimentos do tempo do fim (Lc 17. 20-37). O Reino, o governo de Deus, é uma realidade  presente. A vida e ministério de Jesus declaram de modo veemente e novo a presença do reinado régio de Deus. Mas a vinda desse Reino também é um acontecimento futuro. Jesus se refere a ambos os lados do reinado soberano de Deus aqui. Nos versículos 20 e 21, em resposta a uma pergunta feita pelos fariseus, Ele explica a natureza futura do Reino. Depois, nos versículos 22 a 37, Ele explica aos discípulos a futura vinda do Reino.
Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando Deus vai estabelecer o seu Reino na terra. Não há que duvidar que eles ficaram impressionados com os dons proféticos de Jesus, então agora eles desejam saber o momento quando Deus começará a exercer seu governo sobre a humanidade. Eles querem um horário e presumem que sinais visíveis precederão a vinda do Reino. Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos reinos com os quais os fariseus estão familiarizados. Sua vinda não corresponderá com sinais visíveis para que ninguém possa predizer o tempo exato de sua chegada. As pessoas entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando dizem 'Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!' Tais predições são arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes a pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6,7)" (Comentário Bíblico Pentecostal. 4.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2009,p.432).



II - COMO FOI NOS DIAS DE NOÉ





1.Comiam e bebiam (Lc 17.27). 

Comer e beber são instintos concedidos por Deus. Ninguém sobrevive sem alimento ou água. Não há nada de errado em comer e beber, porém o erro está em deixar que as coisas desse mundo tomem o primeiro lugar em nosso coração, esquecendo-se de Deus e não estando apercebidos quanto à vinda de Jesus Cristo. Ao se referir aos tempos de Noé, Jesus estava mostrando que no dia da sua vinda a vida transcorrerá normalmente, sem qualquer aviso prévio. Neste glorioso dia, as pessoas estarão realizando seus afazeres diários, trabalhando, estudando, indo à igreja, comprando, negociando, etc, quando serão surpreendidas pela volta de Jesus, assim como nos dias que antecederam o Dilúvio. Noé, durante anos, pregou que o Dilúvio viria. Ele falava de dilúvio em um tempo onde as pessoas ainda não conheciam a chuva, por isso, muitos não creram e zombaram dele, mas o dia do Dilúvio chegou. Os ímpios foram destruídos e somente Noé e sua família foram salvos das águas do Dilúvio (Gn 6.13-8.22). Façamos como Noé, apregoando a justiça e o juízo divino, pois em breve Jesus virá. 





2. "Casavam e davam-se em casamento" (Lc 17.27). 

Casar e formar uma família são projetos de Deus para o ser humano. Ele disse: "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24). Deus deseja o bem-estar do homem e o casamento contribui para isso. Porém, muitos estão de tal maneira envolvidos com seus cônjuges e filhos que se esquecem que estamos neste mundo de passagem e que o Dia do Senhor virá. Mais uma vez Jesus está afirmando que no dia da sua vinda, as pessoas estarão realizando seus afazeres diários quando serão surpreendidas, assim como nos dias que antecederam o Dilúvio.


Lindsay, Gordon em "Sinais da Próxima Vinda de Cristo, nos fala a respeito da marca dos dias de Noé: 

“Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: Comiam, bebiam., casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos” (Lucas 17:26-27). Jesus, ao falar da Sua Vinda, referiu-se aos dias do Dilúvio, cujas condições eram semelhantes às que existiriam no tempo da Sua volta. Este passo da Escritura põe abaixo a posição dos pós-milenialistas que crêem irá a Igreja primeiro converter o mundo e assim preparar o advento do Milênio.

A apostasia caracterizava os dias de Noé. Bem podemos esperar idênticas condições nos que precederam a volta do Senhor. Que tais condições estão presentes é fato que qualquer pessoa pode observar. Primeiro: Jesus chama a atenção ao fato que nos dias que precederam ao Dilúvio o povo se entregava às orgias do “comer e beber”. Esta observação não se refere a necessidade do alimento para sustentar a vida, mas antes aos desregrados e licenciosos prazeres da mesa. Segundo: O Senhor mencionou que os antediluvianos “casavam e davam-se em casamento” Não há, certamente, nenhum mal em casar.

Os comentaristas bíblicos salientam que a estrutura do original hebraico implica a idéia de “desposar mulheres e repudiá-las.” Os males da poligamia estavam, aparentemente, difundidos naqueles dias (Gên. 4:19). Terceiro: Embora Noé, pregador da justiça, advertisse o povo da aproximação do Dilúvio, sua advertência não foi ouvida (II Pedro 2:5). Igualmente Enoque, outro profeta da época, avisou os seus contemporâneos do vindouro juízo. Pouca atenção também lhe deram à admoestação. Quarto: Aqueles foram dias de notáveis realizações. Naquele tempo construíram-se as pirâmides.

A Grande Pirâmide é um monumento cujos construtores, evidentemente, possuíam conhecimentos de astronomia que só em época recente foram redescobertos. O próprio Noé, auxiliado por outros operários (que não entraram com ele na arca) construiu uma embarcação que rivaliza, em tamanho com os modernos navios. Quinto: Eram de consternar as condições morais dos dias de Noé. É assaz lamentável termos de admitir que se comparam às do nosso tempo. “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gên. 6:5). “A terra estava corrompida á vista de Deus, e cheia de violência” (Gên. 6:11).

Eis as condições que prevaleciam nos dias de Noé, e qualquer observador imparcial terá de admitir que exibem marcada semelhança às condições morais do mundo hoje. Jesus disse que seria assim ao tempo da Sua vinda. Devem, pois, ser olhadas como sinais seguros da próxima reaparição do Filho do Homem.



SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO


"Jesus compara o dia da sua volta com os dias de Noé e de Ló. Antes do dilúvio, as pessoas viviam a vida normalmente. Elas continuavam comendo, bebendo e casando-se. Não levaram a sério as palavras de julgamento que Noé apregoava. Quando chegou o dilúvio, elas estavam desprevenidas, e todo o mundo pereceu (Gn 7.11-23).
Algo semelhante aconteceu nos dias de Ló. As pessoas eram dedicadas a interesses terrenos. Elas comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e construíam. Estes indivíduos estavam preocupados com interesses próprios, não tendo consciência de que estavam a caminho do julgamento. Eles também estavam desprevenidos quando Deus fez chover do céu fogo e enxofre (Gn 19.23-25). A oportunidade de salvação passou por eles e o julgamento divino os colheu. Quando Cristo voltar, essa mesma indiferença e desvanecimento predominarão (Lc 17.30). As pessoas não discernirão os tempos nos quais vivem por estarem sobrecarregadas com os cuidados da vida. 
Quando o julgamento vier, será rápido e decisivo. No dia da gloriosa aparição de Cristo, os seres humanos têm de se precaver contra a devoção às próprias preocupações. Um homem que esteja no telhado descansando ou se encontre no campo trabalhando, pode pensar que tem um tempo para voltar para casa e recolher suas posses. Isso será impossível.
Todos devem ser livres de ligações com as coisas terrenas e estar comprometidos de coração com o Reino de Deus. A vinda do Filho do Homem requer devoção sincera a Ele. Interesses mundanos e amor às posses materiais têm consequências fatais" (Comentário Bíblico Pentecostal. 4.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.433).




III - A CORRUPÇÃO GERAL NA TERRA 




1. Toda a terra estava corrompida e violenta. 

"A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra" (Gn 6.11,12). Não havia uma cidade, na Terra, em que a maldade e a depravação não houvessem chegado. Nos dias atuais, como nos dias de Noé, a violência tem alcançado níveis assustadores. Segundo órgãos de pesquisas, o Brasil tem 10% dos homicídios no mundo; a cada ano, morrem 50.000 pessoas assassinadas, sendo a maior parte jovens de 15 a 24 anos; 45.000 morrem pela violência no trânsito. Certamente a violência e a corrupção moral são sinais da volta de Jesus. A Igreja precisa orar mais por nosso país e pelas nações (2 Cr 7.14). Diante da volta iminente de Jesus, não podemos ficar parados, esperando, de braços cruzados que tudo aconteça e que as pessoas morram e sofram sem salvação. Precisamos, como cristãos, fazer a nossa parte, levando a mensagem da salvação e vivendo como "sal" e "luz" em meio ao mundo que está "agonizando". 





2. O juízo de Deus sobre a corrupção geral. 

Deus resolveu destruir toda a humanidade através do dilúvio (Gn 6.5-7). Por sua misericórdia, Deus preservou Noé, sua família e os animais, salvando-os na Arca. Depois da volta de Jesus, haverá terrível juízo sobre os ímpios (2 Ts 1.8,9). Hoje, muitos crentes não oram nem vigiam. É sinal de que o principal, na vida do crente, está sendo desprezado. Mas as Escrituras alertam: "Orai sem cessar" (1 Ts 5.17; Mt 25.13; 24.42).

Paul Hoff em seu livro "O Pentateuco", nos fala um pouco sobre a corrupção nos tempos de Noé e nos diz que a corrupção e violência dos homens doeram a Deus e lhe pesava ha vê-los criado" Determinou Deus destruir a perversa geração. Horton observa que sua ira procedeu de um coração quebrantado. 

Deus concedeu a estes homens um prazo de 120 anos para arrepender-se (6:3). Depois, se não o fizessem, retiraria deles seu espírito.(" O propósito do dilúvio era tanto destrutivo como construtivo. A linhagem da mulher corria o perigo de desaparecer completamente pela maldade. Por isso Deus exterminou a incorrigível raça velha para estabelecer uma nova. O dilúvio foi também o juízo contra uma geração que havia rejeitado totalmente a justiça e a verdade. Isto nos ensina que a paciência de Deus tem limites. Da mesma forma Deus tem um limite, um tempo determinado por ele, para colocar fim nestas desobediências e tão desenfreada corrupção humana.


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 "A esposa de Ló serve de advertência contra apegar-se à busca de posses materiais. Ela quase escapou da cidade condenada de Sodoma; mas ela olhou para trás, desejando os deleites que ela estava deixando. Em consequência, ela foi pega no julgamento de Sodoma e pereceu (Gn 19.26). Hoje é o tempo de fixar nossos corações em Cristo e nos tesouros eternos. Corremos alto risco se esperamos até a última hora (cf. Lc 12.35-40). Tentar preservar a vida é perdê-la, mas perder a vida é ganhá-la. Em outras palavras, buscar a plenitude da vida em coisas terrenas tem consequências fatais. Devoção a Cristo e abnegação trazem a verdadeira felicidade e vida. Seguir a Cristo agora e perseverar na fé garantem-nos a vida no mais glorioso sentido da palavra. Na visão do mundo, estamos desperdiçando a vida, mas Deus vindicará seu povo. Na sua vinda, diz Jesus, haverá uma divisão entre os salvos e não salvos. Naquele dia, duas pessoas, o marido e a esposa, estarão na mesma cama. Uma será levada; outra ficará para trás. Novamente, duas mulheres estarão moendo grãos juntas; elas também serão separadas. Jesus não explica o que significa 'tomado', mas Noé foi salvo sendo levado na arca (v. 27). Evidente- mente as pessoas deixadas para trás são incrédulas, que enfrentarão julgamento. Cristo levará os crentes da terra, a cena de julgamento, para estarem com Ele no céu" (Comentário Bíblico Pentecostal. 4.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2009,p. 434). 



IV – COMO FOI NOS DIAS DE LÓ





1. Dias de intensa corrupção. 

"Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam" (Lc 17.28). Ló era um homem justo (2 Pe 2.7,8) que viveu em uma cidade perversa, chamada Sodoma. Em Sodoma, e nas cidades vizinhas, o homossexualismo era uma prática comum. Certa vez, a Bíblia conta que os homens da cidade atacaram a casa de Ló desejando abusar dos anjos que ali foram enviados pelo Senhor. Aqueles homens pervertidos acharam que os anjos estivessem fazendo parte de uma festa (Gn 19.15; 13.13; 18.20,21). O pecado seria castigado, mas Deus não destruiria os ímpios e os justos. O Senhor demonstrou grande paciência com Ló e sua família, ajudando-os a saírem da cidade antes da destruição. O dia do juízo de Deus veio para os habitantes de Sodoma e Gomorra em um momento que eles não esperavam. A vida seguia seu curso normal, quando Deus fez chover enxofre e fogo destruindo aquelas cidades de modo fulminante e para sempre (Gn 18.20,21; 19.24; Dt 29.23; 2 Pe 2.6). A mulher de Ló, durante a fuga, resolveu olhar para trás e ficou petrificada (Gn 19.26). Jesus certa vez alertou: "Lembrai- vos da mulher de Ló" (Lc 17.32). O coração da mulher de Ló estava na sua cidade, em seus bens materiais. Que nossos corações não estejam nas coisas deste mundo - casas, carros, conquistas, etc - mas nas coisas do alto, de Deus, pois no grande Dia do Senhor não vamos levar nada desse mundo. 

2. A corrupção mundial. 





Os "dias de Ló" são emblemáticos e um sinal para os dias em que vivemos. Recentemente, a Suprema Corte dos Estados Unidos, uma nação onde a maioria das pessoas se diz cristã, aprovou o "casamento gay", e igrejas ditas evangélicas, concordando com tal prática, dão total apoio a esse tipo de união considerada "abominação ao Senhor" (Lv 18.22; 20.13). No Brasil, o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) quer assegurar "os direitos trabalhistas e previdenciários de profissionais do sexo". Isso significa que, no programa oficial, o governo considerará a prostituição uma atividade profissional. 3. A destruição da família. No Brasil, temos visto vários projetos cujo objetivo é dar fim ao modelo bíblico, cristão de família. Quem está por trás desses projetos é o Diabo, pois seu objetivo é destruir a família tradicional, constituída de pai, mãe e filhos, como Deus instituiu: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou [....]. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 1.27; 2.24). A diabólica "ideologia de gênero," que tem sido disseminada em nossa nação, ensina que o ser humano quando nasce não tem sexo definido, ou seja, nem é homem ou mulher. Eles dizem, erroneamente, ser "gênero neutro". É uma prova inequívoca de que a iniquidade está se multiplicando de forma avassaladora, o que faz soar "a contagem regressiva” para o Apocalipse.  





CONCLUSÃO


Nunca na História, a humanidade esteve tão longe de Deus. Mesmo com tantas religiões, a maioria dos sete bilhões de habitantes do mundo não apenas descreem de Deus, mas o afrontam em rebelião aberta contra sua Lei e seus princípios. A tendência não é melhorar, mas piorar, a ponto de superar em intensidade, a corrupção moral dos tempos de Noé e de Ló. Que Deus nos guarde debaixo de sua poderosa mão, preservando-nos em santidade para a vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

RIVALDO NASCIMENTO 


Hoff, Paul B. - O Pentateuco - Editora Vida, Deerfield, Florida 33442 - 8134 — E. U. A.

- O texto bíblico aqui empregado é o da "Bíblia de Estudos", tradução de João Ferreira de Almeida. Edição Revista e Corrigida, publicada por Editora Vida.


- HOEKEMA, Anthony A  H693b A Bíblia e o futuro. Anthony A Hoekema: Tradução de Karl H. Kepler.  - São        Paulo: Casa Ed. Presbiteriana, 1989.


Lindsay, Gordon  - "Sinais da Próxima Vinda de Cristo".

Nenhum comentário:

Postar um comentário